• Inflação cai e combustível aumenta tributação
  • Sobre o autor

Textos & Economia

~ Artigos e crônicas

Textos & Economia

Arquivos da Tag: cartão de crédito

Horizonte tenebroso do país sem quilha

16 quarta-feira mar 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

≈ Deixe um comentário

Tags

Brasil, cartão de crédito, dívida pública, economia, juros, selic

A vida do brasileiro está difícil e não deve ficar menos ruim tão cedo a se manterem as tendências atuais de juros, inflação e desemprego em alta, enquanto a renda cai e, de carona, o consumo vai derrubando a produção industrial em um círculo que não tem nada de virtuoso, pelo contrário, está mais para vicioso, se me perdoam o trocadilho.

naufragio-02

A indisciplina fiscal que aconteceu nos últimos anos está cobrando seu preço e na alça de mira do cobrador quem aparece com maior destaque é o bolso do cidadão, também conhecido como consumidor ou contribuinte.

Esse é o quadro atual, já o horizonte se apresenta tão tenebroso que é melhor dar um tempo antes de tentar adivinhar

Se o cidadão cometeu o erro de, em 2014, reeleger a presidente petista, agora quem está sendo apenado é um tal de consumidor. Por falta da oferta de crédito e, quando esse aparece, os juros, a alturas estratosféricas, inibem sua utilização. Com isso, o consumidor teve que se metamorfosear em outro personagem, malquisto e malvisto pelo comércio e pelos bancos: chama-se inadimplente.

Enquanto o inadimplente renegocia suas dívidas, um eufemismo usado para fazê-lo pagar o valor original de sua obrigação a juros exorbitantes por um prazo a perder de vista, mas que beira a eternidade, com a única vantagem de caber no orçamento do pobre inadimplente que tem, ainda assim, a vaidade estar limpando seu nome.

Mas se o inadimplente renegocia sua dívida e faz sacrifícios para sair do vermelho, mesmo ao preço de cortar, em alguns casos, despesas essenciais, um outro personagem entra em cena para atender ao chamado, quase intimação, de algo conhecido e fomentado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como ajuste fiscal. Isto é, o governo – a tal petista – que desajustou meio mundo, agora convoca o contribuinte para pagar sua parte na festa da qual ele pouco participou.

A conta que acaba de embarcar na vida do contribuinte sem ao menos pedir licença deve ficar aí pela casa dos R$ 70 bilhões e vai ser sentida na falta de investimentos em infraestrutura, na educação, moradia e saúde, para citar as áreas mais atingidas pela tesoura federal.

Na outra ponta, a do tesouro federal, a dívida pública – parte mais visível da indisciplina fiscal –  teve um “pequeno” crescimento entre os meses de fevereiro e março: passou de R$ 2,33 trilhões para R$ 2,44 trilhões. Quer dizer, em 30 dias a dívida cresceu “apenas” R$ 11 bilhões. A pior parte nessa conta, porém, é o montante dos juros pagos, os quais, conforme o Tesouro Nacional, foi de R$ 29,50 bilhões, devidamente financiados com a emissão de papéis remunerados à taxa Selic.

Mas aí o cidadão, contribuinte, consumidor, inadimplente e um tal de desempregado, figura que também está aparecendo aos montes nas ruas do Brasil, vai perguntar: e o que temos a ver com isso? Tudo.

Me explico: o crédito está escasso porque a dívida pública cresceu e continua a se expandir, com isso, grosso modo, os juros – Selic – aumentam, pois os bancos veem risco maior, logo, suas taxas serão maiores. Mas como a Selic é taxa básica, isto é, outras operações de crédito são calculadas a partir dela, finda por atingir tanto a produção – indústria -, comércio e serviços, sem falar na renda de salários do pobre consumidor, já apenado pela inflação, que deve atingir 8,17% no fim de 2015, ou mais.

O consumidor que virou inadimplente – você ou algum conhecido seu – ao pagar aos bancos taxas de juros mensais, em cartões de crédito, por exemplo, que ultrapassam aquela anualizada para a Selic, hoje em 13,25%, se dá mal. Nesse caso, por exemplo, o Santander cobra 16,99% ao mês se você não quitar a fatura, o Bradesco cobra 14,50%, enquanto o Itaú vai a 14,89%, para citar três bancos maiores.

Esse é o quadro atual, já o horizonte se apresenta tão tenebroso que é melhor dar um tempo antes de tentar adivinhar, porque prever é missão quase impossível, para onde a nau sem quilha que é o Brasil se encaminha.

