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Congestionamentos, estresse e morte no trânsito 

16 quarta-feira mar 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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acidente, congestionamento, Manaus, mortes, motociclista, trânsito

O número de veículos em Manaus é grande e aumenta, conforme o Detran/AM, à média de 5 mil novos veículos por mês. Assim, se em março de 2014 o órgão de trânsito informava a existência de 685 mil veículos circulando pela cidade, deve ter fechado o aquele ano com pelo menos 730 mil veículos constituindo a frota de Manaus.

Desses 730 mil, cerca de 25% são motocicletas, o equivalente a 182 mil motos rodando pelas vias da cidade, muitas das quais se envolvem em acidentes e findam por compor estatísticas tristes como os 508 que morreram vítimas desses acidentes no ano de 2011, de acordo com o Mapa da Violência.

Em 2011, pedestres compunham 27,3% das mortes ocorridas no trânsito, pessoas transportadas em automóveis eram 28,7% e os motociclistas lideravam as mortes com participação de 33,9%

Além das mortes no trânsito, que em 2013 mataram cerca de 45 mil pessoas no Brasil, o excessivo número de veículos nas ruas de Manaus, também concorre para aumentar o nível de estresse nas ruas e na vida das pessoas, de maneira geral, afinal, quem não dirige é vítima preferencial dos acidentes com mortes: o pedestre.

Ainda de acordo com a estatísticas do Mapa da Violência, em 2011, pedestres compunham 27,3% das mortes ocorridas no trânsito, pessoas transportadas em automóveis eram 28,7% e os motociclistas lideravam as mortes com participação de 33,9%.

Mas, voltando a Manaus, o outro problema que a cidade não consegue resolver, apesar dos viadutos, passagens de nível, complexos viários, retornos e outras supostas soluções para tráfego de veículos, é reduzir os congestionamentos que se formam por todas as zonas administrativas nos horários de rush e, em determinadas regiões, se estendem por quase todo o dia.

Da forma como a cidade está atualmente, um engarrafamento até em via coletora, caso se estenda por tempo razoável, é capaz de praticamente parar a cidade ou tornar o trânsito tão lento que conseguirá atrasar a chegada das pessoas a seus destinos em tempo superior a uma hora.

Exemplos desse tipo de congestionamento aconteceram no dia 22 de abril, quando duas situações comprometeram a circulação de veículos principalmente nas zonas Sul e Leste, mas com repercussão em boa parte da cidade. Naquele dia, duas ocorrências pararam as vias próximas ao Complexo Viário Gilberto Mestrinho, no Aleixo, quando perseguição policial terminou em troca de tiros e acidente de trânsito, além de um outro veículo que incendiou na entrada da avenida das Torres, pelo acesso da avenida Efigênio Sales.

Menos de um mês depois, uma carreta transportando cabos de cobre caiu na passagem de nível da avenida Umberto Calderaro – que já foi Paraíba – com a avenida Efigênio Sales, parando trânsito naquela via. O pior é que a avenida Paraíba só foi liberada depois das 20h e, durante todo esse período, quem dirige em Manaus penou, mas quem não dirige e anda de coletivo sofreu do mesmo jeito ou até mais.

É tempo de se pensar o trânsito de forma a obter soluções definitivas que não as já usadas e que se sabe, são paliativas, como destacar agentes de trânsito para rotatórias ineficientes ou instalar semáforos debaixo de viadutos.

Se o trânsito é caótico, as mortes por acidente são trágicas, mas as soluções não aparecem.

Por fim, cabe registrar o fato de que o número de veículos está tão grande em Manaus, ou as ruas são insuficientes, que tem shopping onde, em horário de muita frequência, segurança é transformado em agente de trânsito, com apito e tudo, em suas dependências. Infelizmente, não dá para rir, é mais para chorar.

 

Publicação no Jornal do Commercio, edição de 02/06/2015

Mortes no trânsito exigem medidas urgentes

01 quarta-feira out 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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acidente, corredor, Manaus, morte, solução, trânsito, vítima

O crescimento da frota de veículos em Manaus chegou, no início deste ano, a 5.000 novos veículos entrando, a cada mês, nas ruas da cidade entre caminhões, carros, motos e outros automotores, para disputar as vias, já congestionadas, e que fazem o estresse de quem dirige aumentar consideravelmente, pois a expansão da frota não é compatível com as vias existentes para uma circulação mais racional.

Grafico-mortes-no-transito

Entre 2011, quando a frota de veículos automotores em Manaus era de 516 mil e março deste ano, quando o número de veículos que circulam em Manaus atingiu 685 mil, o crescimento da frota nas ruas da capital cresceu cerca de 33% em pouco mais de 3 anos e a tendência de expansão se mantém.

Por outro lado, os números divulgados pelo site Mapa da Violência, mostram que entre 2008 e 2011 a quantidades de pessoas que foram mortas no trânsito de Manaus só cresceu. As vítimas, que em 2008 foram 276, atingiram, em 2011, 373. Em outras palavras, o número de mortos por acidentes de trânsito na cidade cresceu 35,14% em um período de 4 anos.

No último fim de semana, entre as 15 mortes violentas ocorridas na cidade, os casos fatais envolvendo acidentes de trânsito ficaram com 33,33% das ocorrências

Para alívio de quem dirige ou caminha pelas ruas de Manaus, o ano de 2012, conforme indicam os números do Mapa da Violência,  apontam para queda de 13,40% nos casos de vítimas fatais em relação ao ano anterior. É de se esperar que esse fato se repita em 2013 e neste ano, mesmo assim cumpre fazer outros registros sobre a violência no trânsito.

