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Acidentes, tragédias e omissões

12 terça-feira mar 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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alagamento, barragem, Brasil, chuva, desabamento, incêndio

O ano que transcorre parece ser um daqueles marcados para ficar na memória do brasileiro, e não apenas pelos acontecimentos e fatos políticos e econômicos, mesmo quando se considera que 2019 ainda está no início.

A marca deste ano é construída por tragédias que acontecem no país, onde pelo menos três acontecimentos merecem esse qualificativo: a morte de centenas de pessoas em Brumadinho (MG). Ali, o rompimento de barragem destruiu boa parte da cidade, matou 197 comprovadamente, enquanto mais 111 pessoas são dadas como desaparecidas. No entanto, dado o tempo transcorrido, que aconteceu em 25 de janeiro, não dá para ter esperança de que algum dos desaparecidos ainda esteja vivo.

A segunda tragédia foram as mortes dos dez atletas juniores ocasionadas por incêndio no  Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Rio de Janeiro, na sexta-feira, dia 8 de fevereiro. O fato ocorreu quando os atletas dormiam, na madrugada daquele dia, e a rapidez com que o fogo irrompeu e se propagou ocasionou a morte dos dez jovens, deixando outros três feridos.

 O último evento trágico – e torcemos para que seja o último, mesmo – deixou pelo menos 11 mortos na região metropolitana de São Paulo, a cidade mais rica do país e maior centro industrial da América do Sul, em decorrência de fortes chuvas que caíram na noite de domingo e madrugada desta segunda-feira, 11, naquela região, atingindo o ABC paulista.

A subida de rios e córregos na área mais atingida pelo alagamento atingiu cerca de dois metros e o rastro de morte e destruição deixado, além das mortes já mencionadas, foi visto nesta segunda-feira: casas com móveis destruídos, carros imprestáveis nas ruas, moradores ilhados sendo retirados, até o meio da tarde de segunda-feira, por bombeiros utilizando caiaques ou botes infláveis, sem que a água tivesse baixado pelo menos um metro.

Mais o que essas tragédias, aparentemente de naturezas tão diversas, teriam em comum? Quais suas causas? Por que tais eventos – que não podem ser chamados simplesmente de acidentes – se repetem, ceifam vidas, destroem patrimônio, extinguem histórias de vidas – se repetem? Fatalidade? Talvez, mas nem sempre.

No caso que envolve Brumadinho, as investigações em curso, que até agora já ouviram cerca de 60 pessoas, funcionários da mineradora foram presos e o presidente da companhia está de bilhete azul, começam a trazer luz ao evento, com a revelação, entre outras, de que a Vale fora avisada de movimentos suspeitos na barragem há cerca de oito meses. Ao que tudo indica, os executivos preferiram correr o risco a tomar providências que custariam uma grana alta.

Já quanto às mortes dos jovens no Ninho do Urubu, as investigações demonstram que o local funcionava sem as certificações necessárias do poder público, o centro já fora multado, etc., porém continuava a funcionar e abrigar atletas em contêineres com revestimento de substância de alta combustão e que, quando inflamado, expele gases tóxicos.

A tragédia mais recente, em São Paulo, parece ser apenas decorrência de um fenômeno natural: chuvas, que em determinados locais da área atingida chegou a cerca de 120 mm em questão de horas. Assim, mesmo que o volume de chuva tenha sido excepcional, há de se perguntar se a região mais rica do país tem a infraestrutura mínima necessária para preservar a vida e o patrimônio de sua população, de quem paga impostos e não consegue a contrapartida do Estado.

Em todas as três tragédias existe omissão das autoridades e, se na região mais rica,  o caos é o cotidiano, é melhor não ter expectativas nas mais pobres.

Foto: Reprodução Web – Metro

Oportunistas natalinos e outras mazelas

24 segunda-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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Amazonas, Educandos, incêndio, Manaus, Natal, oportunistas, solidariedade

Reprodução: Gazeta do Povo/Curitiba PR

Neste ano, em que o país enfrentou dificuldades de toda envergadura e em setores os mais variados, o Natal chegou de forma antecipada para alguns segmentos da sociedade, embora tal fato não signifique surpresa maior, afinal, os privilegiados de sempre é que foram contemplados com as benesses cujo benfeitor não é o Papai Noel, mas, sim, o contribuinte brasileiro. Este, para fazer jus à sua sina, deveria ter feito “comemorações” na véspera do Natal, no Dia do Órfão.

Os “presentes” natalinos de 2018, com viés para comemoração das saturnálias do antigo império romano, começaram a ser distribuídos para pôr fim ao injustificável auxílio moradia pago a membros do Judiciário, uma bagatela de pouco mais de 4 mil reais, valor que, para o homem comum, o trabalhador, já se constitui em um bom salário.

Assim, para acabar – mas nem tanto – com essa mordomia, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram reajuste superior a 16%, com as repercussões de praxe pelo Brasil afora. Porém, o auxílio moradia agora é presente de Ano Novo: já de volta com nova roupagem, para, dizem, evitar uso indevido da verba.

No Amazonas, a Assembleia Legislativa do Estado tomou as providências para presentear os Natal de parlamentares, governador, ex-governadores e secretários estaduais. Assim, deputados que vão ganhar cerca de 29 mil reais por mês, governador 28 mil reais, secretários pouco menos de 25 mil reais. Assim caminham os políticos…

Evidente que ex-governadores se habilitaram à farra com o suado dinheiro do contribuinte. Para estes, que somam quase meia dúzia, foram reservadas outras mordomias, além daquelas que já desfrutam, incluindo aparato de segurança e mais assessores, todos pagos pelo contribuinte.

Presentes natalinos à parte, Manaus teve, neste ano, a infelicidade de ser palco de uma tragédia que poderia ter sido muito pior, caso tivesse acontecido em horário mais tardio, que foi o incêndio de cerca de 500 moradias no bairro Educandos, zona Sul. O local, como se sabe, é habitado por pessoas de poucos recursos que constroem suas casas como podem, com poucos recursos disponíveis, utilizando madeira como matéria-prima principal.

O número de desabrigados é superior a duas mil pessoas, para as quais o que não faltou foi a solidariedade do manauara com doações de roupas, calçados, alimentos e utilidades domésticas oferecidas por loja tradicional, como é o caso da Bemol que demonstrou, com atos, que suas políticas explícitas não são apenas registro em uma página da internet, mas se traduzem em atos como aqueles que contemplaram as pessoas que tudo perderam no incêndio.

Enquanto pelo lado bom da força se tem esse tipo de atitude, pelo lado mau aparecem os aproveitadores que buscam se beneficiar não só das doações feitas para ajudar as famílias atingidas pelo incêndio, mas até se imiscuindo no cadastro para obter moradia em programas da Prefeitura de Manaus e do governo estadual. Para esses o presente é cadeia.

Mas nem só esses querem surfar na onda de solidariedade para ajudar aquelas famílias. Uma olhada nas redes sociais de políticos locais e se encontra uma porção publicando fotos e vídeos no local do incêndio para mostrar sua “contribuição”, que no mais das vezes não passa de alguns momentos em visita ao local do incêndio. De concreto, mesmo, nem as fotos, agora todas digitais.

Mas somos humanos, erramos e, às vezes, até perdoamos aqueles que nos ofendem, como bem prega a oração do Pai Nosso. Assim: Bom Natal!

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