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Expectativas positivas, ainda

07 quarta-feira jun 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, economia, PIB, PIM, selic, suframa

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que geralmente corrige os preços de aluguéis, voltou a apresentar número negativo pela segunda vez consecutiva, no último mês de maio, quando ficou em -0,93%. No mês anterior, o IGP-M registrara queda nos preços de -1,1%. A última ocorrência de inflação negativa neste indicador aferido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ocorrera em novembro de 2016.

Já a taxa básica de juros, Selic, em que pese o corte de um ponto percentual, passando de 11,25% para 10,25% ao ano, conforme decisão do Copom em 31 de maio, se mantém em 8,5%,

De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, publicada nesta segunda-feira, dia 5, a expectativa do mercado para indicadores de preço como IPCA, GP-DI e IPC-Fipe, também devem continuar a cair no exercício de 2017, enquanto esses mesmos agentes econômicos avaliam que, em 2018, com exceção do IPCA, os preços devem sofrer quedas na faixa dos 4,5%.  Em outras palavras, há pelo menos um mês, as expectativas do mercado em relação aos preços para 2018 foram estabilizadas nesse patamar.

Já a taxa básica de juros, Selic, em que pese o corte de um ponto percentual, passando de 11,25% para 10,25% ao ano, conforme decisão do Copom em 31 de maio, se mantém em 8,5%, tanto na expectativa para 2017 quanto para o próximo ano.

A julgar por esses indicadores e ainda pela visão dos agentes de mercado consultados pela pesquisa Focus no que diz respeito ao produto interno bruto (PIB) para 2017, o imbróglio político que envolve o presidente Michel Miguel Temer tem feito poucos estragos no mercado. A Focus registra crescimento do PIB em 0,5%, para este ano. Na semana anterior a expectativa era de 0,49%.

No Amazonas, a atividade do Polo Industrial de Manaus (PIM) continua a evoluir de forma positiva, conforme registram os Indicadores de Desempenho relativos ao primeiro trimestre deste ano. Por ali, o faturamento das indústrias com operações em Manaus teve expansão de 36% – em dólar -com faturamento de 5.98 bilhões medidos pela moeda norte-americana.

Mesmo ao se considerar que os ganhos no faturamento ainda não são refletidos na criação de postos de trabalho no PIM, outros fatores, porém, atestam a retomada da produção na indústria incentivada da Zona Franca de Manaus (ZFM), tais como a aquisição de insumos e o recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A aquisição de insumos por parte da indústria incentivada, que fechou 2016 na faixa de 41,67% do faturamento, passou, no primeiro trimestre deste ano para 49,59%. O recolhimento de ICMS passou de 0,98% do faturamento, no ano passado, para 1,08% entre janeiro e março de 2017. Mesmo com indicadores de crescimento positivos, há que pensar na existência de outros fatores a influir nessa evolução.

Cabe registrar, ainda, que no tocante à mão de obra empregada no Polo Industrial de Manaus houve geração de postos de trabalho entre o mês de março de 2016, com 83,6 mil postos e o mesmo mês deste ano, que fechou com 84,5 mil postos. Não dá para comemorar, mas demonstra algum aquecimento nas contratações da indústria.

Se um pouco de otimismo, assim como canja de galinha, não faz mal a ninguém, o setor produtivo tenta fazer a sua parte ao retomar a atividade econômica na produção de bens e serviços. Já do outro lado da moeda, na seara da política, não se pode dizer o mesmo em relação à administração federal que desfalca as atividades da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) ao substituir, por conveniência (?) política, a gestora da autarquia.

Mas como tudo sempre pode piorar, já existe boa parte de indústrias incentivadas que buscam meios para contestar as taxas criadas para prover recursos àquela autarquia tão logo a lei seja sancionada. O motivo seria, principalmente, a manutenção do contingenciamento desses recursos pelo Governo Federal. É mais uma briga pelo modelo ZFM que o novo titular da autarquia vai ter que enfrentar.

