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Tiros da morte

03 terça-feira out 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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arma de fogo, Brasil, desarmamento, Las Vegas, tiroteio, violência

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A segunda-feira, 2 de outubro, amanheceu com os noticiários dando conta de mais um ataque armado, em Las Vegas, Nevada, Estados Unidos, com pelo menos 58 mortos e mais de 500 pessoas feridas em ataque efetivado por um atirador contra espectadores de um show musical, ainda na noite do 1º de outubro, naquela cidade norte-americana.

É possível que tal fato leve, como tem acontecido depois desse tipo de evento nos Estados Unidos, à discussão sobre imposição de maior controle, por parte do Estado, acerca do controle na venda e porte de armas naquele país. No entanto, o direito à obtenção e porte de arma nos EUA são assegurados pela Constituição, o que já constitui um obstáculo a ser transposto, além do forte lobby da indústria de armas com atuação legal no congresso norte-americano.

No Brasil, o impeditivo legal deixa a população à mercê dos bandidos e todo ano a mortandade, informa o Atlas da Violência 2017, tira a vida de quase 60 mil brasileiros

Não é por outro motivo – a força dos lobistas da indústria de armas nos Estados Unidos – que o atual presidente norte-americano, Donald Trump até aceitou doações à sua campanha eleitoral dessa, literalmente, poderosa indústria.

No entanto, há fatos que merecem ser examinados à luz dos números, tanto os do Brasil quanto dos Estados Unidos. Aqui o cidadão de bem é praticamente impedido de comprar arma para se defender pelas normas legais que disciplinam o tema. Já a bandidagem se arma – com armas de fogo “da pesada” – para perpetrar toda espécie de agressão contra quem paga impostos até por saber, o cidadão-bandido, que não vai encontrar resistência do mesmo calibre. Ao cidadão-bandido não falta quem defenda os “direitos” e a bandidagem cresce a cada dia.

Para começar, conforme a entidade civil dos EUA, Gun Violence Archive, e mesmo dados do Federal Bureau of Investigation (FBI), a média de mortes (homicídios) com a utilização de armas de fogo nos Estados Unidos está na casa das 30 mil ocorrências por ano. Note-se que cerca de 88% dos norte-americanos são possuidores uma ou mais armas de fogo.

Será que o uso de arma tem poder de dissuasão por lá? Grosso modo, pode-se dizer que sim. Já no Brasil o impeditivo legal deixa a população à mercê dos bandidos e todo ano a mortandade, informa o Atlas da Violência 2017, tira a vida de quase 60 mil brasileiros. Em 2015 foram exatas 59.080 as mortes causadas por armas de fogo. Com a população desarmada, geralmente quem matou foram os bandidos e não os mocinhos.

Outro dado: Nos Estados Unidos, a média de homicídios perpetrados com uso de arma de fogo é de 4,5 por 100 mil habitantes. No Brasil, com as limitações à compra e ao porte de arma essa mesma estatística é de “apenas” 28,9 por 100 mil habitantes. Em outras palavras, por aqui, as ocorrências são mais de cinco vezes maiores que aquelas dos EUA.

O próprio Atlas da Violência 2017 traz uma constatação nada lisonjeira para o Brasil ao informar que todos os ataques terroristas ocorridos nos cinco primeiros meses de 2015 fizeram muito menos vítimas que os assassinatos com arma de fogo no Brasil. Os terroristas, em volta do mundo, mataram naquele período 498 pessoas, enquanto no Brasil foram 3.314 pessoas que perderam a vida graças à violência com uso de armas de fogo.

Cabe perguntar a quantas anda – se é que anda – a tramitação do projeto de lei nº 3.722/2012, que entre as medidas ali preconizadas prevê a revogação do tal Estatuto do Desarmamento. Com menos exigências para comprar arma e obter porte, quem sabe o brasileiro deixa de ser vítima da violência da bandidagem.

Sinais positivos na economia

19 terça-feira set 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, crise, emprego, inflação, investimento, retomada

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Começa a se solidificar com maior intensidade as expectativas do mercado acerca da melhoria no desempenho da economia brasileira à revelia da situação política no Planalto, a qual, ao que parece, volta a se equilibrar na corda bamba com a segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Miguel Temer, patrocinada pelo procurador-geral da República no apagar de sua gestão à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), na semana passada.

