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Direitos humanos no Enem e no ministério

07 terça-feira nov 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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direitos humanos, Luislinda, salário

Prova-enem2

Os direitos humanos foram as estrelas da semana passada, quando, por razões variadas, o tema foi alçado como o mais comentado nas redes sociais. A primeira ocorrência se relacionava à redação a ser escrita na prova anual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja primeira parte ocorreu no domingo, dia 5. A outra ocorrência, mais drástica e ridícula, colocou sob o foco da mídia a figura da ministra dos Direitos Humanos do governo Temer, indicada, dizem, pelo PSDB.

No primeiro caso, o tal do regulamento do Enem proibia – pois, é – que estudantes argumentassem em suas redações ao tecer considerações que eventualmente pudessem ir de encontro aos direitos humanos.

A tal norma, além de tentar impor censura prévia aos estudantes, o que é vedado pela Constituição Federal como bem o provou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao torná-la nula, impedia que pessoas manifestassem sua maneira de pensar, opinar, sob pena de ter seu texto sem pontuação. Quer dizer, se falasse mal dos direitos humanos levaria zero na avaliação dos burocratas da educação.

É de se questionar a maneira como os defensores dos direitos humanos tentam impor sua visão de mundo aos demais, como se esta fosse a mais correta, ética etc, etc. Ao buscar censurar uma prova de nível nacional, podem estar fazendo a patrulha ideológica do politicamente correto, que nem todo mundo tem como unanimidade e sua prática também deve ser feita com a observância dos direitos de quem não concorda com isso.

O outro caso, que beira o ridículo se não fosse uma comparação descabida, trata da visão da ministra Direitos Humanos, Luislinda Valois, acerca de seus proventos como titular da pasta ministerial. Para ela, uma mixaria.

Em uma peça com arrazoado que tomou mais de 200 páginas, a ministra solicitava a manutenção de sua aposentadoria como desembargadora em conjunto com os proventos de ministra. Caso tal pedido fosse aceito, a ministra embolsaria todo mês mais de 60 mil reais. Como não há, legalmente, previsão para esse acúmulo de proventos, ela teve que optar pelo maior salário e recebe cerca de 2,7 mil como ministra, os quais, junto com a aposentadoria de desembargadora, atinge 33 mil reais.

Foi aí que as redes sociais começaram a malhar a ministra, a qual declarou que trabalhar sem contrapartida remuneratória se assemelhava ao trabalho escravo. Infeliz declaração para quem ganha cerca de 15 vezes a média do assalariado no Brasil, que não chega a 2,5 mil reais por mês.

Pior do que a comparação com o trabalho escravo que a ministra fez, foi declarar que o cargo – de ministra – exige um bom trato na aparência, citando gastos elevados com maquiagem.

É, os direitos humanos vão de mal a pior no país que não chega nunca ao seu futuro, justamente porque servidores públicos, como a tal ministra, desperdiçam seu tempo para construir uma peça administrativa reivindicando o que ela julga ser seu direito individual, enquanto técnicos da educação e da pedagogia tentam defender esses mesmos direitos subtraindo a estudantes um outro direito que é o de manifestar livremente seu pensamento.

Enquanto isso, a massa de desocupados no país ainda é de 13 milhões de pessoas, as filas para atendimento médico duram meses, e, dependendo da doença, até anos para obter atendimento, As vítimas da violência não têm esses defensores a seu lado, uma vez que tais defensores preferem prover bem-estar aos marginais, bandidos e apenados.

Desemprego e redução de salários no PIM

07 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, desemprego, indústrai, Manaus, PIM, salário, suframa, zona franca

engrenagens

Enquanto as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) reclamam das perdas de quase 30% no faturamento acumulado dos meses de janeiro a julho de 2015, pouco se fala de onde estão acontecendo os cortes, necessários, diga-se, a fim de manter a atividade econômica no PIM, como os desembolsos vinculados à mão de obra.

Comparativo entre o ano de 2011 e os desembolsos efetivados em 2015, conforme divulgado nos indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), relativos a julho, indicam que a média mensal com salários, encargos e benefícios (SEB) caiu de US$ 216,34 milhões em 2011, para US$ 150,78 milhões neste ano. Os cortes aí detonaram 30,30% dos desembolsos com recursos humanos.