Publicação no Jornal do Commercio em 06/06/2017

Horizonte tenebroso do país sem quilha

16 quarta-feira mar 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

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Brasil, cartão de crédito, dívida pública, economia, juros, selic

A vida do brasileiro está difícil e não deve ficar menos ruim tão cedo a se manterem as tendências atuais de juros, inflação e desemprego em alta, enquanto a renda cai e, de carona, o consumo vai derrubando a produção industrial em um círculo que não tem nada de virtuoso, pelo contrário, está mais para vicioso, se me perdoam o trocadilho.

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A indisciplina fiscal que aconteceu nos últimos anos está cobrando seu preço e na alça de mira do cobrador quem aparece com maior destaque é o bolso do cidadão, também conhecido como consumidor ou contribuinte.

Esse é o quadro atual, já o horizonte se apresenta tão tenebroso que é melhor dar um tempo antes de tentar adivinhar

Se o cidadão cometeu o erro de, em 2014, reeleger a presidente petista, agora quem está sendo apenado é um tal de consumidor. Por falta da oferta de crédito e, quando esse aparece, os juros, a alturas estratosféricas, inibem sua utilização. Com isso, o consumidor teve que se metamorfosear em outro personagem, malquisto e malvisto pelo comércio e pelos bancos: chama-se inadimplente.

Enquanto o inadimplente renegocia suas dívidas, um eufemismo usado para fazê-lo pagar o valor original de sua obrigação a juros exorbitantes por um prazo a perder de vista, mas que beira a eternidade, com a única vantagem de caber no orçamento do pobre inadimplente que tem, ainda assim, a vaidade estar limpando seu nome.

Mas se o inadimplente renegocia sua dívida e faz sacrifícios para sair do vermelho, mesmo ao preço de cortar, em alguns casos, despesas essenciais, um outro personagem entra em cena para atender ao chamado, quase intimação, de algo conhecido e fomentado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como ajuste fiscal. Isto é, o governo – a tal petista – que desajustou meio mundo, agora convoca o contribuinte para pagar sua parte na festa da qual ele pouco participou.

A conta que acaba de embarcar na vida do contribuinte sem ao menos pedir licença deve ficar aí pela casa dos R$ 70 bilhões e vai ser sentida na falta de investimentos em infraestrutura, na educação, moradia e saúde, para citar as áreas mais atingidas pela tesoura federal.

Na outra ponta, a do tesouro federal, a dívida pública – parte mais visível da indisciplina fiscal –  teve um “pequeno” crescimento entre os meses de fevereiro e março: passou de R$ 2,33 trilhões para R$ 2,44 trilhões. Quer dizer, em 30 dias a dívida cresceu “apenas” R$ 11 bilhões. A pior parte nessa conta, porém, é o montante dos juros pagos, os quais, conforme o Tesouro Nacional, foi de R$ 29,50 bilhões, devidamente financiados com a emissão de papéis remunerados à taxa Selic.

Mas aí o cidadão, contribuinte, consumidor, inadimplente e um tal de desempregado, figura que também está aparecendo aos montes nas ruas do Brasil, vai perguntar: e o que temos a ver com isso? Tudo.

Me explico: o crédito está escasso porque a dívida pública cresceu e continua a se expandir, com isso, grosso modo, os juros – Selic – aumentam, pois os bancos veem risco maior, logo, suas taxas serão maiores. Mas como a Selic é taxa básica, isto é, outras operações de crédito são calculadas a partir dela, finda por atingir tanto a produção – indústria -, comércio e serviços, sem falar na renda de salários do pobre consumidor, já apenado pela inflação, que deve atingir 8,17% no fim de 2015, ou mais.

O consumidor que virou inadimplente – você ou algum conhecido seu – ao pagar aos bancos taxas de juros mensais, em cartões de crédito, por exemplo, que ultrapassam aquela anualizada para a Selic, hoje em 13,25%, se dá mal. Nesse caso, por exemplo, o Santander cobra 16,99% ao mês se você não quitar a fatura, o Bradesco cobra 14,50%, enquanto o Itaú vai a 14,89%, para citar três bancos maiores.

Esse é o quadro atual, já o horizonte se apresenta tão tenebroso que é melhor dar um tempo antes de tentar adivinhar, porque prever é missão quase impossível, para onde a nau sem quilha que é o Brasil se encaminha.

Publicação no Jornal do Commercio, edição de 26/05/2015

 

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