Mesmo os papéis de companhias como a JBS, cujos acionistas majoritários foram presos por determinação da Justiça – apesar da delação premiada dada a eles -, que tem ações negociadas na BMFBovespa, não conseguiram, na segunda-feira, dia 18, puxar para baixo o índice da Bolsa, considerando as oscilações das ações de uma das maiores empresas do seu ramo no mundo, quando os papéis da JBS chegaram a cair até 3% no pregão matinal.

Se o desempenho da Bolsa indica uma curva ascendente dos negócios que ali são fechados, incluindo a superação de recorde histórico como aconteceu na semana passada, estudos divulgados por instituições financeiras, declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, além de boas novas como a anunciada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), acerca de melhoria na criação de empregos, ratificam a expectativa otimista do fim da crise sob a qual o Brasil se arrasta por mais de dois anos.

São importantes nessa visão de retomada da economia a manutenção dos cortes que vêm sendo efetivados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na taxa básica de juros, a Selic, além, é evidente, da queda na inflação.

Mas como sempre há um porém, o relatório Focus fechado na sexta-feira, 15, e divulgado na segunda-feira, mostra expectativas de alta na inflação para os próximos 12 meses em três dos quatro índices pesquisados com agentes econômicos, sendo o IGP-DI o mais significativo, tendo subido de 4,47%, na pesquisa anterior, para 4,60% na fechada no dia 15 de setembro.

Para este exercício, as expectativas de inflação coletadas pela pesquisa do Banco Central do Brasil ficaram no 2 x 2, isto é, dois dos quatro índices indicam crescimento da inflação neste ano, enquanto os outros dois mantêm previsão de baixa, é esperar para ver, embora a baixa nos juros possa concorrer para aumentar o consumo via crédito.

A lamentar, por enquanto, que a intenção de investimentos, monitorada pelo Portal da Indústria, não tenha crescido com maior vigor, apesar de manter curva ascendente. Em dezembro de 2016 esse indicador era de 44,6 pontos e ascendeu a 47,9 pontos até agosto deste ano.

Como se pode constatar, o movimento de recuperação da economia existe e pode até ser considerado tendência, resta aos agentes econômicos manter essa dinâmica. O problema, como se sabe desde há muito, é o fator político vir a pôr abaixo todo o esforço de recuperação que tem sido feito até agora. Uma dessas situações é a não aprovação, em 2017, da reforma da Previdência. Sem isso, o governo vai continuar com rombos crescentes.

Falcatruas e semipresidencialismo

22 terça-feira ago 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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3conomia, Brasil, crise, distritão, política

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Os agentes econômicos mantêm expectativas, para 2017, que contemplam um tiquinho de otimismo temperado com pessimismo, como registra a pesquisa Focus publicada nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central, a começar pelos indicadores de inflação.

Enquanto IGP-DI e IGP-M, aferidos pela Fundação Getulio Vargas, preveem baixa nos preços no fechamento de 2017, IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e IPC-Fipe apresentaram, na pesquisa encerrada no último dia 18, previsão de alta. No entanto, o mais significativo parece ser a queda registrada no IGP-DI, que evoluiu de -0,83%, na semana passada, para -1,03% nesta semana.

O déficit fiscal, que já tinha a previsão astronômica de atingir R$ 139 bilhões, foi devidamente corrigido em quase 15%

Já onde as decisões do governo pesam mais, como a dívida pública, não há boas notícias. Para este exercício a expectativa subiu de 51,7% do produto interno bruto (PIB), na semana passada, para 51,8% nesta semana, enquanto em 2018, as expectativas para os dois períodos foram de 55,13% para 55,29% do PIB, respectivamente.

 

Conexão que conduz à expansão das expectativas da dívida pública é o que menos falta, a julgar pelos debates que se travam no Congresso Nacional ou medidas que estão em vias de ser discutidas ali, como o tal financiamento público aos partidos políticos, a implantação de um tal “distritão misto”, no campo das reformas políticas que parecem caminhar para deixar tudo como está.

Parodiando nosso temerário – perdoem o trocadilho – presidente, dir-se-ia que a classe política, com as raras exceções que consagram a regra e fugindo da generalização, não está nem aí para as expectativas de mudanças que a todo momento são expressas pela sociedade, seja pela rejeição pura simples aos políticos, seja pelo crescente contingente de pessoas que anunciam a intenção de votar branco, nulo ou simplesmente não comparecer a uma eleição, e o Amazonas, que vive um pleito suplementar, ilustra muito bem essa tendência do eleitorado.

