Reino Unido da Liberdade mostra samba no Morro
30 terça-feira jan 2018
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in30 terça-feira jan 2018
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in23 terça-feira jan 2018
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O presidente Michel Miguel Temer viajou para Davos e, ao contrário do Brasil, onde as notícias boas são ofuscadas pelas trapalhadas políticas como a arrastada sucessão no cargo de ministro do Trabalho que está mais para uma dança de cadeiras do que para a simples nomeação. Na Suíça, a boa notícia foi que o Fundo Monetário Internacional (FMI) recalibrou suas estimativas para o desempenho do produto interno bruto brasileiro (PIB).
A pobreza, a miséria, a desigualdade enfim, não tem previsão de ser reduzida e o historiador Walter Scheidel afirma que essa redução, no decorrer da história, só aconteceu em face de acontecimentos desastrosos
Em outubro de 2017, o FMI previra crescimento de 1,5% para o PIB brasileiro em 2018, valor que foi elevado para 1,9% no relatório “Panorama da Economia Mundial”, divulgado nesta segunda-feira, 22. Para Michel Temer, que tem, entre outras missões, a de fazer o Brasil aparecer bem na foto, não podia ter um início melhor para sua participação no Fórum Econômico Mundial deste ano. Enquanto isso, em Brasília, mais uma vez a posse de Cristiane Brasil como titular do Ministério do Trabalho foi suspensa, de novo, agora pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Davos, porém, não é só boas notícias. A desigualdade de renda pelo mundo afora foi tema de outro estudo, “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, da ONG inglesa Oxfam. Por ali fica-se sabendo que 82% da riqueza criada no ano passado está nas mãos daquele contingente de 1% mais rico, com a agravante de que metade da população, cerca de 3,7 bilhões de pessoas, não conseguiu nada.
A pobreza, a miséria, a desigualdade enfim, não tem previsão de ser reduzida e já há quem afirme, como o historiador Walter Scheidel, que essa redução, no decorrer da história, só aconteceu em face de acontecimentos desastrosos como grandes guerras, períodos de terror, revoluções totalitárias, pragas e desastres naturais. Pior é que, na visão do historiador da Universidade Stanford, políticas públicas nos moldes do Bolsa Família são apenas paliativos, sem o poder de reduzir a diferença de renda entre a população.
Mas voltemos ao Brasil onde as expectativas do produto interno bruto, colhidas pelo Banco Central junto aos agentes econômicos, também foi positiva. Conforme o relatório Focus desta semana, as previsões de crescimento do PIB se mantiveram no patamar de 2,70%, para este ano, mesmo nível da semana anterior. Para o exercício de 2019, a expansão do PIB agora é de crescer 2,99% e não mais os 2,80% que os agentes econômicos tinham como teto há duas semanas.
Também é favorável as expectativas acerca do câmbio em 2018, com previsão de fechar o ano em R$ 3,34. Na semana anterior a expectativa era de R$ 3,35. O mercado manteve no mesmo nível da semana anterior a expectativa de desempenho do dólar, de R$ 3,40, para o exercício de 2019. Essa estimativa se mantém há pelo menos quatro semanas.
Já a produção industrial teve sua previsão revertida, passando de incremento de 3,20%, há duas semanas, para 3,15% na semana passada, no que diz respeito ao exercício de 2018. Para 2019, a expectativas acerca desse indicador de desempenho da economia passaram de 3,00% para 3,04%.
É positiva a expectativa sobre os preços administrados, pelo menos para 2018, quando esse indicador passou de 4,90%, há duas semanas, para 4,80%. Essa reversão de expectativas pode embutir a disposição do governo de continuar a fazer privatizações, principalmente no setor elétrico.
Às expectativas positivas, no entanto, fazem contraponto a emperrada reforma da Previdência e o déficit recorde registrado no exercício de 2017, quando atingiu o montante de R$ 268,8 bilhões de reais. Crescimento de 18,51% do exercício de 2016, quando chegou a 226,8 bilhões de reais, para 2017. A existência dessa expansão do déficit previdenciário é mais um fator a provar a necessidade da reforma, que só não vê quem não quer.
