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Arquivos Mensais: dezembro 2016

Trapalhadas políticas e percalços econômicos

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Casa Civil, corrupção, desobediência, economia, política, Renan Calheiros

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Se 2016 não foi um ano atípico para os brasileiros, pelo menos teve situações que o foram, como o dia em que o país teve três presidentes. Aquele 31 de agosto, quando o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, comandou as duas sessões do Senado Federal que terminaram por afastar definitivamente Dilma Rousseff da Presidência da República.
O presidente interino, Michel Miguel Temer, notificado do afastamento assume o cargo de presidente, mas como tinha compromisso marcado na China, viaja logo em seguida para o Oriente e quem assume é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

 Dilma Rousseff achava que seu mentor, Lula da Silva, poderia botar ordem na casa como titular da Casa Civil e o nomeou

A cassação do mandato do ex-deputado Eduardo Cunha e sua prisão é outro fato marcante do ano que se encerra, embora o protagonismo do senador Renan Calheiros talvez seja mais contundente quando, ao se negar a receber notificação de afastamento da presidência do Senado Federal, desobedeceu uma ordem judicial, a qual, pouco mais de 24 horas depois, foi derrubada e o senador impedido de assumir a Presidência da República na ausência de Temer.

Enquanto a coisa pegava fogo em Brasília, no litoral a Polícia Federal, em 24 horas, prendeu dois ex-governadores do Rio de Janeiro. Primeiro foi Anthony Garotinho e, no dia seguinte, 17 de novembro, Sérgio Cabral, ambos por práticas corruptas.

Mas 2016 também teve o caso do ex-presidente que quase vira ministro ainda durante a gestão de Dilma Rousseff. Ela achava que seu mentor, Lula da Silva, poderia botar ordem na casa como titular da Casa Civil e o nomeou. Não deu certo e Lula continuou fora do governo e sem prerrogativa de foro. Já é réu em cinco processo e deve ter mais outros a caminho.

Mas se o país parece estar de cabeça para baixo, quando aqueles que deveriam dar bons exemplos são os primeiros a tomar no barco da corrupção e emplacar jeitinhos para resolver – ou tentar – seus problemas pessoais, como o ministro Geddel Vieira ao pressionar o titular do Ministério da Cultura para aprovar projeto ilegal de edifício onde Geddel tinha apartamento, em Salvador/BA, a economia começou a dar sinais de alguma recuperação.

Exemplo disso é a baixa no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o qual, em janeiro deste ano, batia a marca de 10,71% no acumulado de 12 meses, com variação de 1,27% naquele mês. Em novembro, o acumulado foi de 6,98%, enquanto a variação no mês ficou em 0,18%.

Pelo lado do câmbio, o dólar estava cotado, na média de janeiro de 2016, em R$ 4,042, mas a evolução durante o ano o trouxe para o patamar R$ 3,270, nesta segunda-feira, 26. No entanto, as expectativas do mercado, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central, ainda mantêm a previsão de que a moeda norte-americana vai fechar 2016 em R$ 3,37. Já em 2017, a expectativa dos agentes econômicos é fechar a R$ 3,50.

Ruim mesmo são as projeções, ainda da Focus, acerca da evolução (?) do produto interno bruto, o PIB. Por ali, 2016 encerra com o PIB em -3,49%, mas para 2017, que há quatro semanas tinha expectativa de crescimento do PIB em 0,98%, as previsões caíram para 0,50%.

Num país em crise, o setor produtivo tem sua cota de contribuição e a expectativa da produção industrial neste ano quase atípico, há quatro semanas estava na marca de -6,23%, nesta segunda-feira ficou no nível de -6,68%, conforme a Focus.

O ano que se aproxima pode até ser menos ruim do que este que se vai sem deixar muita saudade, mas não se pode esperar que chegue com céu de brigadeiro. Mesmo assim cabe um registro otimista: As vias do Distrito Industrial devem ser asfaltadas em 2017.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 27/12/2016

Saldo de 2016 nem é tão ruim

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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2017, Amazonas, Brasil, economia, inflação, IPCA, José Melo, Michel Temer

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A doze dias da chegada de 2017, não se pode dizer que 2016, com suas crises política, econômica, ética e de corrupção, não se pode dizer que este ano foi o fim dos tempos, mesmo quando se considera os percalços que desafiaram as empresas e a população, de maneira geral, e ainda sem solução à vista, pelo menos no curto prazo.

