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Arquivos da Tag: faturamento

PIM tem panorâmica positiva

31 terça-feira jul 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, crescimento, faturamento, insumos, Manaus, zona franca

Após quatro meses sem divulgar os dados de desempenho das indústrias incentivadas, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) publicou os Indicadores do Polo Industrial de Manaus (PIM). O documento acumula os números relativos aos quatro meses até abril de 2018. Em março, a Suframa divulgara os dados referentes ao mês de janeiro deste ano e, desde lá, só agora os atualizou. De modo geral, pode-se afirmar que o PIM está se recuperando, apesar do baixo impacto na contratação de pessoal.

O comparativo do desempenho entre o acumulado até abril de 2018 com o mesmo período do ano passado revela dados positivos nos principais indicadores conectados á indústria incentivada de Manaus, como bem confirma a aquisição de insumos, a qual passou de 3.62 bilhões de dólares em 2017, para 4.74 bilhões de dólares neste ano, registrando expansão superior a 30%. Esse fato oferece a percepção de aquecimento na atividade industrial.

 A média dos investimentos produtivos no PIM, em 2017, foi de 9.02 bilhões de dólares, enquanto em 2018, conforme os Indicadores de abril, chegou a 9.44 bilhões de dólares, superando a marca dos 4%, até abril

As importações do PIM cresceram de 2.24 bilhões de dólares, nos quatro primeiros meses do ano passado, para 3.12 bilhões de dólares neste ano, com crescimento de 39%. As exportações também obtiveram expansão de dois dígitos, ultrapassando a casa dos 20% no período sob análise, quando atingiu 168 milhões de dólares, em face dos 139 milhões de dólares no mesmo período do exercício anterior.

Indicador mais visado, a expansão do faturamento no primeiro quadrimestre deste ano está, também, na casa dos dois dígitos e passou de 7.91 bilhões de dólares, para 9.13 bilhões de dólares, marcando crescimento superior a 15%, aferido pela moeda norte-americana.

No que diz respeito ao desempenho dos investimentos produtivos efetivados pelas organizações com operações fabris no Polo Industrial de Manaus, embora esse indicador esteja na casa de apenas um dígito, sua performance é positiva. A média, em 2017, foi de 9.02 bilhões de dólares, enquanto em 2018, conforme os Indicadores de abril, chegou a 9.44 bilhões de dólares, superando a marca dos 4%, até abril.

Ainda sobre os investimentos no PIM, o setor de eletroeletrônicos mantém a dianteira com média de 2.67 bilhões de dólares, em 2018, ante 2.53 bilhões de dólares no ano anterior, apresentando expansão superior a 5%. O segmento seguinte é o de termoplástico, cujas alocações passaram de 1.50 bilhão de dólares, em 2017, para a média de 1.60 bilhão de dólares neste ano, registrando expansão superior a 6%

Os investimentos no segmento de duas rodas, terceiro maior do PIM, caíram de 1.59 bilhão de dólares, em 2017, para 1.54 bilhão de dólares neste exercício, registrando baixa de 3,15%. Mesmo assim, o setor está entre aqueles que ampliaram a produção de bens, ao montar mais de 350 mil unidades, até abril deste ano, e faturar 306 milhões de dólares, contra os 269 milhões de dólares no mesmo período de 2017. A expansão das vendas chegou a quase 14%.

Em 2018, também houve expansão dos dispêndios das indústrias com salários, encargos e benefícios (SEB). Assim, da média mensal de 135.79 milhões de dólares em 2017, as organizações chegaram 136.39 milhões de dólares, conforme os dados de abril. Esse volume teve incremento de 0,44% na comparação com o ano anterior.

A média de colaboradores com vínculo formal no polo industrial passou de 78.900, em 2017, para 79.505 neste ano, com expansão 0,77%. No entanto, a média dos dispêndios com SEB teve uma ligeira baixa de 0,32%, ao passar de 1,721.10 dólares, no ano passado, para 1,715.55 dólares, neste exercício.

A recuperação do PIM está em andamento, mas a conjuntura política consegue atrapalhar a atividade da economia, também dependente de fatores externos, como a guerra comercial movida pelos Estados Unidos contra parceiros e aliados. Deve sobrar para as bandas daqui, também.