16 terça-feira jan 2018
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inEm que pese o fato de que, entre quatro indicadores de preços analisados em relação ao desempenho no mês de dezembro do ano passado, três apresentaram expansão de preço na comparação com o mês anterior, o IPCA de 2,95% para o exercício de 2017 é uma boa notícia até por ter ficado abaixo da meta de inflação estipulada pelas autoridades monetárias.
O IGP-M, que em novembro foi de 0,52%, passou para 0,89% no último mês de 2017, enquanto o IGP-DI caiu de 0,80% para 0,74% no mesmo intervalo de tempo. Já o INPC subiu de 0,18% para 0,26%, ascensão acompanhada pelo IPCA, que passou de 0,28% para 0,44% entre novembro e dezembro.
Os agentes econômicos ouvidos pela pesquisa do Banco Central do Brasil também têm expectativas positivas para a atividade industrial
De outro lado, as expectativas do mercado aferidas pela pesquisa Focus, do Banco Central, dão conta de que o IGP-M e o IGP-DI para os próximos 12 meses se mantêm em queda na segunda semana de janeiro, embora este mesmo estudo também indique que o IPCA e o IPC-Fipe apresentam indicações de crescimento.
Travado em 3,40 reais por dólar dos Estados Unidos na expectativa para 2019, os agentes econômicos ouvidos pela pesquisa Focus na última semana veem o dólar em ascensão no exercício de 2018. Com expectativa de chegar a 3,30 reais há quatro semanas, a moeda norte-americana deve subir para 3,35 reais na visão do mercado para o presente exercício.
No que diz respeito aos juros, a visão do mercado para 2018 é de que a taxa básica (Selic) feche o exercício a 6,75% ao ano. Há quatro semanas a estimativa era de 7%, em contrapartida, para o exercício de 2019, o mercado estima a taxa básica de juros ao nível de 8% ao ano.
Um outro indicador que pode ser tomado como otimista é a expansão do produto interno bruto (PIB), cujas estimativas do mercado para 2018 são de crescimento no nível de 2,70%. Em meados de dezembro a visão era de crescimento de 2,64%. A mesma indicação de crescimento do PIB também é compartilhada para o próximo ano. Esse indicador passou de 2,75%, há quatro semanas, para 2,80% na semana passada.
Os agentes econômicos ouvidos pela pesquisa do Banco Central do Brasil também têm expectativas positivas para a atividade industrial tanto neste ano quanto no próximo exercício. Assim, para 2018, a expectativa é de expansão no nível de 3,20%. Há quatro semanas esse indicador era de 3%. Quanto a 2019, a expectativa de meados de dezembro, de 2,80%, passou para 3%.
Mesmo na área governamental, como é o caso dos preços administrados, a expectativa do mercado, se não é de baixa, pelo menos é de manutenção de um certo equilíbrio. Desta forma, em 2018 esses preços devem crescer 4,90% e em 2019, vai a 4,25%.
O desempenho da produção na Zona Franca de Manaus (ZFM), no mês de novembro do ano passado foi de baixa. Conforme estatística divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção, no comparativo entre esse mês e o de outubro deste ano, apresenta queda de 3,7%.
Porém, é necessário registrar que, no comparativo entre novembro de 2017 e o mesmo mês do ano anterior, o registro é de crescimento de 0,6%. O IBGE também registra que no acumulado de janeiro a novembro de 2017, as organizações do Polo Industrial de Manaus (PIM) tiveram crescimento na produção de 3,2%, mesmo número atingido na comparativo do acumulado dos últimos 12 meses.
Pelos números aqui listados, o ano de 2018 parece trazer melhores dias do que aqueles vividos em 2017 pela economia. Acrescente-se a isso o fato de que a Bolsa de Valores iniciou o ano batendo recorde e, nesta segunda-feira, 15, ultrapassou a marca dos 79 mil pontos, assim, já está a caminho dos 80 mil pontos, esse fato aparenta traduzir confiança dos investidores na economia.