Se as notícias aqui pela planície até que são boas, lá do Planalto também vem algo de bom, às vezes, como a estimativa de inflação divulgada pela pesquisa Focus

No Amazonas, em que pesem as más notícias como aquelas informando a perda de postos de trabalho para estrangeiros, assim como a baixa no segmento de serviços, ambas em decorrência da crise econômica que jogou o produto interno bruto (PIB) do país lá para baixo, há algum consolo.

No âmbito da Zona Franca de Manaus (ZFM) tanto a Suframa quanto a Secretaria de Planejamento do Estado do Amazonas (Seplan-CTI) fazem avaliações positivas do ano que se encerra e mantêm expectativas de que o próximo ano seja mais promissor, para tanto alinhavam números e projeções que veem 2017 como o ano da retomada da economia nacional.

Informações da Suframa registram que o Conselho de Administração da autarquia aprovou, no exercício de 2016, nada menos que 184 projetos, sendo que, desses, 46 foram projetos de implantação, enquanto os demais 138 foram projetos de ampliação e atualização. O mais importante, entretanto, é se ter em conta que os investimentos de US$ 2.5 bilhões devem criar mais 3.255 postos de trabalho ao longo dos próximos três anos.

O Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), fez sua contabilidade em reais (R$) e, por aí, o exercício de 2016 foi bem melhor que o ano precedente. Pelos números divulgados, no exercício que se encerra as seis reuniões do Codam aprovaram 207 projetos com investimentos que totalizaram 8,75 bilhões de reais e proporcionarão cerca de 10 mil novos postos de trabalho no triênio que avizinha.

Em 2015, o número de projetos aprovados pelo Codam foi 155, com investimentos de R$ 4,75 bilhões e geração de 6.319 postos de trabalho. Não dá para reclamar, mesmo.

Se as notícias aqui pela planície até que são boas, lá do Planalto também vem algo de bom, às vezes, como a estimativa de inflação divulgada pela pesquisa Focus, do Banco Central do Brasil, nesta segunda-feira, 19. Conforme a pesquisa, a qual consulta agentes do mercado, ainda em 2016 a inflação deve ficar no limite da meta, que é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos acima ou abaixo. Assim, conforme a Focus, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar em exatos 6,49%. Na semana anterior a previsão era de 6,52%.

Por fim, cabe registrar o andamento das pendências políticas a envolver o governador do Estado, José Melo, e o presidente da República, Michel Miguel Temer.

No caso de José Melo, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não pautar o julgamento do processo para este ano deu uma arejada nos ares do governador. Já a blindagem de Temer, apesar da baixa popularidade do presidente, parece colocá-lo a alguma distância de um eventual impeachment no momento.

Mas 2017 está chegando para confirmar as projeções ou negar as expectativas.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 20/12/2016

Corrupção e Lava-Jato levam povo às ruas

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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corrupção, lava-jato, manifestação, política, Sérgio Moro

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O divórcio entre aqueles aos quais o povo delega poderes por meio de eleições e a sociedade está cada vez mais explícito e a crise aberta entre o Legislativo e o Judiciário, em função da operação Lava-Jato, parece se acirrar a cada momento como bem ilustram frases ditas por parlamentares tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal.

Exemplo do destempero parlamentar é o que falou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na semana passada, logo após a desvirtuação e consequente aprovação na casa chefiada por ele, do projeto das dez medidas anticorrupção.

O desrespeito à sociedade e àqueles que elegeram os parlamentares se torna ainda mais grotesco quando estes se aproveitam de um momento de pesar para toda a nação e tentam, ou melhor, aprovam, texto que busca apenar membros do Judiciário

Maia foi curto e grosso ao dizer que o Legislativo não é obrigado a aprovar tudo que chega ao plenário da casa. O deputado federal pelo DEM do Rio de Janeiro achou que isso era pouco e completou: “Não podemos aceitar que a Câmara se transforme em cartório carimbador de opiniões de partes da sociedade”.

Réu perante o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado não deixou por menos e afirmou que não pode haver pressão externa contra a decisão da Câmara dos Deputados, a qual, como se sabe, foi tomada na surdina e na madrugada em que o avião da Lamia caiu matando toda a equipe de futebol do Chapecoense.

O desrespeito à sociedade e àqueles que elegeram os parlamentares se torna ainda mais grotesco quando estes se aproveitam de um momento de pesar para toda a nação e tentam, ou melhor, aprovam, texto que busca apenar membros do Judiciário e relevar as culpas, que não são poucas, daqueles que se locupletaram com verbas públicas mesmo sendo parte do Legislativo.

