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Corrupção e Lava-Jato levam povo às ruas

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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corrupção, lava-jato, manifestação, política, Sérgio Moro

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O divórcio entre aqueles aos quais o povo delega poderes por meio de eleições e a sociedade está cada vez mais explícito e a crise aberta entre o Legislativo e o Judiciário, em função da operação Lava-Jato, parece se acirrar a cada momento como bem ilustram frases ditas por parlamentares tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal.

Exemplo do destempero parlamentar é o que falou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na semana passada, logo após a desvirtuação e consequente aprovação na casa chefiada por ele, do projeto das dez medidas anticorrupção.

O desrespeito à sociedade e àqueles que elegeram os parlamentares se torna ainda mais grotesco quando estes se aproveitam de um momento de pesar para toda a nação e tentam, ou melhor, aprovam, texto que busca apenar membros do Judiciário

Maia foi curto e grosso ao dizer que o Legislativo não é obrigado a aprovar tudo que chega ao plenário da casa. O deputado federal pelo DEM do Rio de Janeiro achou que isso era pouco e completou: “Não podemos aceitar que a Câmara se transforme em cartório carimbador de opiniões de partes da sociedade”.

Réu perante o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado não deixou por menos e afirmou que não pode haver pressão externa contra a decisão da Câmara dos Deputados, a qual, como se sabe, foi tomada na surdina e na madrugada em que o avião da Lamia caiu matando toda a equipe de futebol do Chapecoense.

O desrespeito à sociedade e àqueles que elegeram os parlamentares se torna ainda mais grotesco quando estes se aproveitam de um momento de pesar para toda a nação e tentam, ou melhor, aprovam, texto que busca apenar membros do Judiciário e relevar as culpas, que não são poucas, daqueles que se locupletaram com verbas públicas mesmo sendo parte do Legislativo.

Como se sabe, o problema dos parlamentares do Congresso Nacional é só um: a delação, ou acordo de leniência, que está sendo finalizado pela Odebrecht. Conforme estimativas, cerca de duas centenas de parlamentares podem aparecer enleados nas confissões dos executivos da empreiteira que inovou a manter, em sua estrutura, um departamento voltado para o “acerto” e pagamento de propinas.

No entanto, o brasileiro, que outro dia foi às ruas contra a gestão petista, não perdeu a esperança de passar o país a limpo e expurgar os maus parlamentares ou qualquer outro agente público cujas ações sejam perniciosas à sociedade, como aconteceu no domingo, 4 de dezembro, depois que o juiz Sérgio Moro falou perante o Senado Federal na sexta-feira, 3.

É emblemático no clima das ruas, onde os ofendidos, como representantes do Ministério Público e do Judiciário compareceram em grande número aqui em Manaus e nas outras mais de 200 cidades onde o movimento a favor da operação Lava-Jato aconteceu, as frases de apoio a Sérgio Moro, à operação e até pedido de extinção dos cargos de senadores, deputados e vereadores, assim como pedidos de suporte à anticorrupção pela sociedade.

Se membros do MP e da magistratura se mobilizaram para tentar reverter o texto desfigurado aprovado na Câmara dos Deputados, inclusive com a intervenção da ministra e presidente do STF, Carmem Lúcia, isto não significa que só os parlamentares se encaminham pelo lado das conveniências pessoais em detrimento do bem-comum, como por exemplo a punição a magistrados. Se para o comum dos brasileiros se aposentar é uma conquista, embora com rendimento lá embaixo, no caso dos magistrados a aposentadoria pode chegar na forma de punição.

Como diriam os jornalistas de TV: pode isso, produção?

Nota: O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, foi afastado, na tarde de 5 de dezembro, por decisão liminar do STF.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 06/12/2016

“Livrai-nos do mal, amém”

17 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, escândalo, lava-jato, mensalão, ministério, política, Romero Jucá

As crises vividas pelo Brasil no momento não param de causar surpresas, se é que a população ainda consegue se surpreender com tantos escândalos estourando o tempo todo e envolvendo políticos, empresários e autoridades da república.

Depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff e da posse do presidente interino Michel Miguel Temer, os adversários deste se “escandalizaram” pelo fato de Temer não ter incluído em seu ministério nenhuma representante do “mundo feminino”, como o próprio Temer se refere às mulheres. Mas este, parece ser o menor dos escândalos de duas semanas para cá, após a posse.

