• Sobre o autor

Textos & Economia

~ Artigos e crônicas

Textos & Economia

Arquivos da Tag: robótica

Quarta revolução industrial é agora

04 quarta-feira jan 2017

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

≈ Deixe um comentário

Tags

Apple, economia, Google, indústria 4.0, revolução, robótica, Tecnologia, Tesla

 

Quando, em 1988, o pesquisador Mário Tomelin escreveu o livro “O quaternário seu espaço e poder”, não se falava, ainda, sobre o que viria a ser a revolução Indústria 4.0. Este conceito só viria a aparecer em 2011. No entanto, é necessário que se faça o registro do que foi a pesquisa efetivada por Tomelin, que pode ser chamado de precursor, pelo menos conceitual, da Indústria 4.0.

GM and NASA Announce Robonaut 2

Na visão de Tomelin, o mundo iniciava àquela época, um salto tecnológico que levaria a humanidade a mudar paradigmas no que diz respeito ao desempenho da indústria e nos acréscimos de produtividade.

Em 2011, foi cunhado um outro termo para qualificar expectativas bem próximas daquelas propaladas por Tomelin, durante a realização da Hannover Fair

Assim, deve-se levar em conta o fato de que, a primeira revolução industrial acrescentou produtividade ao colocar como fator de produção a máquina a vapor.

A segunda revolução industrial chegou no bojo da energia elétrica e, a partir de então, as conquistas na produção de bens de consumo e do próprio conforto da humanidade não puderam prescindir da energia elétrica.

Na terceira revolução industrial, com a invenção das válvulas eletrônicas, sucedidas logo depois pelo transístor e pelo solid state, entregou ao homem o poder de cálculo e a velocidade de processamento dos computadores.

Passados quase 30 anos desde o lançamento do livro “Quaternário”, as expectativas de Tomelin não se concretizaram, pelo menos da forma como ele pensava que ocorreria. Mas a indústria e a sociedade obtiveram grande avanço tecnológico e poder de inovação.

“Do setor quaternário, definido como o setor de concepção, pode-se esperar, no século 21, todo o dinamismo e todas as transformações que ainda não se realizaram no século 20,” afirmava Tomelin.

Todavia, em 2011, foi cunhado um outro termo para qualificar expectativas bem próximas daquelas propaladas por Tomelin, durante a realização da Hannover Fair, quando pela primeira vez a expressão “smart factories” trouxe a público uma nova tendência a ser seguida pela indústria, a qual, de forma relacional viria a articular sistemas virtuais e físicos, combinados em rede.

É só em 2016, na obra “The Fourth Industrial Revolution” que Klaus Schwab reconhece que as corporações e a própria sociedade, pelo menos nos países desenvolvidos, já vivem a quarta revolução industrial, digital, com a implementação das metodologias, conceitos e técnicas – envolvendo os meios virtual e físico – que propiciam maior produtividade, entre outros benefícios, na Indústria 4.0.

Desenvolvidas durante a terceira revolução industrial, internet, softwares e hardwares foram aperfeiçoados, inovados e são, hoje, aplicados de maneira massiva como a internet móvel, inteligência artificial, automação, com as “machine learning”, capazes de se autoprogramar, entre outras ações que deixam de depender da intervenção humana.

No entanto, se de um lado as inovações da Indústria 4.0 trazem ganhos de produtividade, melhoria na individualização – customização – de produtos, tornando-os mais próximos das necessidades dos consumidores e oferecendo algo a mais para torná-lo passível de obter preço diferenciado a favor do fabricante, de outro lado, porém, existe o temor que as mudanças sempre trazem.

Neste caso, os arautos dos malefícios temem a redução do número de postos de trabalho com a automação trazendo mais robôs para as instalações fabris. Não é à toa, por exemplo, que a indústria automobilística esteja de olho nos avanços de veículos movidos a energia elétrica, como os modelos da Tesla, Apple e Google. Empresas que preferem inovar produzindo um computador sobre rodas o qual deve prescindir até de condutor.

Esses avanços, que envolvem plataformas de inteligência artificial, armazenamento em nuvem e sensores pequenos e potentes, também ameaçam atividades como as dos profissionais de contabilidade, advocacia e até a indústria de seguros, quando se pensa, neste caso, que o número de acidentes envolvendo automóveis pode cair de forma acentuada com os humanos – álcool, drogas – fora da direção de seus veículos.

Publicação na edição de novembro/2016 da revista PIM Amazônia

Assinar

  • Entradas (RSS)
  • Comentários (RSS)

Arquivos

  • outubro 2022
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • setembro 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • fevereiro 2020
  • janeiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • março 2019
  • fevereiro 2019
  • janeiro 2019
  • dezembro 2018
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • agosto 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • abril 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • dezembro 2017
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • setembro 2017
  • agosto 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • abril 2017
  • março 2017
  • fevereiro 2017
  • janeiro 2017
  • dezembro 2016
  • novembro 2016
  • março 2016
  • maio 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014

Categorias

  • Artigo
  • Crônica
  • Notícia
  • Sem categoria
  • Textos & Economia

Meta

  • Cadastre-se
  • Fazer login

Blog no WordPress.com.

  • Seguir Seguindo
    • Textos & Economia
    • Junte-se a 43 outros seguidores
    • Já tem uma conta do WordPress.com? Faça login agora.
    • Textos & Economia
    • Personalizar
    • Seguir Seguindo
    • Registre-se
    • Fazer login
    • Denunciar este conteúdo
    • Visualizar site no Leitor
    • Gerenciar assinaturas
    • Esconder esta barra
 

Carregando comentários...