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Tapete vermelho do FMI

23 terça-feira jan 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, desigualdade, economia, PIB, Temer

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O presidente Michel Miguel Temer viajou para Davos e, ao contrário do Brasil, onde as notícias boas são ofuscadas pelas trapalhadas políticas como a arrastada sucessão no cargo de ministro do Trabalho que está mais para uma dança de cadeiras do que para a simples nomeação. Na Suíça, a boa notícia foi que o Fundo Monetário Internacional (FMI) recalibrou suas estimativas para o desempenho do produto interno bruto brasileiro (PIB).

A pobreza, a miséria, a desigualdade enfim, não tem previsão de ser reduzida e o historiador Walter Scheidel afirma que essa redução, no decorrer da história, só aconteceu em face de acontecimentos desastrosos

Em outubro de 2017, o FMI previra crescimento de 1,5% para o PIB brasileiro em 2018, valor que foi elevado para 1,9% no relatório “Panorama da Economia Mundial”, divulgado nesta segunda-feira, 22. Para Michel Temer, que tem, entre outras missões, a de fazer o Brasil aparecer bem na foto, não podia ter um início melhor para sua participação no Fórum Econômico Mundial deste ano. Enquanto isso, em Brasília, mais uma vez a posse de Cristiane Brasil como titular do Ministério do Trabalho foi suspensa, de novo, agora pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Davos, porém, não é só boas notícias. A desigualdade de renda pelo mundo afora foi tema de outro estudo, “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, da ONG inglesa Oxfam. Por ali fica-se sabendo que 82% da riqueza criada no ano passado está nas mãos daquele contingente de 1% mais rico, com a agravante de que metade da população, cerca de 3,7 bilhões de pessoas, não conseguiu nada.

A pobreza, a miséria, a desigualdade enfim, não tem previsão de ser reduzida e já há quem afirme, como o historiador Walter Scheidel, que essa redução, no decorrer da história, só aconteceu em face de acontecimentos desastrosos como grandes guerras, períodos de terror, revoluções totalitárias, pragas e desastres naturais. Pior é que, na visão do historiador da Universidade Stanford, políticas públicas nos moldes do Bolsa Família são apenas paliativos, sem o poder de reduzir a diferença de renda entre a população.

Mas voltemos ao Brasil onde as expectativas do produto interno bruto, colhidas pelo Banco Central junto aos agentes econômicos, também foi positiva. Conforme o relatório Focus desta semana, as previsões de crescimento do PIB se mantiveram no patamar de 2,70%, para este ano, mesmo nível da semana anterior. Para o exercício de 2019, a expansão do PIB agora é de crescer 2,99% e não mais os 2,80% que os agentes econômicos tinham como teto há duas semanas.

Também é favorável as expectativas acerca do câmbio em 2018, com previsão de fechar o ano em R$ 3,34. Na semana anterior a expectativa era de R$ 3,35. O mercado manteve no mesmo nível da semana anterior a expectativa de desempenho do dólar, de R$ 3,40, para o exercício de 2019. Essa estimativa se mantém há pelo menos quatro semanas.

Já a produção industrial teve sua previsão revertida, passando de incremento de 3,20%, há duas semanas, para 3,15% na semana passada, no que diz respeito ao exercício de 2018. Para 2019, a expectativas acerca desse indicador de desempenho da economia passaram de 3,00% para 3,04%.

É positiva a expectativa sobre os preços administrados, pelo menos para 2018, quando esse indicador passou de 4,90%, há duas semanas, para 4,80%. Essa reversão de expectativas pode embutir a disposição do governo de continuar a fazer privatizações, principalmente no setor elétrico.

Às expectativas positivas, no entanto, fazem contraponto a emperrada reforma da Previdência e o déficit recorde registrado no exercício de 2017, quando atingiu o montante de R$ 268,8 bilhões de reais. Crescimento de 18,51% do exercício de 2016, quando chegou a 226,8 bilhões de reais, para 2017. A existência dessa expansão do déficit previdenciário é mais um fator a provar a necessidade da reforma, que só não vê quem não quer.

Grandes fortunas vão crescer mais ainda

17 terça-feira jan 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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bilionários, desigualdade, economia, globalização, informática, pobreza, web

netdascoisas

A concentração da riqueza pelo planeta afora continua a se expandir, informa a Oxfam, que lista em um relatório as oito maiores fortunas do mundo e faz uma comparação chocante ao declarar que 1% dos bilionários tem mais grana que o restante dos habitantes da Terra, isto é, os 99% de lascados das periferias.

A organização humanitária também demonstra, com dados obtidos da revista Forbes, que a soma do patrimônio de apenas oito bilionários é igual ao da metade mais pobre da população da Terra. A soma do patrimônio desses oito, literalmente, afortunados totaliza 426 bilhões de dólares.

Entre os oito afortunados listados pela Forbes, o “lanterna”, no oitavo lugar, é Michael Bloomberg, que acumula, com suas empresas de mídia, 40 bilhões de dólares

Entre esses oito personagens, outro fato chama a atenção. O primeiro colocado da lista é, ainda, o fundador da Microsoft, Bill Gates, que tem fortuna avaliada em 75 bilhões de dólares. Além de Gates, outros três bilionários também obtiveram sua riqueza no ramo das novas tecnologias envolvendo informática.

Ocupando o 5º lugar entre os oito mais ricos do mundo vem Jeff Bezos – Amazon – com 45.2 bilhões de dólares, em seguida está Mark Zuckerberg, – Facebook – com 44.6 bilhões de dólares e o 7º lugar fica para Larry Ellisson – Oracle – com 43.6 bilhões de dólares. O patrimônio desses quatro bilionários soma 208 bilhões de dólares.

Entre os oito afortunados listados pela Forbes, o “lanterna”, no oitavo lugar, é Michael Bloomberg, que acumula, com suas empresas de mídia, 40 bilhões de dólares. Para se ter ideia da montanha de dinheiro de Bloomberg, ela é um pouco menor do que as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) faturaram em 2011, US$ 41.09 bilhões. Desde então, o faturamento do PIM tem sido menor que o patrimônio de Bloomberg com a agravante de que, até novembro de 2016, a indústria incentivada não faturara nem a metade daquele valor.

Com cerca da metade das fortunas dos oito eleitos pela Forbes (49%), esses quatro são fundadores de empresas ligadas ao ramo da informática, que já estão na dianteira das tecnologias dominantes no planeta e devem se manter aí, além de ocupar mais espaço no futuro, como bem prenunciam as tecnologias de digitalização utilizadas pelas indústrias de ponta e conhecidas, em seu conjunto, com Indústria 4.0.

Esse segmento da indústria trabalha com o objetivo de ganhar mais produtividade e também inaugurar novos modelos de negócios, alguns dos quais já implementados, como a utilização de robôs em linhas de produção e o que é mais importantes, máquinas que utilizam inteligência artificial e, assim, podem aprender e evitar erros.

A comunicação entre eletrodomésticos como TV e geladeira, por exemplo, também conhecida como internet das coisas, é outra dessas frentes de novos negócios que, além de obter produtividade e dar maior comodidade aos usuários de bens finais, deve estar fazendo outras fortunas pelo mundo e, com toda certeza, não no lado mais pobre, onde estão os países periféricos que contam como atrativo o baixo valor de sua mão de obra.

O fosso entre os mais ricos e mais pobres, desta forma, tende a se alargar daqui para frente, principalmente porque do lado dos países pobres ou emergentes o esforço para dominar essas tecnologias vai depender de acordos com aqueles que as detêm: os países ricos.

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