No texto do século passado, Péres prega que o eleitor tome algumas providências para tirar bom proveito do único instrumento que está a seu alcance – do eleitor – para indicar seus representantes no Executivo e Legislativo: o voto

O escandaloso da vez, agora, é o senador por Roraima e ministro do Planejamento, Romero Jucá, o qual, na semana passada teve seus sigilos fiscal e telefônico quebrados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda no dia em que o STF autorizou a invasão à privacidade ministerial, Romero Jucá foi questionado, durante entrevista conjunta sobre a economia do país, ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre como se sentia com a medida decretado pelo STF. Jucá afirmou, naquela sexta-feira, 20, que nada tinha a esconder, que estava à vontade ante a investigação contra ele.

Por ter pernas curtas, estórias sem fundamento na realidade não podem ter vida longa e é o que se viu nessa segunda-feira, 23, com a divulgação de telefonema atribuído ao ministro Romero Jucá, onde ele, supostamente, propõe melar a operação Lava-Jato. O ministro negou que se tratasse desse tipo de coisa.

O caso parece ser um replay de outros telefonemas interceptados pelos federais, envolvendo expoentes da vida pública brasileira, tamanha é a frequência com que o cidadão se vê exposto a esse tipo de vexame desde a eclosão do mensalão e depois a do petrolão, para ficarmos apenas em dois dos mais notórios escândalos que atropelaram a administração pública do país, deixando sequelas como a atual crise econômica e política, sem falar na crise moral.

Mas já que falamos desta última, cabe lembrar aqui o desaparecimento de um dos senadores mais probos que já representaram o Amazonas, se tornou referência no Senado Federal quando por lá esteve e que partiu para outro plano lá se vão 8 anos.

É da lavra do senador Jefferson Péres um texto intitulado “Decálogo do eleitor-cidadão”, publicado pela imprensa de Manaus em 9 de agosto de 1998, poucos meses antes da reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

No texto do século passado, Péres prega que o eleitor tome algumas providências para tirar bom proveito do único instrumento que está a seu alcance – do eleitor – para indicar seus representantes no Executivo e Legislativo: o voto.

Entre as proposições de Jefferson Péres estão a de procurar conhecer quem são os candidatos à eleição; catequisar outros eleitores para votarem bem; separar política da amizade; nunca pagar favor com voto; não votar sob pressão; não anular voto; deixar preconceitos de lado quando for votar; não se acorrentar a partidos; não se deixar enganar por publicidade milionária e, por fim, rezar antes de votar.

Mesmo escrito dez antes da morte do senador Jefferson Péres, o texto permanece atual, pois as medidas recomendadas não caducaram, embora a que tenhamos de recorrer com maior frequência, em face dos escândalos na política brasileira, talvez seja a décima: rezar, não apenas em busca de inspiração para escolher o melhor candidato, como recomendava o senador, mas principalmente aquela última frase do Pai Nosso: Livrai-nos do mal, amém.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 24/05/2016

Ilusionismo da transformação do Brasil

13 terça-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, corrupção, Dilma Rousseff, lava-jato, Lula da Silva, mensalão, política

Ao se ver envolvido no escândalo do Mensalão, há alguns anos, o ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, disse uma frase que, bem ou mal, pode ser um retrato do Brasil do PT, onde autoridades e ex-autoridades, principalmente lá do Planalto, alegam nada saber sobre malfeitos efetivados em suas gestões e sob o que deveria ser seu controle. Dirceu disse que o país vive uma inversão de valores.

É evidente que a afirmação, devidamente contextualizada, espelhava o ponto de vista do atual presidiário nº 119526, do Complexo Médico-Penal de Pinhais, no Estado do Paraná, de que até então não se via uma figura do primeiro time do governo ser encarcerada.

Com Dirceu, a lista dos envolvidos em maracutaias só aumentou, até pelas investigações que depois vieram a ser conhecidas como operação Lava-Jato e que colocou, de novo, o ex-ministro na prisão de Pinhais.

Mas entre prisões, desempenho pífio ou nenhum desempenho à frente do governo brasileiro, o Brasil, conforme os petistas, encontrou seu rumo e foi transformado.