No campo das medidas dependentes da vontade de agentes do setor público, os balões de ensaio propondo aumento de impostos, como ocorreu com o imposto de renda, volta e meia são lançados ou mesmo decretados, exemplo bem recente é a pendenga envolvendo maior tributação em combustíveis. Reduzir gastos, principalmente na esfera federal, não é coisa da qual se ouça falar com a frequência que as finanças públicas, no nível no qual se encontram, requisitam.

O déficit fiscal, que já tinha a previsão astronômica de atingir R$ 139 bilhões, foi devidamente corrigido em quase 15% e o Executivo já anunciou que, neste ano, vai chegar a pelo menos R$ 159 bilhões. Mas o Brasil está bem, devem pensar as ilustres cabeças de suas excelências, do contrário não estariam propondo um fundo partidário de “apenas” R$ 3,6 bilhões para bancar partidos políticos.

Por fim, o chefe do Executivo, Michel Miguel Temer, informa ser partidário de um “semipresidencialismo”, seja lá o que isso possa significar, não deve ser nada bom para o cidadão que paga as contas e tem no seu encalço um debate sobre outra invenção brasileira nascida no Planalto, o tal “distritão misto”, ou será que é “mixto”? Quer dizer, querem mudar e manter tudo como antes, inclusive mordomias e falcatruas, as quais, nem o Ministério Público Federal com a ajuda da Polícia Federal, conseguem pôr um fim.

Insegurança e falta de investimentos

02 quarta-feira ago 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, inflação, investimentos, tributos

investimentos

O aumento da tributação nos combustíveis e na gasolina, particularmente, parece já ter repercutido nas expectativas do mercado, em que pese o vaivém de medidas judiciais buscando anular o decreto presidencial que aumentou em cerca de R$ 0,40 o preço deste combustível. É a decisão política no campo econômico para atingir um resultado fiscal, pelo governo federal, que, a cada momento, se torna menos factível, como é o caso de manter na faixa dos R$ 139 bilhões o déficit fiscal do governo.

 Se causa e efeito podem às vezes ser detectáveis de imediato, há situações onde os reflexos da política na economia não ficam tão claros,

O reflexo do aumento dos preços nos combustíveis, em conjunto com outros fatores, contaminou as expectativas de inflação dos agentes econômicos consultados pelo Banco Central, semanalmente, por intermédio da pesquisa Focus encerrada na última sexta-feira, 28, e publicada nesta segunda-feira, 31.

A mudança de expectativas prevendo inflação maior nos próximos 12 meses foram captadas em quatro indicadores. O IPCA, passou de 4,40% na semana passada para 4,52%, enquanto o IGP-DI saiu de 4,32% para 4,43%. No mesmo período, o IGP-M subiu de 4,41% para 4,46%. Expectativa pessimista para a inflação dos próximos 12 meses também foi registrada pelo IPC-Fipe, subindo de 4,51% para 4,58%.

No entanto, se causa e efeito podem às vezes ser detectáveis de imediato, há situações onde os reflexos da política na economia não ficam tão claros, como bem exemplifica o imbróglio envolvendo denúncias contra o presidente Michel Miguel Temer e que, na pior hipótese, poderá afastá-lo da cadeira presidencial por um impeachment.

Se a possibilidade do afastamento do presidente Michel Temer parece remota para seus correligionários que não medem esforços para garantir uma votação favorável a ele na Câmara dos Deputados já na próxima quarta-feira, dia 2, na economia parece haver uma expectativa mais positiva, como detectaram técnicos da Fundação Getulio Vargas (FGV), e registrada em estudo publicado na última sexta-feira, dia 28.

Pelo boletim Macro, do Ibre/FGV, fica-se sabendo que nos 12 meses completados no último mês de maio o déficit primário já atingira 2,50% do produto interno bruto (PIB), assim, esse indicador permanece praticamente inalterado em relação ao mesmo mês de 2016.