Como se sabe, o problema dos parlamentares do Congresso Nacional é só um: a delação, ou acordo de leniência, que está sendo finalizado pela Odebrecht. Conforme estimativas, cerca de duas centenas de parlamentares podem aparecer enleados nas confissões dos executivos da empreiteira que inovou a manter, em sua estrutura, um departamento voltado para o “acerto” e pagamento de propinas.

No entanto, o brasileiro, que outro dia foi às ruas contra a gestão petista, não perdeu a esperança de passar o país a limpo e expurgar os maus parlamentares ou qualquer outro agente público cujas ações sejam perniciosas à sociedade, como aconteceu no domingo, 4 de dezembro, depois que o juiz Sérgio Moro falou perante o Senado Federal na sexta-feira, 3.

É emblemático no clima das ruas, onde os ofendidos, como representantes do Ministério Público e do Judiciário compareceram em grande número aqui em Manaus e nas outras mais de 200 cidades onde o movimento a favor da operação Lava-Jato aconteceu, as frases de apoio a Sérgio Moro, à operação e até pedido de extinção dos cargos de senadores, deputados e vereadores, assim como pedidos de suporte à anticorrupção pela sociedade.

Se membros do MP e da magistratura se mobilizaram para tentar reverter o texto desfigurado aprovado na Câmara dos Deputados, inclusive com a intervenção da ministra e presidente do STF, Carmem Lúcia, isto não significa que só os parlamentares se encaminham pelo lado das conveniências pessoais em detrimento do bem-comum, como por exemplo a punição a magistrados. Se para o comum dos brasileiros se aposentar é uma conquista, embora com rendimento lá embaixo, no caso dos magistrados a aposentadoria pode chegar na forma de punição.

Como diriam os jornalistas de TV: pode isso, produção?

Nota: O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, foi afastado, na tarde de 5 de dezembro, por decisão liminar do STF.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 06/12/2016

Otimismo japonês

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, economia, polo industrial, suframa, zona franca

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O segmento de duas rodas do Polo Industrial de Manaus (PIM) se mantém como um dos pilares da indústria incentivada na zona franca e, até setembro deste ano, havia faturado 2.39 bilhões de dólares, pouco mais de um terço do que chegou a comercializar em 2012, quando fechou o exercício com vendas de 6.48 bilhões de dólares. No entanto, nem mesmo esse baixo desempenho que já vem acontecendo desde 2012, teve o poder de tirar o setor do topo dos cinco setores que mais vendem produtos made in ZFM.

Com o desempenho atual, o segmento de duas rodas garante o terceiro lugar em faturamento entre os pouco mais de vinte setores que compõem o contingente de segmentos industriais da Zona Franca de Manaus (ZFM).

 O dirigente da Honda da Amazônia, Paulo Takeuchi, é otimista ao afirmar ter certeza de que o segmento tem muito potencial para crescer

Em 2012, o setor de duas rodas abria suas unidades fabris para mais de 19 mil funcionários e pagava por mês – em média -, entre salários, encargos e benefício (SEB) o equivalente a 47 milhões de dólares. Também na média, cada colaborador do segmento era contemplado com 2.42 mil dólares/mês, o que lhe garantia a quarta posição com despesas dessa natureza entre os setores do PIM.

Os tempos mudaram e, há cinco anos, desde 2012, o faturamento da indústria de duas rodas só cai. Com a crise que pegou o Brasil em 2014, o cenário piorou e não somente para duas rodas. Se antes havia uma baixa na demanda por produtos como motocicletas basicamente em função da queda na oferta de crédito pelos bancos, com a crise e suas consequências, a demanda só ficou menor.

Até setembro deste ano, dizem os Indicadores de Desempenho do PIM, divulgado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as linhas de produção das montadoras de motocicletas só produziram 714 mil unidades, além de outras 513 mil bicicletas, quantidade muito abaixo do 1,708 milhão de motos fabricadas em 2012, ou as 913 mil bicicletas que saíram das linhas de montagem naquele ano.

Se a demanda enfraqueceu a produção dos veículos de duas rodas, a baixa nesta atividade econômica, por outro lado, mandou para casa nada menos 13 mil colaboradores. Do contingente de 19.655 que trabalhavam nas montadoras do PIM, restaram, em 2016, cerca de 6,7 mil colaboradores que continuam se esforçando para entregar os produtos que são distribuídos pelo Brasil afora, com ou sem crise.

