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Lambanças de campanha e a queda da popularidade

11 quarta-feira fev 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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benefício, campanha 2012, Dilma Rousseff, direito de trabalhadores, estórias, governo, política, popularidade

palanqueEm 2012, durante a campanha eleitoral da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) à Prefeitura de Manaus, assisti a um comício que a presidente petista Dilma Rousseff veio fazer em Manaus em apoio à senadora que enfrentava o arqui-inimigo de Lula, Artur Neto (PSDB). O evento aconteceu às margens do igarapé do Passarinho, no bairro Monte das Oliveiras, zona Norte.

E aí a candidata à reeleição assegurava que, caso vencesse, os trabalhadores não tinham o que temer. Menos de um mês após assumir o segundo mandato, a contadora de estórias ampliou prazos e reduziu o quantitativo de benefícios devidos aos trabalhadores, afetando principalmente aqueles da previdência

Naquela noite, uma segunda-feira, 22 de outubro, assisti ao vivo a presidente Dilma Rousseff fazer aquilo que agora se sabe, faz parte de seu arsenal dialético: afirmou entre outras coisas que fogem da verdade, que o prefeito Amazonino Mendes teria recebido recursos federais para levar água a algumas regiões da cidade, mas não teria cumprido sua parte no acordo.

Se bem que, quem acompanhou a campanha de 2010, já soubesse desse “recurso” de marketing da presidente, aliás não só dela, mas de boa parte dos políticos que disputam cargos eletivos, com as exceções de praxe, que servem para confirmar a regra.

Dilma, que em 2010 obtivera mais de 80% dos votos dos amazonenses e vencera a disputa pela Presidência da República, voltava a Manaus montada nesse capital eleitoral por dois motivos. O primeiro era cumprir as ordens do mestre Lula. Afinal, aluna aplicada, deve fazer “tudo que o mestre mandar”, no caso, era detonar a candidatura do tucano Artur Neto. Seu desempenho foi pífio.

O segundo objetivo, tangencial, era dar apoio à campanha da senadora que, naquele momento, fim da disputa eleitoral, dava sinais de estar próxima do naufrágio, o que de fato se consolidou no segundo turno, quando o Guaramiranga reservou um camarote especial para Vanessa, devidamente ornamentado com pinturas de aves amazônicas e alguns tucanos estilizados.

Mas os eleitores da “presidenta”, no Amazonas e pelo Brasil afora, preferiram acreditar em Dilma Rousseff, que na campanha de 2010, prometera prorrogar a Zona Franca de Manaus por mais 50 anos e levou todo seu primeiro mandato para cumprir tal promessa.

Veio a reeleição e aí foi a vez de o tucano Aécio Neves ser demonizado por ter afirmado que o país precisava de ajustes em sua política econômica, urgente.

Àquela altura já se sabia que a inflação estava descontrolada e em dezembro, computando 12 meses, ultrapassou os 7%, fugindo do teto da meta, que era de 6%.

O escândalo da Petrobras que canalizou recursos da estatal para campanhas petistas também já viera a público e estava sendo investigado, mas os dados sobre o aumento da miséria no Brasil, durante os governos petistas, não puderam ser divulgados  por impedimento obtido pela candidata petista junto à Justiça.

Com uma plataforma onde o forte eram os direitos conquistados pelos trabalhadores nos últimos 12 anos, Dilma tentou desqualificar o programa de Aécio Neves justamente por propor algumas mudança também nessa área.

E aí a candidata à reeleição assegurava que, caso vencesse, os trabalhadores não tinham o que temer. Menos de um mês após assumir o segundo mandato, a contadora de estórias ampliou prazos e reduziu o quantitativo de benefícios devidos aos trabalhadores, afetando principalmente aqueles da previdência.

Trazendo a discussão para o presente, a pesquisa divulgada pelo DataFolha no último fim de semana mostrou que a “presidenta” foi descoberta, pega de calças curtas em suas lambanças e seu governo foi avaliado de forma negativa por 44% dos entrevistados, enquanto 23% ainda o avaliam como ótimo ou bom. Com isso, a equação se invertes desde dezembro, quando as avaliações positivas eram de 42% dos consultados e 24% diziam que sua gestão era ruim ou péssima.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 10/02/2015

Copa, eleições e economia em 2014

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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2014, combustível, copa do mundo, crise, dívida, Dilma, economia, eleição, FGV, legado, pesquisa, PIB, popularidade, receita, Rousseff

Eustáquio Libório

Ano de Copa do Mundo, 2014 também é ano eleitoral, mas os dois eventos não estão animando os pesquisadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) que preveem tempos mais difíceis para o Brasil no próximo ano, independente das eleições e do que se convencionou chamar de ‘legado da Copa’, que, até agora, parece ser o comprometimento de boa parcela das receitas públicas na construção de estádios.

Estudo divulgado na segunda quinzena de novembro pela FGV traz notícias bem ruins para o governo e para a economia brasileira, e isso, sem dúvida, vai respingar na popularidade da presidente Dilma Rousseff que, neste meado de novembro, o Ibope afirma ter 43% de popularidade no país.

O problema todo, no entanto, é que a popularidade presidencial deve cair em ritmo mais acentuado do que o crescimento da inflação previsto pela pesquisa da FGV. Pelo estudo, o IPCA vai atingir 6,1% no fim de 2014, enquanto a previsão do governo para esse indicador para o mesmo período é de 5,7%.

A expansão na criação de riqueza no país, medida pelo produto interno bruto (PIB) é outra má notícia para os brasileiros, pois, conforme a FGV, deve ficar em 1,8%, bem abaixo dos 2,5% previstos para este ano.

No entanto, as más notícias para os brasileiros não param por aí e os votos de feliz ano novo para 2014 vão ser atropelados também pelo câmbio e, pior, pelos preços administrados que devem sofrer o impacto de alguma liberação no preço da gasolina, há bastante tempo represado pela política do governo de evitar aumento nesse insumo.

O reajuste no preço do combustível é a senha para outra série de aumentos de preços que vão concorrer para que a inflação ultrapasse o limite superior da faixa da meta além de, como prevê o estudo da FGV, também extrapolar os 6%.

No rastro do reajuste do combustível, o preço dos alimentos também vai tornar o ano novo bem menos feliz, principalmente para as classes com renda menor, onde o consumo de alimentos é responsável por parcela maior dos dispêndios familiares.

A complicar ainda mais o panorama entrevisto pelo estudo da FGV resta o quadro pintado em relação à baixa do consumo, decorrência do aumento da taxa de juros. Em outros palavras, quem vai continuar se dando bem mesmo em um 2014 de baixo desempenho da economia brasileira são os bancos.

Assim, não será surpresa, como prevê a FVG, que o déficit nominal seja expandido, apesar das previsões de que a desoneração tributária deve ser menor no exercício de 2014.

O ano eleitoral, assim, não vai ter céu de brigadeiro para a presidente Dilma Rousseff conseguir sua reeleição, apesar das notas que o Ibope, neste fim de ano, está lhe assegurando e que, em um contexto geral, têm melhorado desde os protestos acontecidos no meio deste ano.

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM nº 44, ed. novembro/2013

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