Navegando nas condições criadas pelo governo FHC, os dois mandatos do ex-presidente Lula da Silva conseguiram, conforme a propaganda ainda veiculada pelo atual governo, tirar milhões da pobreza, colocar outros milhões na universidade e nos Pronatecs da vida, além de, ainda de acordo com a propaganda, dar casa própria a outros milhões.

Tudo isto, conforme o petismo, aconteceu neste país. O que não aconteceu foi o recrudescimento da corrupção que detonou com a Petrobras, estatal que alguns dizem ser dos brasileiros, justamente pelo vínculo e controle governamental que serviu para transformá-la no cofre preferencial para ser devidamente dilapidado.

Afinal, o valor de mercado da Petrobras, que em 2007 atingira R$ 430 bilhões, em 2013 era R$ 200 bilhões. As ações da petrolífera caíram de R$ 22,88, em setembro de 2010, para apenas R$ 6,83 em setembro de 2015. Tudo isto, enquanto dirigentes da empresa e o próprio governo propagandeavam a exploração do petróleo do pré-sal como a panaceia que iria alavancar o país. Esqueceram que, com petróleo abaixo de US$ 40 por barril, tudo vira falácia.

Para ter ideia dos desacertos do petismo, a leitura da entrevista do senador Cristovam Buarque, ex-petista, publicada no último fim de semana pela revista Veja pode ajudar. Cristóvam, no fim da matéria, qualifica o ex-presidente Lula de ilusionista.

Pior é saber que, mesmo presos, políticos continuam a desfrutar de benesses como se nada lhes tivesse acontecido e eles de nenhum malfeito acusados. É o caso do senador Delcídio Amaral que continua receber todos seus subsídios, incluído aí o auxílio moradia, mesmo estando preso.
No caso, o contribuinte, que não consegue fazer seus direitos prevalecerem, só pode pagar os tributos e vê-los mal utilizados e, às vezes, como no caso de Delcídio, custear o auxílio moradia e ainda lhe pagar a “estadia” na prisão.

Realmente, só dá para concordar com José Dirceu e reconhecer que o país vive tempo de inversão de valores, além de sofrer com a transformação que o Brasil viveu nesses 13 anos, com a leva de desempregados aumentando a cada mês, inflação subindo às alturas e os bancos, como sempre, faturando alto, pois o governo dos trabalhadores paga mais juros aos bancos do que nos tempos de FHC.
 Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 19/01/2016

Delinquência institucionalizada

05 segunda-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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celso mello, corrupçãp, lava-jato, Lula, Petrobras, TCU

A cada etapa da operação Lava-Jato, mais sujeira é descoberta sob os tapetes daquela que já foi a mais importante empresa do país, mas que, ao ser aparelhada para outros fins que não o de seus objetivos sociais, perdeu valor de mercado, competitividade, além dos bilhões de dólares que foram parar em bolsos de políticos e empresários de caráter, no mínimo, duvidoso.
Dessa vez a sujeira vem a público a partir de procedimentos do Tribunal de Contas da União (TCU) que descobriu ser sistêmica a prática de sobrepreços na Petrobras a partir de 2007, quando o TCU começou a monitorar contratos daquela companhia.

Se a delinquência está (ou esteve) institucionalizada na Petrobras, é preocupante. Porém, existem outras situações sobre as quais pouco ou nada se fala sobre a gestão