É neste panorama de muita dificuldade e esforço por parte de indústrias e colaboradores que operam no setor de duas rodas do Polo Industrial de Manaus que a Moto Honda da Amazônia completou, na semana passada, 40 anos de instalação na zona franca, onde mantém uma das maiores unidades fabris da Honda.

Neste ano, a Moto Honda comercializou mais de 630 mil motocicletas, fato que lhe garante a terceira posição no ranking de faturamento das indústrias do PIM, além de assegurar à indústria de motos japonesa pelo menos 80% do mercado de motocicletas do país.

A situação ainda é de cautela em face das incertezas econômicas, e também políticas, que afetam o Brasil, mas o dirigente da Honda da Amazônia, Paulo Takeuchi, é otimista ao afirmar ter certeza de que o segmento tem muito potencial para crescer, apesar de, diz ele, não saber quando isso vai acontecer, dada a conjuntura do país.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 29/11/2016

Quem mente, rouba

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, Dilma Rousseff, mentira, pós-verdade, petismo, política, PT

Existe um ditado popular que aprendi muito cedo, ouvindo meus pais dizerem “quem mente, também rouba”. Dizer a verdade fazia parte, até uns anos atrás, do caráter das pessoas, criadas que eram sob a égide de que a honestidade fazia a integridade e esta só podia ser formada a partir do compromisso das pessoas com a verdade. Vai longe esse tempo, no qual também a palavra empenhada valia mais que dinheiro e honrá-la, mesmo com o próprio prejuízo, estava acima de qualquer coisa.

 Millôr Fernandes preferia dizer que ‘As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades’

Mas, voltando ao tema inicial, há também quem prefira dizer que “a mentira tem pernas curtas”, pois o mentiroso, além de ser imperativo ter grande criatividade, deve também ter memória prodigiosa, a fim de manter suas versões (imaginadas) do fato e não se contradizer. Millôr Fernandes preferia dizer que “As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades”.

Deve ser por aí, no entanto, nas terras abaixo da linha do equador “Santa Cruz, hoje Brasil”, há gente que simplesmente não tem nenhum compromisso com a verdade, mesmo aquela defendida por alguns, para os quais muitas são as verdades: a minha, a dele e a da vítima.

Nesse contexto, não é de admirar que as redes sociais tenham se transformado, desde a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, na plataforma mais usada por políticos com o objetivo de plantar suas verdades a fim de obter os favores e voto do eleitor, principalmente daquele que pouco se informa, e prefere, talvez por osmose, ficar com a verdade do político jovem e bonito ou do religioso carismático.

Em um país que mal saiu de um impeachment presidencial causado legalmente por uma filigrana orçamentário-contábil, as infames pedaladas fiscais, mas cujo conjunto da obra, inclusive a mentira durante a campanha eleitoral de 2014, usada pela candidata que se reelegeu, a continuação desse tipo de comportamento é um insulto ao cidadão.

Exemplo disso é o projeto legislativo que tramita no Congresso Nacional, sob o patrocínio, entre outros, do presidente do Senado Federal, visando anistiar procedimentos desonestos de políticos, assim como lhes oferecer proteção legal ao mesmo tempo em que agentes públicos, como procuradores e magistrados que os investiguem, sofram penalidades sob o pretexto de abuso de autoridade. O país do futuro virou o país da impunidade, da inversão de valores e da mentira.

Na semana passada, o ministro da Cultura, Marcelo Calero, resolveu se demitir da pasta por um motivo dos mais graves. Seu colega na Esplanada dos Ministérios, Geddel Vieira Lima, o teria pressionado a produzir relatório com parecer favorável aos interesses de Geddel acerca de um edifício em Salvador. Assediado, Calero se negou a atendê-lo e preferiu abandonar o ninho de cobras, digo, a pasta ministerial.

O caso, evidente, caiu no colo do presidente Michel Miguel Temer que, intimorato, preferiu dar abrigo a Geddel Vieira e aceitar a demissão de Calero sob a argumentação de que o pedido, o assédio, a busca por procedimento não republicano não se efetivara. Por esse viés vesgo, se um bandido ameaçar um cidadão não comete nenhum crime até que, por exemplo, o espanque.

Mas as mentiras, os jeitinhos, os truques e as dissimulações usadas por políticos e não apenas brasileiros, está aí Donald Trump para mostrar que lá é assim como aqui, são práticas universais e o Brasil deve se sobressair nesse item.