Mas como o governo, mesmo tomando medidas para manter o déficit fiscal no nível proposto, não para de ampliar a dívida pública e de conceder benefícios a folhas de pagamento de classes com alto poder de barganha no funcionalismo federal, essa dívida pública passou de 67,7% do PIB, em maio de 2016, para 72,5% no mesmo mês deste ano.

De outro lado, o estudo do Ibre registra que risco país, títulos públicos, dólar e bolsa se mantêm em recuperação e entendem que esse panorama só se torna possível pela presença de algumas condicionantes como a boa situação das contas externas, a disposição do Banco Central para vender dólar no mercado futuro, a alta liquidez internacional, assim como sinais de aquecimento no crescimento global.

Mesmo assim a economia se mantém em ritmo de espera e os investimentos para a retomada tardam a aparecer, quem pela expectativa de que a situação do presidente Temer possa ser encarada como insegurança jurídica.

Publicação no Jornal do Commercio em 01/08/2017

Inflação cai e combustível aumenta tributação

26 quarta-feira jul 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, Brasil, gasolina, inflação, política

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A campanha política para o governo do Amazonas, em eleição suplementar que deve acontecer no próximo dia 6 de agosto, entra na reta final com candidatos buscando votos de eleitores também no interior do Estado e apresentando as prioridades que devem ser trabalhadas pelo eleito quando assumir.

 

Mas se candidatos e candidatas já definiram suas diretrizes de governo, a maioria trabalhando com plano emergencial para um período de pouco mais que um ano, uma grande dúvida ainda paira sobre a realização de eleição direta ou indireta, devido a ações pendentes de julgamento que visam fazer a justiça eleitoral determinar o cumprimento legal de, no presente caso, realizar eleição indireta para o governo estadual.

No mês de junho, por exemplo, o IPCA apresentou queda de -0,23%, assim como o INPC, que ficou em -0,30

De outro lado, as expectativas da economia, em nível nacional, estão se aproximando do otimismo, apesar da decretação do aumento em impostos envolvendo combustíveis como a gasolina.

 

Ao que tudo indica, o arrocho tributário ordenado pelo Palácio do Planalto pegou muito mal para o governo, cujo titular, o presidente Michel Temer, que nunca teve popularidade alta nem média, sentiu o problema na pele e não faltaram conversas em busca entendimento político sobre fatores econômicos, como o aumento de combustível e na seara política, no último fim de semana.

 

Fruto dessas conversas foi o anúncio, nesta segunda-feira, 24, feito pela Petrobras, de que vai reduzir o preço da gasolina e de outros combustíveis nas refinarias. É boa notícia, ficará melhor ainda se essa baixa no preço conseguir chegar até os consumidores, os quais, no fim das contas, são os que pagam o pato.

 

Enquanto isso, a falta de emprego e a consequente redução na renda das famílias vai fazendo o trabalho de aplainar os rumos da atividade econômica com a baixa nos índices de inflação.

 

No mês de junho, por exemplo, o IPCA apresentou queda de -0,23%, assim como o INPC, que ficou em -0,30. Os dois índices são apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado deste exercício, o IPCA ficou em 1,18%, enquanto em 12 meses fechou em 3%.

 

Se os índices do IBGE já dão boas notícias, os índices gerais de preços apurados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) – IGP-M e IGP-DI – mostram desempenho bem melho,r pois ambos tiveram deflação. Em 12 meses o IGP-M acumula -0,78%, enquanto o IGP-DI, no mesmo período, alcançou -1,5%.

 

A má notícia fica por conta das expectativas de mercado, objeto do relatório Focus publicado nesta segunda-feira. Por ali fica-se sabendo que o produto interno bruto (PIB) previsto para 2017 permanece em 0,34%, depois de cair de 0,39% há quatro semanas. Quanto a 2018, a estimativas do mercado agora são de crescimento de 2%, após cair, também há quatro semanas, de 2,10%.

 

Assim, enquanto o Amazonas encaminha eleição direta para o governo do Estado e o presidente Temer consegue – ao que parece – se livrar de maiores complicações no Congresso Nacional, os agentes econômicos se mantêm ainda precavidos para realizar novos investimentos.

Caminho de volta

23 terça-feira maio 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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bolsa, Brasil, corrupção, dólar, JBS, STF, Temer

A quarta-feira, 17 de maio, ainda não terminou. Isso porque os acontecimentos deflagrados naquele dia devem se estender até amanhã, quarta-feira, 24, quando o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá se pronunciar acerca do pedido da defesa para suspender o inquérito contra o presidente Michel Miguel Temer.