O caso mais marcante, até agora, é o da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, em parte do contrato de R$ 3,8 bilhões. As irregularidades encontradas pelo TCU o levaram a recomendar, ao Congresso Nacional, que suspendesse a obra em 2010.
No entanto, o então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva mandou continuar a construção da refinaria.
Naquele ano de 2010, até 31 de março, o ministro das Minas e Energia, ao qual a Petrobras está subordinada, era o senador Edison Lobão. Na mesma data, Lobão entregou o cargo a Márcio Zimmermann, que o devolveu a Lobão em 2011.
De acordo com informações do jornal paulista Folha de S.Paulo, o TCU teria encontrado irregularidades em 185 itens, de 190 analisados, nas notas fiscais emitidas pelo consórcio que constroi a Abreu Lima, onde uma das integrantes é a Camargo Corrêa.
Ali os problemas encontrados estão nos valores pagos e naqueles apresentados no documento fiscal, onde os preços são menores que aqueles pagos às empreiteiras. Como é o caso de uma tubulação pela qual a Petrobras pagou R$ 24,3 mil e que foi comprada por R$ 4,3 mil.
Há casos, citados pelo jornal paulista, em que o item adquirido por R$ 9.684, um compressor a diesel, o documento fiscal aponta despesa de apenas R$ 70 com o equipamento.
São flagrantes desse naipe que levaram à conclusão, pelo TCU, de que a prática de sobrepreço na Petrobras era pagar o dobro, embora existam casos onde o superfaturamento subiu a mais de 13.000%.
Não é de estranhar, então, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso Mello, tenha qualificado a corrupção na Petrobras como “delinquência institucional”, tamanho o descalabro contra o bolso do contribuinte.
Se a delinquência está (ou esteve) institucionalizada na Petrobras, é preocupante. Porém, existem outras situações sobre as quais pouco ou nada se fala sobre a gestão, como é o caso do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), cuja remuneração, para o trabalhador, o deixa com rendimentos inferiores à poupança, mas a aplicação dos recursos no mercado não tem nenhuma transparência.
Enquanto isso, ao trabalhador que perde seu emprego é colocado em dificuldade para acessar o auxílio-desemprego, mesmo ao se considerar o crescimento na poda dos postos de trabalho que está acontecendo no Brasil, em que a crise econômica desestimula investidores a aplicar recursos no país e a baixa no consumo derruba as vendas, levando as empresas a conter gastos e demitir.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 25/08/2015

Peso do volume morto

21 segunda-feira nov 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, Dilma Rousseff, lava-jato, Lula, mandato, política, PT

O fim de semana, que  está sendo considerado por muitas pessoas também o fim dos dias para o Partido dos Trabalhadores (PT) e suas lideranças principais, como o ex-presidente Lula da Silva e a atual inquilina do Planalto, Dilma Rousseff, começou com a prisão, na sexta-feira, 19, de dois executivos das maiores empreiteiras do Brasil, Andrade Gutierrez e Odebrecht.

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Quem duvida da seriedade dos fatos que aconteceram na sexta-feira, com a 14ª fase da operação Lava-Jato, pode fazer um paralelo com o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo, onde o Ibovespa, principal índice, fechou em queda de 0,90% aos 53.749 pontos. O impacto da prisão, em termos de Bolsa de Valores, foi que o papel da Brasken, controladora da Odebrecht, caiu mais de 10% no pregão de sexta-feira.

Para variar, Lula da Silva usou outra de suas metáforas ao tentar explicar a conjuntura política ao dizer que ele e Dilma Rousseff estão no volume morto

Mas o governo de Dilma Rousseff também se defrontou com a inusitada decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de dar prazo de 30 dias para que a prestação de contas do exercício de 2014 apresente explicações sobre 13 – número absolutamente petista – ações, conhecidas como ‘pedaladas fiscais’, que maquiaram os resultados apresentados no documento.

De outro lado, enquanto um dos empreiteiros ligados à Odebrecht ameaça abrir o bico e detonar a república do PT ao dizer que, se falar vai atingir o ex-presidente e também Dilma Rousseff, o próprio Lula comentou que, agora, os próximos alvos dos investigadores da operação Lava-Jato seriam ele e a presidente.

Às más notícias que encerraram a semana da presidente Dilma Rousseff e seu governo, resta acrescentar o resultado da Pesquisa DataFolha onde o oposicionista Aécio Neves (PSBD) tem 35% da preferência do eleitorado e, caso eleição fosse agora, poderia se eleger. Enquanto o tucano comemora a posição favorável,  Dilma Rousseff amarga rejeição de 65% dos entrevistados que classificam seu segundo mandato como ruim ou péssimo.

Pior do que esse índice de rejeição, dizem os analistas, só o atingido pela administração ex-presidente Collor de Mello, às vésperas de ser despejado do Planalto, que atingiu 68%.
Para variar, Lula da Silva usou outra de suas metáforas ao tentar explicar a conjuntura política ao dizer que ele e Dilma Rousseff estão no volume morto.

Se a metáfora pode ter fácil entendimento para quem convive com o noticiário sobre a seca que aflige São Paulo há algum tempo, para outros cabe esclarecer que volume morto é uma reserva técnica – de água – localizada abaixo do nível das comportas e, no caso de São Paulo, nunca havia sido usada até o estado crítico da estiagem de 2014 naquela cidade.