Ante tais fatos, não é de se estranhar que o “New Oxford American Dictionary” tenha eleito o termo “pós-verdade” (post-truth) como a palavra mais importante de 2016 e o verbete explica que o termo é “relativo a ou que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos são menos influenciadores na formação da opinião pública do que apelos à emoção ou à crença pessoal”.

É a nova versão daquele dito popular “meia verdade equivale a uma mentira inteira”, ou não?

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 22/11/2016

Cuidado, sua vida pode valer apenas 55 reais

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, assassinato, ônibus, Manaus, segurança pública, violência

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Manaus amanheceu, na segunda-feira, 14 de novembro, véspera de feriado e ponto facultativo no município e Governo do Estado, com boa parte da frota de ônibus que serve o transporte coletivo da cidade parada nas garagem. Desta vez, os trabalhadores não fizeram paralisação para reclamar reajuste salarial, pagamento de vantagens e benefícios ou qualquer outra reivindicação do gênero. O que eles pedem é bem mais simples: querem segurança para poder trabalhar.

Tem hora na qual reflexão sobre a pena de morte para determinados crimes, como esse tipo de barbaridade, viria bem a propósito no Brasil

Tudo porque, em Manaus, a vida das pessoas de bem, do contribuinte, do cidadão que trabalha, paga seus impostos deixou de ter valor faz tempo, pelo menos no que diz respeito ao aparato de segurança pública que pouco se vê nas ruas, embora com frequência a imprensa seja convidada para ouvir boas notícias como aquelas que dizem ter havido redução no índice de homicídios na capital.

Pode até ser, já que fazer um boletim de ocorrência, documento que alimenta as estatísticas de segurança (ou insegurança) pública, às vezes requer dose cavalar de paciência nas delegacias – que já foram distritos integrados – e nem sempre a vítima se dá ao trabalho de ir até uma dessas unidades para fazer o registro, por saber, de antemão, que nada vai acontecer, principalmente em casos de roubos e assaltos sem vítima fatal.

Mas voltando à ausência de ônibus na segunda-feira, deve-se registrar que os funcionários da empresa onde trabalhava o motorista Feitosa Amorim, assassinado por dois bandidos durante assalto na noite de domingo, momento no qual a cobradora do mesmo veículo foi ferida a facadas, resolveram protestar pedindo segurança para que possam fazer seu trabalho.

É realmente uma situação complicada a falta de segurança na cidade e não somente no que diz respeito aos trabalhadores e usuários do transporte coletivo. De acordo com o supervisor de tráfego da empresa onde as vítimas trabalhavam, seus veículos sofrem, em média, cinco a seis assaltos por dia. Não é pouca coisa e, dependendo da violência empregada pelos bandidos, há trabalhadores que preferem mudar de profissão tamanho é o trauma psicológico causado por esse tipo violência.

O casal de trabalhadores e os bandidos – que escaparam da morte nas mãos da população revoltada, salvos pela polícia – foram encaminhados a um pronto-socorro da zona Leste onde o motorista morreu.

Pois é, tem hora que uma reflexão sobre a pena de morte para determinados crimes, como esse tipo de barbaridade, viria bem a propósito: o produto do latrocínio foi de R$ 55, é quanto vale, para a bandidagem que toma conta de Manaus, a vida de uma pessoa.

Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas informou, no último dia 10 de outubro, sobre a redução de 34% nos homicídios em Manaus, entre janeiro e setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2015. Por outro lado, o Sinetram registrou que, desde janeiro deste ano, as dez empresas que fazem o transporte coletivo na cidade já sofreram 2.767 assaltos, contra 2.203 no mesmo período de 2015, com média de dez ocorrências por dia e prejuízo superior a R$ 800 mil.

É possível que haja essa redução, no entanto, os números do Mapa da Violência mostram que, no Amazonas, entre os anos de 2013, quando foram cometidos 692 assassinatos só com a utilização de arma de fogo, e 2014 – com 756 mortes da mesma natureza – houve crescimento dos homicídios. Como os bandidos não escolhem armas, como foi o caso do motorista de ônibus, “há mais mortes do que possa supor nossa vã filosofia”.

Por fim, é bom que pense em fazer mudanças drásticas no Estatuto do Desarmamento. A lei, de 2003, desarmou os cidadãos e esqueceu que a bandidagem não compra armas em lojas, aliás, o número de armas de uso exclusivo de forças de segurança que aparecem em atentados contra a vida dos brasileiros é outro escândalo. Falta uma operação similar à Lava Jato nesse setor.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 15/11/2016

Promessas e desafios na Prefeitura de Manaus

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, Arthur Neto, eleições, Manaus, prefeitura

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A reeleição do tucano Artur Neto à Prefeitura de Manaus dá indicações de que o manauara prefere administradores com experiência para gerir os destinos da cidade que, desde a década de 1970, cresce de maneira desordenada, ou melhor, incha, até pela forma como o solo é ocupado no município, por meio de invasões.