ZFM: perda de faturamento e alternativas para sair da crise

14 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, exportação, faturamento, Manaus, mão de obra, queda, Zona Franca de Manaus

Três segmentos do Polo Industrial de Manaus (PIM) são responsáveis por mais de 60% do faturamento da indústria incentivada, os eletroeletrônicos, bens de informática, que na maioria dos fatores analisados pelos Indicadores de Desempenho da Suframa são incluídos em eletroeletrônicos, e duas rodas. Isto significa dizer que, dos US$ 23,85 bilhões que o polo de Manaus faturou em 2015, cerca de US$ 14 bilhões se originaram da venda de produtos desses três setores.

Assim, a baixa no faturamento desses segmentos é mais do que preocupante, quando se sabe que duas rodas, que já não vinha bem desde 2012, perdeu cerca de 32% das vendas entre 2014 e 2015.
O segmento de eletroeletrônicos perdeu mais de 40% do faturamento no mesmo período. A queda só não foi maior porque bens de informática entraram como fator de compensação nessa estatística.

Outro indicador com desempenho negativo e que deve ser levado em consideração são os investimentos, apresentados nos indicadores como média mensal e que estavam, nos últimos anos, na faixa de US$ 10 bilhões. O registro para 2014 era de US$ 10,52 bilhões e caiu para US$ 7,85 bilhões, equivalente a uma variação negativa superior a 25%.

De outro lado, a relação entre os principais custos da indústria incentivada, que em 2014 chegava a 56,78%, passou para 61,56% no exercício seguinte. É evidente que pesa nesta análise a valorização do câmbio, a qual, em relação à moeda norte-americana, chegou a pouco menos de 43%.

Os fatores computados nessa estatística abrangem salários, encargos e benefícios, ICMS recolhido e aquisição de insumos.

Obviamente que a baixa na produção das vendas do polo de indústrias de Manaus impactou na importação de insumos, saindo do patamar de US$ 11,57 bilhões em 2014 para US$ 8,24 bilhões no ano passado. Uma queda de 28,75% nesse período.

No geral, a baixa na demanda pelos produtos made in ZFM levou as indústrias de Manaus a reduzir a compra de insumos que, em 2013, estava em US$ 19,61 bilhões, tendo caído para US$ 18,36 bilhões no ano seguinte, baixa de 6,38%. Mas o pior aconteceu em 2015, quando o dispêndio com insumos se restringiu a US$ 12,81 bilhões, baixa de 30% no período.

Assim, o faturamento medido em dólar, no geral, caiu de US$ 37,12 bilhões em 2014, para US$ 23,85 bilhões no ano passado, o equivalente a 35,75%.

Embora existam agentes econômicos apontando a exportação como saída para a crise no Polo Industrial de Manaus, a se julgar pelo desempenho dos últimos três anos, é melhor juntar outros caminhos de crescimento econômico a essa alternativa.

O PIM vem perdendo vendas externas nos últimos três anos, caindo de US$ 862 milhões, em 2013, para US$ 718 milhões no ano seguinte, mas, em 2015, as exportações foram de US$ 614 milhões.

É evidente que o desempenho nas vendas repercutiu na mão de obra, tanto na redução de verbas salariais assim como encargos e benefícios. Pelos indicadores do PIM, a mão de obra caiu de 113,93 mil postos de trabalho, em 2014, para fechar 2015 com 98,20 mil pessoas empregadas.

É o momento de se implementar alternativas desde há muito sugeridas para o Amazonas, como o turismo ou o polo petroquímico, assim como a exploração mineral, além de resguardar o Amazonas daquelas iniciativas legais, via Congresso Nacional, que prejudicam o modelo zona franca.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 23/02/2016

Com crise, Amazonas perde terreno

13 terça-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, crise, economia, faturamento, indústria, Manaus, produção, zona franca

O Estado do Amazonas, até 2013, detinha participação de 1,6% dos 5,32 trilhões de produto interno bruto (PIB) produzido no Brasil até aquele ano, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, Manaus se destaca no cenário dos municípios brasileiros e se classifica como o 6º PIB, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Manaus detém 1,2% do PIB do país e esta participação se dá, sobretudo, em razão de atividades econômicas como construção civil e setores da indústria de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, metalurgia, equipamentos de informática, eletrônicos e óticos fabricados com incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Em 2013, Manaus criou um volume de riqueza de R$ 64,02 bilhões. Tal fato reitera sua posição de 6º município brasileiro em relação ao PIB, assim como a coloca na mesma posição entre as capitais, informa o IBGE na publicação “PIB dos Municípios 2013”, divulgada no dia 18 de dezembro de 2015.