No caso de Lula, que em outras condições usou essa figura de linguagem para comparar o Brasil a uma churrascaria e criticar seus opositores que exigiam o cumprimento de promessas de campanha e de outros compromissos assumidos pelo então presidente, não parece que ele possa ser classificado como uma reserva técnica para solucionar a crise na qual, a cada dia, mais se envolve o novo mandato de Dilma Rousseff, cuja maior realização parece ser ter conseguido, em menos de seis meses, ter a popularidade abaixo dos níveis das comportas de Cantareira.

Até o momento em que este artigo foi escrito, o fim dos dias da república do PT, anunciado pelo patriarca dos Odebrecht, não se concretizara, mas a investigação da Lava-Jato, assim como a estiagem paulista, é longa e persistente, a indicar que com água ou petróleo, o Brasil pode estar mudando ao punir aqueles que sempre se consideraram não só acima de suspeitas, assim como da própria lei, como bem ilustra o título dado à 14ª fase da operação Lava-Jato:  Erga Omnes, ou “vale para todos”.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 23/06/2015

Novo protesto vai ser no domingo, dia 12

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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brasileiros, corrupção, Dilma Rousseff, lava-jato, Manaus, protesto

No próximo domingo, dia 12 de abril, brasileiros insatisfeitos com o atual governo devem sair às ruas para protestar contra a situação do país, manifestar seu desagrado contra a corrupção que grassa na administração pública e envolve até a estatal do petróleo, além de pedir, novamente, o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Os organizadores do novo evento contra a corrupção e a favor do impeachment presidencial querem reunir mais do que os 2,3 milhões de pessoas que participaram das manifestações no dia 15 de março, quando a população se mobilizou em 26 estados, além do Distrito Federal.

A presidente Dilma Roussef, que mandou ministros darem explicações aos brasileiros ainda na noite daquele dia 15, ainda está em débito com seus eleitores e mais ainda aqueles que não votaram nela, cerca de de 52 milhões, e têm mais motivos para querê-la fora do Palácio do Planalto.

Se boa parte do desagrado com a administração Dilma Rousseff decorre das medidas que ela anunciou logo depois de tomar posse, uma vez que, durante a campanha eleitoral de 2014, ela afirmara que não tomaria decisões que contrariassem os direitos e benefícios dos trabalhadores, também não vai faltar gente que votou na atual presidente, mas que se decepcionou com o rumo de seu segundo mandato.

O arrocho que o país enfrenta, com inflação alta, atividade industrial caindo pelas tabelas, desemprego aumentando, e juros na estratosfera, entre outras coisas que impactam no dia-a-dia e no bolso de todos os brasileiros, esse arrocho não deve acabar tão cedo e as previsões e projeções para o futuro próximo feitas por consultorias e analistas econômicos só confirmam o pior dos mundos para o Brasil neste e nos próximos anos.

Essa situação já levou analistas a expressar uma verdade dolorida, embora bem humorada, ao afirmar que todos índices que deveriam estar baixando, sobem, e aqueles que deveriam estar subindo, caem.

Enquanto isso, a presidente perde popularidade e a grande maioria da população já não crê que ela possa comandar o país, até pelos impasses que têm surgido entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, onde o maior partido de sua base de sustentação, o PMDB, abriu uma cratera no relacionamento político com o governo.

De outro lado, as medidas que impactam o trabalhador estão sendo emendadas, inclusive por parlamentares dos partidos que compõem a base do governo, no sentido de reduzir o impacto das medidas propostas por Dilma Rousseff.

Como se pode ver, o que não faltam são motivos para que o número de “coxinhas”, como são qualificados aqueles que não gostam das medidas tomadas pelos governos do PT, e também de ex-simpatizantes do petismo de Lula e Dilma, voltarem às ruas de todo o país e mostrar, mais uma vez, a insatisfação popular com o governo.

Com certeza, no domingo que vem, não faltarão as palavras de ordem já gritadas no dia 15 de março, como “fora Dilma”, “impeachment já”, “abaixo a corrupção”, entre outras. O que ainda não se sabe é se facções comandadas pelo PT vão tentar fazer, mesmo com manifestantes pagos, o que tentaram no dia 13 de março e ir para as ruas em um arremedo de apoio ao governo.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 07/04/2015

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