No entanto, se a poda em salários, encargos e benefícios chegou àquele nível, o corte de pessoal ficou em nível bem menor, ao considerar 2011 e 2015, deixando o patamar de 110.683 postos de trabalho, sem considerar terceirizados e temporários, para 103.763, com redução no contingente de empregados no PIM equivalente a 6,25%

Por outro lado, se a média dos desembolsos por funcionários com salários, encargos e benefícios, em 2011, era de US$ 1,954.37, neste ano caiu para US$ 1,453.16, reduzindo em 25,64% os gastos das empresas neste item. Só entre 2014 e 2015, esses gastos foram enxugados em 16,50% ao passar de US$ 1,740.49 em 2014, para os US$ 1,453.16 atuais.

O arrocho, porém, não tempo determinado para acabar.

Publicação no Portal do Holanda em  13/10/2015

ZFM se recupera, já os salários nem tanto

30 quarta-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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encargos, faturamento, indústria, lucro, massa salarial, Polo Industrial de manaus, salário, Thomaz Nogueira, trabalhador, zona franca

Ao contrário dos oráculos que mais confundem do que esclarecem e sempre foram fonte de confusão para quem por eles se guiou ou tomou decisões, mesmo que fosse um César do império romano, os números esclarecem sem deixar margens para nenhuma dúvida, afinal o produto da soma 2 + 2 vai ser quatro, seja no Amazonas ou na galáxia Andrômeda, a 2,54 milhões de anos-luz do quarto planeta do sistema solar.

PIM-2010_2013-B

É por esses números que se pode afirmar que as indústrias do polo de Manaus estão muito bem, obrigado. Afinal, se forem comparados o desempenho de 2010 com o de 2013, constata-se crescimento de 9,57% no faturamento medido na moeda norte-americana, o dólar.

A análise do desempenho do Polo Industrial de Manaus é uma enxurrada de números positivos se o período analisado estiver entre 2010 e 2013, como se pode constatar pelos números apresentados a seguir.

A massa salarial passou de US$ 922 milhões, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no fechamento de 2013, apresentando evolução positiva de 23,53% no período de quatro anos. Esse número dá uma média mensal de desembolso na faixa de US$ 76 milhões.

Melhor do que a evolução dos salários foi o crescimento do pagamento dos encargos vinculados à folha de pagamento, que saiu de US$ 1,05 bilhão, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no exercício de 2013, com crescimento de 27,72% no período.

A massa salarial passou de US$ 922 milhões, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no fechamento de 2013, apresentando evolução positiva de 23,53% no período de quatro anos

É importante, porém, que se analise o conjunto das despesas de pessoal da indústria incentivada do PIM. O agregado desses números, de acordo com os indicadores divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) relativos ao mês de abril, dão conta de que salários, encargos e benefícios (SEB) evoluíram 25,73%, passando do patamar de US$ 164,06 milhões (média mensal) em 2010, para US$ 206,28 milhões em 2013.

No entanto, as boas notícias começam a rarear a partir do momento em que se considera o SEB médio e a evolução dos salários pagos aos operários do PIM. No primeiro quesito, o SEB médio, a evolução é de 3,17% em quatro anos. Os gastos com esse item passaram de US$ 1,77 bilhão em 2010, para US$ 1,82 bilhão no ano passado.

O segundo item, os salários pagos aos operários do PIM, a situação é bem mais dramática, para dizer o mínimo. Se em 2010 o salário médio estava na faixa dos US$ 827, em 2013 passou para US$ 838. Trocando em miúdos, bem miudinhos, cresceu exatos 1,34%.

Ante ao exposto sobram duas conclusões. A primeira é a de que as indústrias, no geral, estão conseguindo bons resultados. A segunda é que, apesar da evolução positiva no oferecimento de mais empregos, os assalariados do PIM estão com a remuneração praticamente estagnada há quatro anos.

No entanto, cabe uma reflexão: se cresceu o pagamento de encargos e benefícios e o operário, para falar no popular, continua lascado, então o governo está levando, de novo, a parte do leão.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 01/07/2014

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