Esses dados demonstram a situação privilegiada, tanto no Brasil quanto na região Norte, que Manaus e o Estado do Amazonas vinham obtendo a partir do modelo Zona Franca de Manaus

Se entre 2010 e 2013, o Brasil conseguiu passar da média de R$ 20.371,64 do PIB per capita para R$ 26.445,72, equivalente a uma expansão de 23%, o Amazonas, ao passar de R$ 17.490,23 para R$ 21.873,65 cresceu 20% no mesmo intervalo.

No levantamento entre as regiões brasileiras, o Nordeste é a menos aquinhoada na avaliação do PIB per capita. Ali, esse indicador é de R$ 12.954,80, enquanto na região Sudeste, a mais rica,  é de R$ 34.789,79. Por esse indicador, a região Sudeste tem um PIB per capita que equivale a quase três vezes à do Nordeste e a duas à da região Norte. Quanto ao Amazonas, a relação é 1,6 maior.

Dos sete Estados que compõem região Norte, de acordo com o IBGE, o Amazonas é o que tem o maior PIB per capita, seguido de Roraima, R$ 18.495,80, mesmo ao se considerar que aquele Estado tem o menor PIB da região: R$ 9,03 bilhões em 2013.

O Estado do Pará, com PIB de R$ 121 bilhões, é o mais rico da região, mas a distribuição per capita o deixa em 6º lugar, com R$ 15.176,18 por habitante, só perdendo, nesse quesito para o Acre, onde o indicador atinge R$ 14.733,50, mas o PIB do Estado equivale a menos de 10% da riqueza gerada no Pará.

A favor do Amazonas, que tem o segundo PIB do Norte, R$ 83,30 bilhões, está o fato de ter o maior PIB  per capita, acima do valor regional que é de R$ 17.213,30.

Entre 2010 e 2013, o crescimento do PIB em 17,3% situa o Amazonas como o terceiro que mais cresceu no período, ficando atrás apenas de Mato Grosso, com expansão de 21,9%, e Amapá, com 18,3%. A média do Brasil foi de 9,1% naquele período.

Esses dados demonstram a situação privilegiada, tanto no Brasil quanto na região Norte, que Manaus e o Estado do Amazonas vinham obtendo a partir do modelo Zona Franca de Manaus, mas que, agora, tendem a ir por água abaixo em função das dificuldades conjunturais, algumas, como a crise política que resvala para a economia, assim como outras que já vêm de período mais longo, como a queda nas vendas do setor de duas rodas.

A queda do consumo interno também se abate sobre o Polo Industrial de Manaus quando se sabe que os principais produtos do setor eletroeletrônico também perdem vendas. Esse fatos, aliados a alta da inflação de 8,7% em 2015, a queda no faturamento do PIM, até outubro de 2015 já superior a 30%, se medido em dólares, não deixam margem para expectativas otimistas nos próximos dois anos, pelo menos.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 12/01/2016

Previsões pessimistas viram fatos em 2015

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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dólar, faturamento, mão de obra, zona franca

As informações divulgadas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) referentes aos indicadores industriais do mês de fevereiro deste ano mostram que a baixa no faturamento é só um dos fatores que o Polo Industrial de Manaus (PIM) vai ter que enfrentar em 2015.

Para se ter uma ideia de como a atividade da indústria local está sendo afetada por fatores macroeconômicos, um bom exemplo é a desvalorização do real ante o dólar norte-americano. Nos meses cujos dados foram divulgados, o dólar se valorizou mais de 18%. Como já se sabe que até abril a moeda vai ultrapassar os R$ 3, o impacto deve ser ainda maior nos próximos meses.

Se o histórico dos principais custos da indústria incentivada, entre 2010 e 2014 estava situado na faixa de 56% em relação ao faturamento, com exceção do ano de 2013, quando esse indicador subiu para 58%, nos dois meses deste ano atingiram uma fatia bem maior do faturamento do PIM e chegaram em 64%.

Ao se considerar a importação de insumos pelas indústrias, a queda, medida pelos valores de aquisição em dólares, foi de 26,42%, quando atingiu o montante de US$ 1,78 bilhão, no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, contra US$ 2,41 bilhões no ano anterior. Mesmo assim cabe registrar que o valor da aquisição de insumos importados nestes dois meses de 2015 estão acima do valor de 2013, quando foi de US$ 1,67 bilhão.

