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Horizonte persistente de crise

04 terça-feira jun 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, dólar, economia, expectativas, investimento, pessimismo, PIB

A economia brasileira deixou de marcar passo, com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a evolução do produto interno bruto (PIB) já dá para ver que a atividade econômica está se retraindo e já tem analista afirmando que entramos, de novo, em recessão.

A baixa de 0,2% do PIB no trimestre findo em março enfatiza o travamento da atividade econômica do País neste ano e é corroborada pelo baixo crescimento observado nos quatro trimestres, cuja soma fica em 0,9%.

Mas as baixas expectativas também fazem parte da pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira, dia 3, pelo Banco Central do Brasil (BC). Por ali, em relação ao PIB, a rota também é ladeira abaixo, pois saiu do nível de 1,49%, há quarto semanas, para 1,13% nesta última pesquisa.

Assim, o mercado já avalia que o País, para conseguir crescer pelo menos 1%, neste exercício, a atividade da economia tem de crescer pelo menos 0,5% nos três trimestres restantes. Parece pouco, mas a julgar pelo nível de outras variáveis, a coisa está muito feia.

De uma lado, existe a incerteza política, agravada pelo alto nível de ociosidade, sem falar na queda de demanda, tudo bem alinhado para piorar a situação, inclusive com o quadro de desemprego sendo ampliado, como também foi divulgado pelo IBGE. São cerca de 13,2 milhões de pessoas que não conseguem um posto de trabalho.

O investimento também se retrai em função da conjuntura apontada, e outro indicador com números negativos é a formação bruta de capital fixo (FBCF), a qual, comparada ao segundo trimestre de 2013, está 28,5% menor.

Se analistas do mercado apresentam essa visão pessimista, evidentemente fundamentada na conjuntura e em expectativas traçadas com ênfase técnica, não se pode dizer que o maestro da economia, o ministro Paulo Guedes, discorde.

Guedes afirma que a economia se encontra estagnada, à espera de melhorias na área fiscal e aí, o país se aproxima de um círculo vicioso, uma vez que para destravar a atividade econômica, boa parte dos agentes econômicos enfatizam a necessidade de se fazer as reformas necessárias, principalmente a da Previdência.

De outro lado, o país do jeitinho já tem uma solução “criativa”,mesmo que de segunda mão, para, pelo menos, arejar um pouco a demanda, que é a possibilidade de liberar, novamente, saques em cima das contas do PIS/Pasep e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A criatividade, desta vez, é liberar saques inclusive nas contas ativas do FGTS, em valores estimados entre R$ 20 bilhões e R$ 120 bilhões.

Mas se o governo tenta encontrar uma saída para melhorar a demanda e dar algum aquecimento ao mercado, uma coisa é fato: o setor privado investe muito pouco e o setor público, com as contas complicadas, quase nada, deixando pouca margem para se obter expectativas otimistas, mesmo que mínimas, como crescer 0,5% por trimestre.

Ao lado dessas mazelas, mais notícias ruins dão conta de que, a baixa oferta de emprego não consegue ser satisfeita em função da desqualificação de quem se candidata às vagas oferecidas.

Exemplo desse tipo de ocorrência, que finda por colocar à mostra a pouca qualidade da educação no Brasil, estão os postos oferecidos, no início deste ano, no Mutirão de Empregos, em São Paulo. Ali, uma operadora de telemarketing disponibilizou 1.200 vagas. Apareceram 600 candidatos, mas apenas 7 foram contratados.

Ainda naquele evento, o grupo Pão de Açúcar tinha 2 mil postos a ser preenchidos. Conseguiu aprovar 700 candidatos, mas só 32 estão trabalhando.

A crise, da qual o País ainda não saiu, tem um horizonte de persistência muito grande, tanto agora quanto no futuro próximo. Afinal, sem mão de obra qualificada, a produtividade é baixa e os investimentos minguam.

Economia brasileira fica abaixo da expansão de emergentes

11 terça-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, expectativas, FMI, países emergentes, PIB

As estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para economia mundial, nos próximos anos, não são das mais otimistas se comparadas ao desempenho mais recente, principalmente no que diz respeito às economias mais avançadas, embora a perspectiva do FMI indique que as economias dos países emergentes devem ter performance mais significativa que a do mundo desenvolvido. As informações foram divulgadas na Carta de Conjuntura do 4º trimestre, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Conforme a visão do FMI, nos últimos dois anos houve melhorias no desempenho da economia em nível mundial em relação “ao período pós-crise de 2008”, no entanto, essa expansão pode ter chegado ao fim de mais um ciclo. A dinâmica econômica e as ferramentas utilizadas para contornar dificuldades na economia podem não permitir o prosseguimento dessa performance, com especial destaque, na visão do FMI, para a Zona do Euro e Estados Unidos.

Os números exibidos para justificar esse ponto de vista do FMI são, por exemplo, uma possível desaceleração no crescimento dos Estados Unidos, que neste ano deve ser de 2,9%, para algo em torno de 2,5% no próximo exercício fiscal. De outro lado, há a expectativa de que, nos países emergentes, o crescimento se mantenha estável em 4,7%. Por este parâmetro, o Brasil está longe de acompanhar o bloco desses países.

Por aqui, segundo a pesquisa Focus divulgada neste segunda-feira, 10, a estimativa de crescimento do produto interno bruto (PIB), apesar de apresentar ligeira indicação de crescimento em 2019, não ultrapassa a marca dos 2,53%, bem longe do patamar que o FMI prevê para os demais emergentes. É interessante registrar que nem da taxa prevista pelo FMI para o desempenho da economia global, quer é de 3,7%, o Brasil chega a se aproximar.

Mas se a economia brasileira já enfrenta dificuldades desde há muito, o panorama à frente também não está nada fácil, embora, diga-se, já se aviste pelo menos o túnel, se compararmos às expectativas para 2019 com aquelas efetivadas em relação ao ano que se encerra.

Assim é que as expectativas colhidas pela pesquisa Focus, do Banco Central (BC), em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) indicam queda tanto para 2018 quanto para o próximo ano. Já o PIB, neste ano, deve crescer 1,3%, enquanto em 2019, conforme foi dito, deve chegar a 2,53%, com ligeira expansão em relação à pesquisa de quatro semanas atrás, quando estava em 2,50%. O câmbio, informa a Focus, tende a valorizar a moeda norte-americana e em 2018 deve fechar em R$ 3,78 por dólar. Há quatro semanas a cotação prevista era de R$ 3,70/dólar.

A valorização do dólar também está prevista para 2019 e a moeda norte-americana passou de R$ 3,76 para R$ 3,80/dólar nas últimas quatro semanas, informa a pesquisa do BC.

A boa notícia para este ano é que os preços administrados devem cair, já que há quatro semanas estava com estimativa de crescimento de 7,48% e agora baixou para 6,95%, mas no próximo ano esse fator se mantém estável no nível de 4,80%. O mesmo não se pode dizer da produção industrial, a qual deve cair tanto neste quanto no próximo exercício.

Se por um lado a baixa dos preços administrados se traduz em combustíveis com preços menores para o usuário, as estimativas do FMI colocam em banho-maria o desempenho da economia do petróleo, em particular, e das commodities no geral. A baixa no preço do petróleo vai impactar a exploração das jazidas do pré-sal, enquanto as commodities exportadas pelo Brasil, ferro por exemplo, podem sofrer impacto negativo.

Pelo visto, 2019 não vai ser para amadores.

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