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Educação e saúde não acompanham crescimento da população

14 segunda-feira mar 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

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Amazonas, Brasil, custo, educação, miséria

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O Brasil ainda não conseguiu tirar seu povo da miséria, livrando-o, assim, da violência e lhe oferecendo educação, serviço de saúde razoável ou mesmo infraestrutura que melhore a vida dos brasileiros, principalmente dos mais carentes e que sofrem com a desigualdade que marca a sociedade por aqui.

Um exemplo é a questão da educação. Dividido em três categorias, acima da média, média e abaixo da média, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) mede as habilidades dos estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciência. Com o objetivo de apresentar indicadores educacionais comparativos, a aferição é voltada para os 34 países que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômica (OCDE) e mais 31 países convidados, incluindo o Brasil. O ranking afere habilidades de estudantes de 65 países.

Melhorar a educação no Brasil custaria ao país cerca de 41% do produto interno bruto (PIB), algo próximo de R$ 1,28 trilhão por ano, a preços de 2010

O país participa do programa desde o ano 2000 e, em 2011, estava em 53º lugar. Entre as nações latino-americanas perdia para Uruguai (47º) e México (48º). Caso sirva de consolo, estava à frente da Argentina (58º) e Peru (63º). Só que, em 2012, caiu duas posições e ficou e 55º lugar.

Melhorar a educação no Brasil, de acordo com dados do engenheiro José Olavo M. Alves Pinto, autor do livro “O Direito de Bem Nascer”, custaria ao país cerca de 41% do produto interno bruto (PIB), algo próximo de R$ 1,28 trilhão por ano, a preços de 2010. Esse fato explica porque cerca de 80% da população não têm educação plena.

A questão da saúde no Brasil vai pelo mesmo lado, isto é, a maioria dos brasileiros não consegue ser atendido por serviço com um mínimo de qualidade, como atestam as longas filas para obter atendimento no Sistema único de Saúde  (SUS).

Outro ranking da OCDE, com dados de 2008, onde estão listados 30 países que investem até 6% do PIB nos serviços de saúde pública, só mostra um país latino-americano: o México, já no fim do ranking, em 27ª colocação, e, obviamente, o Brasil está fora.

A falta de recursos a ser aplicados na saúde, no entanto, não é o principal fator a aumentar a incidência de doenças entre os brasileiros, uma vez que a ausência de saneamento básico é outra mazela a afligir a vida de quem vive nos 3.342 municípios do país onde isso inexiste. É o equivalente a 60% dos 5.570 municípios do Brasil.

Levar melhorias à saúde dos brasileiros, com ênfase naqueles 80% da população que não são beneficiados com o crescimento da economia, vai custar outra montanha de recursos, ainda conforme Alves Pinto, para quem, se quiséssemos ter saúde no nível dos países desenvolvidos, teríamos que aplicar o equivalente a 36% do PIB nesse setor. Em termos de dinheiro, seriam necessários R$ 1,13 trilhão a preços de 2009.

Esses números são inflados pelo crescimento populacional do país, que, nas últimas décadas, apresentou cerca de 3 milhões de nascimentos anuais. Para complicar a equação, 90% das crianças nascidas no Brasil são de famílias mais carentes, que desconhecem ou não têm acesso às técnicas de controle da natalidade que deveriam estar disponíveis a todos.

A miséria é parceira da ausência de educação, da falta de saneamento básico e de investimentos em saúde, e, infelizmente, é tutelada pela violência.

Publicação no Jornal do Commercio,  edição de 05/05/2015

 

Crescimento da população e miséria

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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miséria, natalidade, população, subdesenvolvimento

Há um postulado na ciência econômica segundo o qual os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas, enquanto, há pouco mais de dois séculos, um jovem economista inglês, então com 32 anos, percebeu que o crescimento da população acontece em progressão geométrica, mas a expansão dos meios de subsistência ocorre em progressão aritmética.

Escrito em 1798, o “Ensaio sobre a população” de Thomas Robert Malthus, descortina um panorama no qual o economista e sacerdote da Igreja Anglicana conclui que é impossível ao homem ser feliz nesta vida.

Escrita em um período no qual seu país estava em plena Revolução Industrial, a obra malthusiana está inserida em um contexto onde a população agrícola inicia a migração para as cidades, que oferecem oportunidade de trabalho nas indústrias nascentes, com as novas invenções a potencializar a criação de riqueza, quase nunca direcionada ao trabalhador.

A argumentação de Malthus é de que o crescimento da população, à sua época, era atenuada pela alta taxa de mortalidade, além de limitações aos nascimentos, como a miséria.

Desde então, a população mundial só cresceu, alavancada pelos progressos nas ciências, incluída a medicina, assim como pelas inovações tecnológicas que ampliaram sobremaneira a produção agrícola e a agroindústria. Se em 1800 a população da Terra chegou ao primeiro bilhão, no entanto, o mundo levou pouco mais de 200 anos para atingir a cifra de 7 bilhões de almas, em 2011.

Um levantamento do Banco Mundial com dados de 2007, informa que os 13 países mais populosos do planeta, China (1,32 bilhão de habitantes), Índia (1,13 bilhão) e os Estados Unidos (301 milhões) somam 39,3% da população mundial.

O que os diferencia é que a renda per capita nos EUA é de US$ 47.084, com taxa de crescimento populacional de 0,98%, enquanto na China a renda per capita equivale a US$ 4.393 e a população cresce à taxa de 0,47%. Na Índia a renda per capita é de US$ 1.477 e taxa de crescimento demográfico é de 1,41%.

Dos três, apenas os EUA é um país desenvolvido. A queda na taxa de natalidade na Índia é produto de política de controle dos nascimentos, enquanto na Índia a expansão dos nascimentos é responsável miséria em boa parte do país.

Um estudo publicado em 2013 pelo engenheiro mineiro José Olavo Mourão Alves Pinto, sob o título “O Direito de Bem Nascer” traça diagnóstico sobre as causas da pobreza e projeta o futuro não só do Brasil, mas do planeta, caso a população não seja estabilizada.

O Brasil, com 190 milhões de habitantes naquele ranking dos 13, aparece com renda per capita de US$ 10.710, taxa de natalidade de 1,20% e é o quinto colocado, atrás, além dos três países já citados, mais a Indonésia.

Com pouco menos de 10 milhões de habitantes em 1872, no primeiro censo realizado no país, em 1950 já éramos 52 milhões. Ao atingir 169,8 milhões de habitantes no ano 2000, a população brasileira cresceu, em 50 anos, 227%.

No país há cerca de 2,1 milhões de nascimentos por ano e uma política de planejamento familiar que ninguém conhece e onde isso só praticado pelos que têm maior nível de educação e renda, o Brasil vive uma epidemia de gravidez na adolescência, fato que contribui, nas palavras do médico Drauzio Varella, para o empobrecimento da família, uma vez que o nascimento de um bebê nessa idade tira a jovem da escola e empobrece a família.

Enquanto isso, políticas de inclusão social sem fiscalização da porta de saída para uma vida mais digna, como exigir e fiscalizar que os beneficiados aprendam um ofício e frequentem a escola, se tornam cabos eleitorais de quem dirige o Brasil.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 31/03/2015

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