Por ser a primeira oportunidade de o Judiciário tomar decisão a respeito da crise política cujo alvo principal é o mandato do presidente Temer, esse fato tem potencial de reverter expectativas quanto ao mandato presidencial, embora se diga que, quando tal mandato passa a ser questionado nas ruas, o desfecho para perdê-lo é só uma questão de tempo.

O pior é que, por parte dos envolvidos pelas investigações da operação Lava Jato, o que se ouve são os discursos costumeiros sobre sua inocência, independente do partido ou ideologia por eles representados, enquanto o país sangra e perde oportunidade de oferecer vida digna a seus cidadãos, que pagam a conta e sofrem com os desmandos dos governantes em qualquer das três esferas.

Mas voltando à quarta-feira passada e às falas presidenciais sobre a delação contra Temer, algumas coisas chamam a atenção, como o fato de o presidente ter ouvido do delator que este estaria pagando propina a juiz e procurador sem que tenha tomado providência, abrindo brecha para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrar com pedido de impeachment.

Em outra declaração, o presidente Temer afirma que os controladores da JBS teriam especulado contra a moeda nacional, ao adquirir pelo menos um bilhão de dólares, além de, ainda de acordo com o presidente, terem vendido ações de suas empresas. Não deu outra, a Bolsa caiu e o dólar subiu.

Na tarde de segunda-feira, 22, ainda em queda, a Bolsa apresentava perdas de 1,55%, e o papel da JBS, ali negociado, tinham perdido mais de 20% de seu valor. Ao que parece, o delator continua a fazer dinheiro, mesmo com os impactos negativos da delação contra suas empresas.

O presidente Temer, apesar de ter feito essas acusações contra os irmãos Batista, não tomou nenhuma providência –  até onde se sabe – para punir os especuladores.

Pior mesmo são os partidos da oposição que veem na crise uma oportunidade de retorno ao poder ao pregarem a convocação de eleições diretas, quando a Constituição Federal prevê que, caso ocorra a perda do mandato de Temer, seu sucessor deve ser eleito, de forma indireta, pelo Congresso Nacional. A oposição, que implica com fato de o vice-presidente de Dilma Rousseff ter assumido o poder ao chamá-lo de golpista, prega, na maior cara-de-pau, um golpe contra a Constituição da República.

Assim, enquanto cada um cuida de tirar o seu da reta, o país perde oportunidade de crescer, gerar renda e emprego e, quem sabe, pode até afundar mais do que a economia já afundou. Nesse particular, há uma boa notícia, uma vez que os agentes econômicos consultados pela pesquisa semanal Focus, do Banco Central, pouco mudaram suas expectativas. Ainda bem.

Nota: O STF decidiu que só julgará o pedido de Temer após perícia no gravador.

Correnteza da recessão ficou para trás

16 terça-feira maio 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, Brasil, economia, indústria, recessão, zona franca

A economia, de maneira geral, dá sinais de recuperação e embora analistas vejam ainda com cautela esses ganhos, o brasileiro já começa a respirar um certo ar de confiança no futuro imediato, alicerçado, talvez, em informações como as publicadas na pesquisa Focus desta segunda-feira, 15, onde a expectativa de inflação para os próximos 12 meses, no comparativo com semana anterior, se apresenta em queda para três dos quatro indicadores (IPC, IGP-M e IPC-Fipe), a exceção é o IGP-DI, da Fundação Getulio Vargas, que subiu.

Amazonas liderou o crescimento da atividade industrial, informa o IBGE, ao expandir a produção em 5,7%, enquanto em São Paulo caiu 1,7% e o recorde negativo ficou com o Estado de Santa Catarina, com -4%

A dar maior segurança para o processo de retomada da economia, além das medidas já tomadas pelo governo federal, assim como aquelas em andamento por necessitarem de aprovação do Congresso Nacional, existem ainda outros indicadores apontando para um segundo semestre menos problemático.

Tanto é assim que as expectativas da taxa Selic, a partir da qual dependem as demais taxas de juros praticadas no mercado, demonstram estar em um mesmo patamar, tanto para o exercício de 2017, quanto para o ano de 2018, estacionadas em 8,5% ao ano.