Já ao candidato derrotado só nos resta agradecer sua participação na campanha por tê-la tornado, na reta final, muito divertida

Mesmo áreas planejadas findam por ser invadidas e quem fica no prejuízo são os adquirentes, que perdem a propriedade, como aconteceu, por exemplo, com quem tinha terreno no loteamento Rio Piorini, no bairro Novo Israel, zona Norte.

Se em uma área loteada os problemas de infraestrutura são agravados pelas invasões que acontecem na cidade, nos locais tomados pelas invasões onde havia floresta a situação é bem pior, pois aí nem traçado de ruas existe e os moradores passam a exigir da prefeitura que ofereça tanto a infraestrutura quanto os equipamentos urbanos necessários.

Na gestão de Artur Neto esse quadro de invasões até que melhorou com as medidas adotadas para remover invasores antes que o problema se tornasse mais grave com a ocupação definitiva da terra.

Ao prefeito que se reelegeu no último domingo de outubro fica, entre os vários desafios a serem enfrentados, este em particular, de impor diretivas e fazer obedecer àquelas já existente com a finalidade melhorar, no sentido urbanístico, a ocupação do solo em Manaus, principalmente nos bairros mais novos, como aqueles localizados nas zonas Norte e Leste.

Outra onça brava a ser encarada pelo prefeito tucano é a questão da qualidade do transporte coletivo, uma reivindicação praticamente unânime do manauara que utiliza o sistema público de transporte coletivo. Neste particular, além do investimento bilionário a ser efetivado pelo município sob a gestão do vice-prefeito Marcos Rotta, para implantar o BRT de forma a servir todas as zonas administrativas de Manaus, há ainda o problema do trânsito caótico, nos horários de pico.

Melhorar a qualidade do trânsito manauense é necessidade e deve ser prioridade já, sob pena de Manaus, em pouco tempo, ver paralisado o fluxo de veículos em suas vias quando, em alguma de suas principais avenidas, ocorra um acidente mais grave parando trânsito não só no local e via onde este aconteceu, assim como em outras cujo fluxo é por ela coletado.

O tempo que o manauara perde no trânsito, hoje, deve ser motivo de estudos com o objetivo de conhecer os principais obstáculos que o emperram, embora uma boa parcela desses obstáculos seja criada por condutores que simplesmente não respeitam as leis do trânsito: são os apressados e espertos que nunca usam a seta, transitam costurando em velocidade acima da permitida, além de infringirem outras normas sem sofrer punição.

Esse tipo de motorista só se educa quando a penalidade o faz levar a mão ao bolso para pagar multas. Campanhas educativas não surtem efeito quando o problema é de personalidade e o sujeito “se acha” por aprontar essas barbaridades pelas ruas de Manaus.

Ao prefeito que se reelegeu cabe trazer mais qualidade de vida aos munícipes e cumprir as promessas de campanha, que não foram poucas. Já ao candidato derrotado só nos resta agradecer sua participação na campanha por tê-la tornado, na reta final, muito divertida, pelo menos nas redes sociais. Afinal “tem dinheiro, dá pra fazer”, certo Artur Neto?

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 1º/11/2016

Gastar como se não houvesse amanhã

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, gasto público, INSS, previdência, PT

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É possível que para boa parte da população o título acima seja o melhor dos mundos; gastar hoje o que for possível e pendurar, para o futuro, tudo que possa ser financiado, mesmo que a renda de quem assim pensa seja limitada, como aliás desde há muito é sabido pelos economistas: as necessidades são infinitas, apesar de os recursos serem limitados.

A festa patrocinada pela gestão petista com o suor de todos brasileiros acabou

Equilibrar as duas variáveis – necessidades ilimitadas e recursos finitos – é o segredo para se dar bem, seja administrando um orçamento pessoal, uma casa, empresa ou mesmo todo um país. A máxima econômica, como se sabe, não foi seguida pelo governo petista e o resultado é que o Brasil conseguiu, em cerca de dois anos, perder conquistas pelas quais a sociedade muito lutou.