No último fim de semana, entre as 15 mortes violentas ocorridas na cidade, os casos fatais envolvendo acidentes de trânsito ficaram com 33,33% das ocorrências, equivalentes a cinco mortos. Na frente, estão as oito vítimas de morte por tiros de arma de fogo.

Conforme dados do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran/AM), Manaus concentra mais de 90% dos 750 mil veículos registrados no Estado do Amazonas.

As soluções que foram tentadas até agora para dar racionalidade ao trânsito na capital não conseguiram equacionar o problema, apesar da abertura de novas vias, como as avenidas das Torres e Nathan Xavier Albuquerque, na zona Norte, o complexo viário Gilberto Mestrinho, na zona Leste entre outras, ou a instalação de radares pelas diversas zonas administrativas.

A má educação do motorista de Manaus é apenas um dos fatores a ser combatido, seja com campanhas ou com multas, já que há muito se insiste em educar por meio do esclarecimento sem se observar mudança de atitude por parte de quem dirige.

Se o Ronda no Bairro consegue inibir o crime quando os veículos policiais estão nas ruas de suas jurisdições, o que falta para se integrar as ações do Ronda no Bairro com aquelas do Manaustrans? Um convênio não é possível? Então tome-se o exemplo de outras capitais brasileiras onde se faz rodízio para minimizar o caos no trânsito.

Ante tal desempenho, é de se questionar se não está passando da hora de tomar medidas mais abrangentes que assegurem um trânsito mais seguro nas vias da cidade, como, por exemplo, usar corredores como Constantino Nery, Djalma Batista, entre outros, em sentido único, dependendo do horário de rush.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 30/09/2014

Acidentes de motos aumentam e produção cai

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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acidente, álcool, carro, causa, droga, equipamento de segurança, moto, motocicletas, motocilista, motorista, produção

Eustáquio Libório*

 A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) fez um estudo sobre o que os técnicos da instituição chamaram de “Epidemia acidentes motocicletas”. Circunscrito à Zona Oeste de São Paulo, a pesquisa teve como objetivo principal avaliar causa de acidentes com motocicletas e com vítimas.

O estudo completo foi divulgado pela Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) e está disponível em seu site.

Realizada no período de 19 de fevereiro a 12 de maio de 2013, a pesquisa contabilizou 326 vítimas de acidentes envolvendo motocicletas e buscou analisar três fatores envolvidos nas ocorrências que foram humano, viário e veículos.

Entre as conclusões obtidas pelo estudo da FMUSP alguns são preocupantes e outros até inesperados. Entre os primeiros está, por exemplo, o fato de que motoristas são, em 51% das ocorrências, causadores do acidente e os motociclistas causam 49%, estatisticamente pode-se dizer que estão em empate técnico. A imprudência de motoristas está presente em 84% e a de motociclistas em 88% dos acidentes.

Já a conclusão inesperada é a detecção pelo estudo de que a utilização de equipamentos de segurança tem relação menor do que poderia supor o senso comum. Assim, o uso de capacete é eficaz para reduzir lesões leves em 48% dos acidentes. O uso de capacete e bota, no entanto, baixa para 47% a eficácia, mas quando o motociclista usa capacete e jaqueta as lesões são menores em 57% dos casos.

Outra situação que preocupa é o consumo de álcool ou droga. Conforme a pesquisa, uma em quatro vítimas de acidentes utilizou droga ou álcool e conduziu motocicleta. O percentual exato é de 21,3% dos acidentados nessa situação, sendo 14,1% para droga (a cocaína é mais frequente) e 7,2% para álcool.

Os motociclistas que usam seus veículos para ir ao trabalho ou lazer e pilotam em média duas horas por dia são 77% dos acidentados, enquanto os motofretistas que dependem das motos para fazer seu trabalho têm participação de 33% como vítimas de acidentes.

Os técnicos da FMUSP apontam a experiência dos motofretistas como fator para diminuir sua participação em acidentes.

Em 13% dos acidentes o excesso de velocidade é apontado como fator preponderante para acontecer, os motociclistas concorrem com 71% e os motoristas ficam com os 29% restantes. No entanto o fator humano finda por ser responsável pela ocorrência dos acidentes. Em 94% dos casos, a pista estava seca, 67% aconteceram de dia, 25% transportavam garupa e 18% aconteceram em sextas-feiras. Cabe uma reflexão.

O fator veicular se sai bem na análise da FMUSP. Apenas 8% dos acidentes aconteceram por problemas nos veículos. Deste total, 80% aconteceram com motos de até 250 cc e 69% com motocicletas com até seis anos de uso.

Enquanto isso, a indústria de duas rodas desce a ladeira. Se em 2011 foram produzidas 2,12 milhões de unidades, no ano seguinte houve uma queda de 19,43% com 1,71 milhão de unidades. Em 2013, no acumulado até o mês de outubro, a produção foi de 1,46 milhão. Nesses três anos foram colocadas no mercado 5,29 milhões de novas motocicletas.

Por fim cabe registrar a carência de melhor preparo dos condutores, não só de motocicletas, mas de veículos em geral, para tentar reduzir o número da mortandade no trânsito brasileiro.

 (*) É jornalista

 E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM nº 45, ed. dezembro/2013

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