As notícias ruins, no entanto, só estão começando. O faturamento do polo de Manaus, no mês de fevereiro, medido em dólar, desabou exatos 27,39% na comparação com igual mês de 2014.

esse mau desempenho significa que as indústrias incentivadas de Manaus deixaram de vender mais de US$ 850 milhões no mês de fevereiro, quando o faturamento atingiu US$ 2,26 bilhões, ante US$ 3,11 bilhões no mesmo período de 2014.

Na curva descendente do faturamento de 2015, o acumulado dos dois meses indica perda de vendas no montante de US$ 1,18 bilhão, representando perda de vendas de 20,28%, uma vez que, no bimestre, o faturamento foi de US$ 4,66 bilhões contra os US$ 5,84 vendidos pelas empresa do polo de Manaus nos dois primeiros meses de 2014.

A questão do emprego, conforme dados da Suframa, também não está nada boa. No mês de fevereiro foram eliminadas 76 vagas no PIM, no entanto, quando a comparação é feita entre fevereiro de 2015 e de 2014, a constatação é de que, entre os dois períodos, foram eliminados nada menos que 11.284 postos de trabalho.

Isso significa que as vagas vêm sendo eliminadas nos últimos 12 meses e, ao que parece, é uma tendência que vai se manter por tempo indefinido ao se levar em consideração a questão macroeconômica do país, onde as más notícias brotam de todos cantos e não apenas na área econômica.

Por fim, cabe rever as expectativas para o exercício de 2015 que começam, digamos assim, pela subida do dólar, passa pela tendência de ascenção da taxa Selic, fator que vai aumentar os juros e repercutir no custo do crédito, o qual, se voltado para o consumo, já está bem restrito e deve ficar mais ainda, sem falar que investimentos também vão se retrair em decorrência desse fator.

Como se vê, as previsões negras feitas em 2014 para o presente exercício, ao contrário dos discursos otimistas na campanha eleitoral da presidente reeleita, estão, para infelicidade geral do país, se tornando fatos e quem vai pagar o pato é o cidadão, o contribuinte.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 28/04/2015

Polo de Manaus perde mais de 4.000 vagas

30 terça-feira set 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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emprego, faturamento, menos vagas, zona franca

Os números divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) referente ao período de janeiro a julho deste ano se mostram positivos em vários aspectos, principalmente no que diz respeito ao faturamento das indústrias incentivadas e aos produtos carros-chefes, que comandam a expansão das vendas.

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Assim, nestes sete meses de 2014, as indústrias faturaram, conforme a Suframa, o montante de R$ 47,70 bilhões, valor que indica expansão nas vendas de 8,40% em relação a igual período do exercício de 2013, embora o desempenho, quando medido na moeda norte-americana seja de US$ 20.86 bilhões, com variação negativa de 2,22% em relação a 2013.

 A novidade, que não é das melhores, é a perda de postos de trabalho ocorrida neste ano, e que supera as 4.000 vagas.

Na avaliação da Suframa o setor de eletroeletrônicos continua a manter a liderança no faturamento, tendo este setor contabilizado, em sete meses, vendas de R$ 24,30 bilhões, o equivalente a mais de 50% do total do faturamento das empresas industriais do polo de Manaus. Em outras palavras, o setor de eletroeletrônicos, inclusive informática, é a locomotiva do modelo de incentivos praticados na Zona Franca de Manaus.

Os produtos que puxaram o faturamento nesse período foram aparelhos de TV com telas de plasma e de LCD, além dos tablets, cuja produção se expande em ritmo chinês, uma vez que nesse período o crescimento da produção desse equipamento cresceu 41,50%.

Por outro lado, no que diz respeito à mão de obra empregada pelas indústrias do PIM, conforme a Suframa, apresenta crescimento de 1,01% com 119.314 pessoas empregadas pelas indústrias.

Nesse quesito, o segmento de eletroeletrônicos garante participação de 41,70% da mão de obra empregada no PIM, com 49.744 postos de trabalho garantidos, os quais, junto com o setor de duas rodas, que emprega 17.994 pessoas, são responsáveis por 56,80% dos empregos na indústria incentivada.

Esses dois setores e mais termoplásticos, metalúrgico e mecânico somam 94.771 postos de trabalho no mês de julho, o equivalente a 79,42% do total da mão de obra empregada no PIM.