No entanto, se os governantes petistas deixaram de lado as boas práticas de gestão, culminando com a volta da inflação, juros altos, inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, desemprego, produção em baixa e todas as péssimas consequências de uma economia que parou de crescer há cerca de dois anos, ainda restam aqueles para os quais não interessa de onde vem o dinheiro, desde que o governo continue a gastar.

É o caso dos manifestantes esquerdistas no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, no último dia 10, quando foi aprovada, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 241, documento que cria teto para gastos públicos, limitando-o à reposição da inflação do ano anterior.

Em cartazes assinados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), esses manifestantes diziam, durante a sessão da Câmara dos Deputados, que a 241 é a PEC Morte. O gancho para tal afirmação seria a redução nos recursos destinados à saúde e à educação. Considerando a situação na qual se encontram essas duas áreas, poderia até ser verdade esta alegação.

No entanto, o que se vê é bem outra coisa, já que ambas têm verbas garantidas na legislação e a PEC 241 não impede, até onde é sabido, que o governo eleja suas áreas prioritárias e para lá canalize os recursos necessários.

De outro lado, chamar o texto de “PEC da Morte” pode até ser uma boa ideia, desde que os procedimentos ali previstos, aprovados em dois turnos na Câmara Federal e no Senado e transformados em norma constitucional exterminem o desequilíbrio entre receita e despesa que, além das mazelas já aqui listadas, levou o país a aumentar sua dívida pública ao patamar de 72% do produto interno bruto (PIB).

Para se ter ideia do chumbo grosso que pode vir mais à frente, caso medidas como essas não forem tomadas, já em 2018 a dívida pública do Brasil alcançaria o nível de 82% do PIB e, em 2024, chegaria a 100%. É pouco?

Hoje, a Previdência Social tem déficit equivalente a 8%, embora os trabalhadores do setor privado, ao se aposentarem, não usufruam das benesses concedidas aos trabalhadores da administração pública. Logo, mudar as regras atuais é necessário sob pena de, em poucos anos, a ampliação do número de beneficiários e a redução dos que contribuem para Previdência torná-la inviável.

A festa patrocinada pela gestão petista com o suor de todos brasileiros acabou, resta agora, à semelhança do que foi feito para dominar a inflação nos anos 1990, impor normas duras a fim de trazer a disciplina fiscal de volta.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 18 e 19/10/2016

Produção cai, mas emprego melhora na zona franca

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, Brasil, crise, economia, IBGE, indústria, produção, zona franca

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Os números relativos ao mês de agosto deste ano referentes à produção industrial do Brasil compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que abrangem 14 regiões, ainda trazem más notícias para a maioria desses locais, uma vez que somente três apresentaram resultados positivos no mês de referência.

No geral, a estatística do IBGE revela que apenas os Estados da Bahia (+10,4%) e Pará (+1,2%), além da região Nordeste (+0,8%) apresentaram ganhos de produção no comparativo entre agosto de 2016 e o mês de julho anterior. Assim, o gráfico com esses desempenhos continua de ponta-cabeça, à exceção dos três já mencionados.

 

A média da produção industrial do país aferida em agosto ficou em -3,8%. No caso do Amazonas (-5,7%), apenas os Estados do Paraná (-8,0%) e Espírito Santo (-6,4%) apresentaram desempenho pior, assegurando o terceiro lugar entre as perdas na produção industrial.

Embora não sirva de consolo, é importante registrar que a locomotiva industrial brasileira, o Estado de São Paulo, ficou à frente do Amazonas com queda menor. Seu desempenho, em agosto, foi de -5,4%.

No entanto, se na produção industrial aferida pelo IBGE o saldo, para o Amazonas é desempenho negativo por três meses seguidos, de outro lado, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) tem boas notícias tanto para investidores quanto para trabalhadores, algo ainda bem difícil de se achar pelo país afora.

No que diz respeito aos investidores, os números relativos às aplicações efetivadas pelas organizações do Polo Industrial de Manaus (PIM) nos oito meses encerrados em agosto atingiram média mensal superior, aferida em dólares, à média obtida no exercício de 2015.

Se no ano passado, de acordo com os Indicadores de Desempenho do PIM, a média dos investimentos produtivos chegaram, no fim do ano, ao montante de US$ 8.077 bilhões de dólares, no período de janeiro a agosto deste ano já atingiram a média mensal de 8.134 bilhões, ou cerca de US$ 57 milhões acima da média do ano anterior.