Publicação no Jornal do Commercio, edição de 26/05/2015

 

Transparências, fotolitos e o skate voador

25 sexta-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

≈ Deixe um comentário

Tags

cartão de crédito, celular, fotolito, papo virtual, skate voador, Tecnologia

Não faz muito tempo, uma apresentação de executivo ou em sala de aula era feita com a ajuda transparências: um tipo de plástico transparente, mas que podia ser de cores diferentes, isto é, cada folha de uma cor diferente, onde eram impressos texto, gráficos e outros recursos necessários, e passíveis de serem impressos com os recursos de uma máquina copiadora.

Da mesma forma, a impressão de um jornal, revista, folheto ou qualquer outro material impresso com determinado grau de qualidade tinha, em uma de suas fases no processo de impressão a gravação do material em filme, o fotolito, que era então transferido para uma chapa, ou quatro, se o material fosse colorido.

Também a fotografia, até o fim do século 20, ainda necessitava dos filmes e todo um processo caro e trabalhoso de revelação que envolvia química e insalubridade para quem operava um laboratório de revelação, impressão e cópias fotográficas.

A própria entrada do homem no universo do dinheiro virtual aconteceu por meio do cartão de crédito… de plástico. Claro que, sem os recursos tecnológicos existentes hoje, o cartão de crédito era operado de forma bem diferente que na atualidade. Por exemplo, ninguém criava uma senhapara usar o cartão. O instrumento era a assinatura mesmo.

Se um falsificador resolvia “clonar” um cartão aí pelos anos 1980, a clonagem era fazer uma assinatura o mais parecida possível com a do titular do cartão de crédito e o mesmo valia paraum cheque – ainda estão por aí, em uso? E como ficava a segurança do cartão de crédito? Ora, havia, então, uma lista negra de cartões roubados consultada pelas lojas credenciadas e bancos operadores do sistema. Imagina essa “tecnologia” sendo usada hoje.

Do mundo plástico dos anos 1980 para o a transição ao mundo virtual do século 21, as transparências foram eliminadas, as copiadoras se transformaram em impressoras expressas com muito mais recursos e os filmes fotográficos estão quase transformados em peças de museu, já que as imagens não necessitam de uma máquina fotográfica para serem captadas: basta um telefone, tablet e por aí vai.

A tecnologia vem mudando a visão e o comportamento das pessoas tanto na vida familiar, quanto no trabalho e em sociedade.

Não é difícil encontrar grupos de pessoas, reunidas em volta de uma mesa para bater um papo com os amigos e, em alguns instantes, o papo se tornar virtual, com cada uma dessas pessoas interagindo mais com o público de seu celular/tablet/smartphone do que com quem está à sua volta.

Mas nem sempre as melhorias anunciadas por novas tecnologias são usadas da melhor maneira, isto quando não passam de histórias inventadas com outros fins como aconteceu neste fim de semana com o anúncio do skate voador, similar ao usado pelo personagem de “De volta para o futuro”. Pior mesmo é que quem o anunciou foi o ator que trabalhou no filme, Cristopher Lloyd e, em companhia do skatista Tony Hawk, fez o “lançamento” que enganou agências de notícias, já que tudo não passou de uma brincadeira do portal Funny or Die.

De qualquer maneira, a tecnologia está por aí facilitando a vida das pessoas e colocando-as mais próximas umas das outras, para o bem ou para o mal, infelizmente.

 Publicação no Jornal do Commercio, ed. de 11/03/2014

Assinar

  • Entradas (RSS)
  • Comentários (RSS)

Arquivos

  • outubro 2022
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • setembro 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • fevereiro 2020
  • janeiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • março 2019
  • fevereiro 2019
  • janeiro 2019
  • dezembro 2018
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • agosto 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • abril 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • dezembro 2017
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • setembro 2017
  • agosto 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • abril 2017
  • março 2017
  • fevereiro 2017
  • janeiro 2017
  • dezembro 2016
  • novembro 2016
  • março 2016
  • maio 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014

Categorias

  • Artigo
  • Crônica
  • Notícia
  • Sem categoria
  • Textos & Economia

Meta

  • Cadastre-se
  • Fazer login

Blog no WordPress.com.

  • Seguir Seguindo
    • Textos & Economia
    • Junte-se a 43 outros seguidores
    • Já tem uma conta do WordPress.com? Faça login agora.
    • Textos & Economia
    • Personalizar
    • Seguir Seguindo
    • Registre-se
    • Fazer login
    • Denunciar este conteúdo
    • Visualizar site no Leitor
    • Gerenciar assinaturas
    • Esconder esta barra
 

Carregando comentários...