A concentração de mão de obra em poucos setores não é coisa nova no PIM, a novidade, que não é das melhores, é perda de postos de trabalho ocorrida neste ano, e que supera as 4.000 vagas.

Desde 2012, quando o Polo Industrial de Manaus perdeu 5.437 vagas em um universo de 120.288 postos mantidos, em média, naquele ano, 2014 está surpreendendo ao fechar, em sete meses, 4.087 postos de trabalho, quando, em 2013 o saldo positivo na geração de postos de trabalho na indústria incentivada foi de quase 7.000 vagas.

Em outras palavras, o que se tem é uma perda de postos de trabalho que não está sendo informada com transparência pela Suframa, uma vez que a comparação registrada no material divulgado na mídia é um crescimento relativo ao mês anterior, junho.

É de se questionar, assim, sobre os fatos que estão influenciando a perda de postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus em níveis que se aproximam daquele atingido em decorrência da crise internacional acontecida em 2008, e que repercutiu no PIM em 2009, com a perda de 5.834 vagas na indústria local.

Publicado no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 23/09/2014

ZFM se recupera, já os salários nem tanto

30 quarta-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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encargos, faturamento, indústria, lucro, massa salarial, Polo Industrial de manaus, salário, Thomaz Nogueira, trabalhador, zona franca

Ao contrário dos oráculos que mais confundem do que esclarecem e sempre foram fonte de confusão para quem por eles se guiou ou tomou decisões, mesmo que fosse um César do império romano, os números esclarecem sem deixar margens para nenhuma dúvida, afinal o produto da soma 2 + 2 vai ser quatro, seja no Amazonas ou na galáxia Andrômeda, a 2,54 milhões de anos-luz do quarto planeta do sistema solar.

PIM-2010_2013-B

É por esses números que se pode afirmar que as indústrias do polo de Manaus estão muito bem, obrigado. Afinal, se forem comparados o desempenho de 2010 com o de 2013, constata-se crescimento de 9,57% no faturamento medido na moeda norte-americana, o dólar.

A análise do desempenho do Polo Industrial de Manaus é uma enxurrada de números positivos se o período analisado estiver entre 2010 e 2013, como se pode constatar pelos números apresentados a seguir.

A massa salarial passou de US$ 922 milhões, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no fechamento de 2013, apresentando evolução positiva de 23,53% no período de quatro anos. Esse número dá uma média mensal de desembolso na faixa de US$ 76 milhões.

Melhor do que a evolução dos salários foi o crescimento do pagamento dos encargos vinculados à folha de pagamento, que saiu de US$ 1,05 bilhão, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no exercício de 2013, com crescimento de 27,72% no período.

A massa salarial passou de US$ 922 milhões, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no fechamento de 2013, apresentando evolução positiva de 23,53% no período de quatro anos

É importante, porém, que se analise o conjunto das despesas de pessoal da indústria incentivada do PIM. O agregado desses números, de acordo com os indicadores divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) relativos ao mês de abril, dão conta de que salários, encargos e benefícios (SEB) evoluíram 25,73%, passando do patamar de US$ 164,06 milhões (média mensal) em 2010, para US$ 206,28 milhões em 2013.

No entanto, as boas notícias começam a rarear a partir do momento em que se considera o SEB médio e a evolução dos salários pagos aos operários do PIM. No primeiro quesito, o SEB médio, a evolução é de 3,17% em quatro anos. Os gastos com esse item passaram de US$ 1,77 bilhão em 2010, para US$ 1,82 bilhão no ano passado.

O segundo item, os salários pagos aos operários do PIM, a situação é bem mais dramática, para dizer o mínimo. Se em 2010 o salário médio estava na faixa dos US$ 827, em 2013 passou para US$ 838. Trocando em miúdos, bem miudinhos, cresceu exatos 1,34%.

Ante ao exposto sobram duas conclusões. A primeira é a de que as indústrias, no geral, estão conseguindo bons resultados. A segunda é que, apesar da evolução positiva no oferecimento de mais empregos, os assalariados do PIM estão com a remuneração praticamente estagnada há quatro anos.

No entanto, cabe uma reflexão: se cresceu o pagamento de encargos e benefícios e o operário, para falar no popular, continua lascado, então o governo está levando, de novo, a parte do leão.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 01/07/2014

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