É evidente que nem todos os segmentos com atuação no polo de indústrias incentivadas de Manaus estão ampliando seus investimentos, fato explicado pela (ainda) baixa demanda pelos produtos ali fabricados, porém, pelo menos nove setores estão com investimentos mais significativos neste ano, entre os quais duas rodas, termoplásticos, bebidas e químico.

Segmentos que puxam o faturamento do PIM, como eletroeletrônicos, incluído aí bens de informática, continuam com média de investimento inferior à obtida no exercício de 2015.

Por fim cabe registrar a sequência de dois meses seguidos nos quais as indústrias da Zona Franca de Manaus apresentaram número de admissões superior ao de demissões, fato que resultou, em agosto, na criação de cerca de 3 mil novos postos de trabalho.

Trabalhar para manter esse desempenho e obter do governo as condições necessárias para sair do fundo do poço é a opção tanto do setor privado quanto do público para tirar o país da crise.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 11/10/2016

Eleição: último round fica para véspera do Dia das Bruxas

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Arthur Neto, eleições, Marcelo Ramos, poluição, prefeitura, segundo turno

O domingo de eleição trouxe poucas surpresas, pelo menos no que diz respeito ao resultado para o cargo de prefeito de Manaus, quando o tucano Arthur Neto se posicionou à frente de Marcelo Ramos (PR) com mais de 100 mil votos. Infelizmente, não se pode dizer o mesmo em relação à poluição da cidade, pois nas diversas zonas eleitorais espalhadas por Manaus a sujeira era a mesma. O pior, além da sujeira dos candidatos ou de seus cabos eleitorais, foi ver pessoas buscando, nesses santinhos jogados pelas ruas, opções de candidato para votar.

Fica para o dia 30 de outubro, Dia de Todos os Santos e véspera do Dia das Bruxas, o round final pela Prefeitura de Manaus. Bons presságios?

Para os não petistas, a boa notícia é o fato de que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi implodido na Câmara Municipal de Manaus (CMM): só conseguiu eleger um vereador, velho conhecido do movimento sindical ligado à construção, o Sassá da Construção Civil, além disso, nenhum dos vereadores que têm assento na CMM (Bibiano Garcia, Waldemir José e Rosi Matos) conseguiu se reeleger, apesar do desempenho do candidato petista à Prefeitura de Manaus, deputado José Ricardo, ter sido bom, considerando a situação do partido pelo Brasil afora.

Pelo lado do gênero, a participação das mulheres na CMM também foi por água abaixo, com perdas no número de mulheres, que caiu 43%, passando de sete nesta legislatura, para quatro vereadoras a partir de 2018: Therezinha Ruiz, Professora Jaqueline, Glória Carrate e Joana D’ Arc. Apenas esta última estreia na CMM.

Do lado do PSDB, que reelegeu dois vereadores, Plínio Valério e Elias Emanuel, também houve perda de representante, pois Ednailson Rozenha não conseguiu se reeleger e dos três assentos tucanos, o partido de Arthur Neto só manteve dois. O ex-tucano Mário Frota também não se reelegeu.

Entre aqueles que embarcaram no N/M Guaramiranga, o barco que nunca chegou a seu destino, e fazem companhia a Mário Frota (PHS) estão os três petistas, Fabrício Lima (SDD), Pastora Luciana e Socorro Sampaio, ambas do PP. Assim, o quadro de vereadores da CMM foi renovado em cerca de 50%.

O maior destaque nesta eleição municipal é possível que tenha sido o desempenho do candidato João Luiz (PRB), eleito com 13.978 votos e que, sem ter completado o Ensino Fundamental, é carioca e vive em Manaus onde é pastor da Igreja Universal, à qual o resultado nas urnas, com sua eleição, deve ser creditado.

Também ligado a uma igreja evangélica, o vereador Reizo Castelo Branco (PTB) conseguiu 10.402 votos no domingo, bem abaixo de seu desempenho na eleição anterior, quando obtivera mais de 17 mil votos.

O desempenho das três candidaturas mais expressivas à Prefeitura de Manaus, excluindo Arthur e Marcelo, somam mais de 342 mil votos e é esse espólio que está em jogo, o qual, somado aos outros quatro candidatos derrotados, totaliza  cerca de 414 mil votos. O prefeito Arthur Neto e seu oponente, Marcelo Ramos, têm pouco tempo para convencer eleitores que não lhe deram voto no primeiro turno, a votar em suas propostas.

Fica para o dia 30 de outubro, Dia de Todos os Santos e véspera do Dia das Bruxas, o round final pela Prefeitura de Manaus. Bons presságios?

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 04/10/2016

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