09 terça-feira jan 2018
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Outro dia, assistindo a um programa jornalístico da Globo, a moça que faz matéria sobre previsão do tempo, depois de explicar que iria chover muito em Manaus, observou que, aqui, mesmo com muita chuva, a temperatura não cai.
Na edição desta segunda-feira, 8, o jornal Folha de S.Paulo, publicou matéria sob o título “Governo não sabe se metade dos programas de subsídio dão resultado” acerca da renúncia fiscal efetivada pela União e a ausência de resultados que deveriam ser obtidos a partir dessas renúncias, mas que, conforme o veículo paulista, não acontecem ou não são aferidos pela autoridade fazendária. O jornal, lá pelo meio do texto, cita que a Zona Franca de Manaus (ZFM) e o Simples são exemplos desses incentivos.
Na região Norte, o Estado do Amazonas é responsável por cerca de 48% de toda a arrecadação que a Receita Federal recolhe
Mas o que tem a ver a chuva que não baixa a temperatura com a administração dos incentivos fiscais? Tudo e nada. É evidente que o regime de chuvas não interfere na administração dos incentivos fiscais, no entanto, nos dois casos, Manaus e a Zona Franca são vítimas do desconhecimento, da ignorância sobre o que se passa aqui, ou, no limite, da má-fé de quem fala sem saber do que se trata. Ontem à tarde, por exemplo, em Manaus a temperatura era de 30ºC, na mesma hora, no Rio de Janeiro era de 28ºC. Quer dizer que o Rio está quase tão quente quanto Manaus, será mesmo?
Já os questionamentos e a tendência do jornal paulista acerca dos incentivos fiscais atribuídos pela Constituição Federal à Zona Franca de Manaus não são novidades e os ataques à renúncia fiscal que a União faz a favor da ZFM se renovam, naquele veículo, com certa regularidade, sem que, na maioria das vezes, a bancada federal do Amazonas no Congresso Nacional saia em defesa do modelo que tirou Manaus do marasmo ao qual estava subjugada desde os áureos tempos da borracha, quando os recursos captados com a exportação da hévea ajudou a desenvolver boa parte do Sudeste.
Na região Norte, o Estado do Amazonas é responsável por cerca de 48% de toda a arrecadação que a Receita Federal recolhe. É de se perguntar aos que questionam os resultados da renúncia fiscal em favor da ZFM, se essa arrecadação existiria na ausência do modelo ZFM.
Conforme o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017, a União previra renúncia fiscal de R$ 280 bilhões para aquele exercício. Ali, o segmento com a maior participação era o de comércio e serviços, cujo valor ascendia a 82,8 bilhões de reais, representando 29,5 do total. Em seguida vinham trabalho, com 43 bilhões de reais (15,4%); saúde, 36 bilhões de reais (12,8%); indústria, 35 bilhões de reais (12,5%); agricultura, 26,6 bilhões de reais (9,5%); assistência social, 12,7 bilhões de reais (4,5%); habitação, 11,2 bilhões de reais (4%), Educação, 10,1 bilhões de reais (3,6%) e C&T com 10,1 bilhões de reais (3,6%).
À Zona Franca de Manaus estavam previstos 7,63 bilhões de reais, sendo 6,42 bilhões de reais para atender a indústria e mais 1,24 bilhão para a agricultura. A soma dessa renúncia fiscal à ZFM representou, naquele exercício – se de fato foi efetivada – o equivalente a 2,73% dos 280 bilhões estimados no PLOA.
A União, entre suas responsabilidades e atribuições constitucionais, tem diretivas para implementar medidas que favoreçam o desenvolvimento das regiões mais pobres do país, que é o que fundamento a renúncia fiscal para a ZFM, dadas as condições peculiares do Amazonas e de Manaus, cuja única ligação rodoviária com os centros consumidores do Brasil, a BR-319, até hoje enfrenta obstáculos a sua efetiva operação por não ser asfaltada em sua totalidade. Esta característica e a preservação do meio ambiente já justificariam a existência do modelo ZFM.