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Otimismo japonês

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, economia, polo industrial, suframa, zona franca

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O segmento de duas rodas do Polo Industrial de Manaus (PIM) se mantém como um dos pilares da indústria incentivada na zona franca e, até setembro deste ano, havia faturado 2.39 bilhões de dólares, pouco mais de um terço do que chegou a comercializar em 2012, quando fechou o exercício com vendas de 6.48 bilhões de dólares. No entanto, nem mesmo esse baixo desempenho que já vem acontecendo desde 2012, teve o poder de tirar o setor do topo dos cinco setores que mais vendem produtos made in ZFM.

Com o desempenho atual, o segmento de duas rodas garante o terceiro lugar em faturamento entre os pouco mais de vinte setores que compõem o contingente de segmentos industriais da Zona Franca de Manaus (ZFM).

 O dirigente da Honda da Amazônia, Paulo Takeuchi, é otimista ao afirmar ter certeza de que o segmento tem muito potencial para crescer

Em 2012, o setor de duas rodas abria suas unidades fabris para mais de 19 mil funcionários e pagava por mês – em média -, entre salários, encargos e benefício (SEB) o equivalente a 47 milhões de dólares. Também na média, cada colaborador do segmento era contemplado com 2.42 mil dólares/mês, o que lhe garantia a quarta posição com despesas dessa natureza entre os setores do PIM.

Os tempos mudaram e, há cinco anos, desde 2012, o faturamento da indústria de duas rodas só cai. Com a crise que pegou o Brasil em 2014, o cenário piorou e não somente para duas rodas. Se antes havia uma baixa na demanda por produtos como motocicletas basicamente em função da queda na oferta de crédito pelos bancos, com a crise e suas consequências, a demanda só ficou menor.

Até setembro deste ano, dizem os Indicadores de Desempenho do PIM, divulgado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as linhas de produção das montadoras de motocicletas só produziram 714 mil unidades, além de outras 513 mil bicicletas, quantidade muito abaixo do 1,708 milhão de motos fabricadas em 2012, ou as 913 mil bicicletas que saíram das linhas de montagem naquele ano.

Se a demanda enfraqueceu a produção dos veículos de duas rodas, a baixa nesta atividade econômica, por outro lado, mandou para casa nada menos 13 mil colaboradores. Do contingente de 19.655 que trabalhavam nas montadoras do PIM, restaram, em 2016, cerca de 6,7 mil colaboradores que continuam se esforçando para entregar os produtos que são distribuídos pelo Brasil afora, com ou sem crise.

É neste panorama de muita dificuldade e esforço por parte de indústrias e colaboradores que operam no setor de duas rodas do Polo Industrial de Manaus que a Moto Honda da Amazônia completou, na semana passada, 40 anos de instalação na zona franca, onde mantém uma das maiores unidades fabris da Honda.

Neste ano, a Moto Honda comercializou mais de 630 mil motocicletas, fato que lhe garante a terceira posição no ranking de faturamento das indústrias do PIM, além de assegurar à indústria de motos japonesa pelo menos 80% do mercado de motocicletas do país.

A situação ainda é de cautela em face das incertezas econômicas, e também políticas, que afetam o Brasil, mas o dirigente da Honda da Amazônia, Paulo Takeuchi, é otimista ao afirmar ter certeza de que o segmento tem muito potencial para crescer, apesar de, diz ele, não saber quando isso vai acontecer, dada a conjuntura do país.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 29/11/2016

Indicadores da indústria incentivada são negativos

07 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, economia, Manaus, polo industrial, suframa

Os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM), até  junho, apresentavam, na maior parte, números negativos à exceção da tabela que registra a evolução do dólar. Ali, em janeiro de 2015, a moeda norte-americana era cotada à razão de R$ 2,6442, enquanto no mês que fechou o primeiro semestre a cotação era de R$ 3,1117.

Quando o tema é a participação setorial no faturamento, os eletroeletrônicos continuam a liderar as vendas com 29,51%

Assim, a moeda brasileira foi depreciada em mais de 18% entre janeiro e junho de 2015, ou, se a perspectiva for pelo outro lado, o dólar se valorizou naquele percentual face ao real.
No tocante à produção do PIM, a crise econômica, política, e a consequente baixa na demanda, assim como a valorização do dólar, serviram para derrubar a importação de insumos pela indústria incentivada. Se em junho de 2014 já se registrara queda de 10,21%, com a importação de insumos no montante de US$ 6,27 bilhões, neste exercício as importações se limitaram a US$ 4,89 bilhões, despencando 21,96%.
Enquanto a importação de insumos está em queda, a compra, de modo geral, acompanha o ritmo, ou a falta de ritmo da produção. Com aquisições no valor de US$ 7,46 bilhões, a curva descendente acusou baixa de 23,25%, frente às compras de US$ 9,72 bilhões  em junho de 2014.
Embora as exportações do PIM não sejam o carro-forte de vendas, cabe fazer o registro da baixa no primeiro semestre de 2015, quando foram exportados US$ 290 milhões, com queda de 23,38%, a reforçar a baixa registrada em junho de 2014, de 6,81%, com vendas externas de US$ 379 milhões.
A ladeira das vendas, que em junho do ano passado apresentava um leve declive de 2,12%, com faturamento de US$ 17,98 bilhões, neste exercício teve a ajuda dos fatores enumerados nos primeiros parágrafos deste texto para, à semelhança de uma retroescavadeira, cavar um buraco de 29%, com vendas de US$ 12,79 bilhões no período.
Quando o tema é a participação setorial no faturamento, os eletroeletrônicos continuam a liderar as vendas com 29,51%, em seguida vem duas rodas, com 17,83%. Os bens de informática  ficam na terceira posição com 16,57% e, em quarta posição, o setor químico com 13,17%. Esses quatro setores são responsáveis pelo faturamento de US$ 9,86 bilhões, equivalentes a 77% dos US$ 12,79  bilhões faturados até junho de 2015.
Para quem acha que as más notícias terminaram, no entanto, talvez o pior seja o desempenho desses quatro setores de maior relevância entre as indústrias do PIM, uma vez que os quatro tiveram baixas de dois dígitos no seis meses do primeiro semestre de 2015.
Quem mais perdeu faturamento foram os eletroeletrônicos, com vendas de US$ 3,77 bilhões, face aos US$ 6,23 bilhões de 2014, o fosso aí equivale a perda de vendas de 40%, informam os indicadores da Suframa. Bens de informática faturaram US$ 2,12 bilhões, ante US$ 2,97 bilhões no primeiro semestre de 2014, com perdas de vendas equivalentes a 28,63%.
O segmento de duas rodas perdeu 21,17% do faturamento em seis meses, comparados ao mesmo período de 2014, com vendas de US$ 2,28 bilhões neste ano. Por fim, o setor químico faturou US$ 1,68 bilhão, com baixa de 18,63%, comparado aos US$ 2,07 bilhões no primeiro semestre de 2014.
Como se vê, a ladeira está em plena construção e não há, por enquanto, nenhuma evidência de que possa melhorar, principalmente quando se tem em vista as expectativas divulgadas em relação à inflação e outros indicadores que mostram pessimismo dos analistas quanto ao desempenho da economia.
Nesta segunda-feira, 28,  a Suframa divulgou os números relativos ao mês de julho, os quais, grosso modo, mantêm as mesmas tendências de baixa, de ladeira abaixo na indústria incentivada de Manaus.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 29/09/2015

 

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