O mesmo pode-se dizer da taxa de câmbio. Se na semana passada a pesquisa efetivada pelo Banco Central do Brasil (BC) indicou ligeira alta, passando de R$ 3,23 para R$ 3,25, em relação ao presente exercício, para 2018 a expectativa do mercado é de queda, saindo de R$ 3,40 para R$ R$ 3,36.

Os agentes econômicos consultados pela pesquisa do BC também melhoraram a percepção acerca do crescimento do produto interno bruto (PIB) para o corrente exercício, e a estimativa de crescimento registrada na primeira semana do mês de maio, de 0,47%, subiu para 0,50%. Pode até não ser ainda motivo para comemoração, porém é uma boa marca, ao se considerar que a expectativa de crescimento do PIB para o exercício de 2018 estacionou, há um mês, em 2,5%.

A expansão da atividade industrial na perspectiva daqueles agentes econômicos, além de sua maior importância para o Amazonas, ao se considerar o peso dessa atividade no PIB do Estado, embora registre queda de 1,49%, na primeira semana de maio, para 1,25%, na segunda, no exercício de 2018, as expectativas passaram de 2,28%, há cerca de um mês, para 2,50% na segunda semana de maio.

A par desses indicadores, os números aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa sobre a produção industrial relativa ao mês de março deste ano, quando a média do Brasil ficou em -1,8%, com oito dos 14 locais pesquisados apresentando queda no ritmo na produção.

Mesmo assim, o Amazonas liderou o crescimento da atividade industrial, informa o IBGE, ao expandir a produção em 5,7%, enquanto em São Paulo caiu 1,7% e o recorde negativo ficou com o Estado de Santa Catarina, com -4% no terceiro mês de 2017. No entanto, o Amazonas ainda amarga perdas na produção de -5,2% no acumulado de 12 meses.

Assim, pode-se dizer que o banzeiro está menos forte e a correnteza da recessão está ficando para trás, com o porto da retomada já bem à vista.

 

A economia vai bem, já a política

14 terça-feira mar 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, inflação, Zona Franca de Manaus

inflacao

Na semana passada, foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicadores importantes que dão a medida de como está se comportando a economia neste exercício. De outro lado, como a economia não pode estar desconectada da política, decisões no âmbito do Judiciário colocam incertezas que têm o potencial de atingir a rota da economia.

A economia é cíclica e os indicadores de inflação atualizados na semana passada pelo IBGE, relativos a fevereiro, indicam queda nos preços

Assim, se o desempenho da economia deixa entrever a existência de um túnel à frente, a luz para iluminá-lo e mostrar onde finalmente vai acabar a recessão que assola o país depende de outra variante, a política, e esta, com os desdobramentos da operação Lava-Jato e a abertura de cerca de 80 processos, inclusive contra gente que tem foro privilegiado, tende a deixar o túnel no escuro e oferecer perigo à trajetória da economia.

Analistas políticos como a consultoria Eurásia estimam em 20% o risco de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa vir a cassar a chapa Dilma-Temer, com as sérias consequências que isso pode acarretar ao país. Essa, no entanto, seria a má notícia, pois, conforme esses analistas, são de 80% as chances de que Temer mantenha seu governo de travessia até 2018 e o TSE dê outra decisão ao imbróglio construído nas eleições de 2014.

No front econômico, a má notícia da semana foi a confirmação do encolhimento da criação de riqueza em 2016, uma vez que o IBGE aferiu queda de 3,6% no produto interno bruto (PIB) naquele exercício, fato que levou a recessão brasileira a acumular, entre 2015 e 2016, baixa de 7,2% no PIB. É o que, apropriadamente, se pode chamar de “herança maldita”.

Porém, como se sabe, a economia é cíclica, e os indicadores de inflação atualizados na semana passada pelo IBGE, relativos a fevereiro, indicam queda nos preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 0,38%, aferido em janeiro, para 0,33% em fevereiro. Com isso, o acumulado no ano é de 0,71%, informa o IBGE. Melhor ainda é o acumulado de 12 meses, que fechou fevereiro em 4,76%, bem perto da meta fixada pelo governo de 4,5%. Nos 12 meses fechados em janeiro deste ano, o acumulado era de 5,35%.

No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o IBGE apurou baixa mais significativa, pois o índice caiu de 0,42%, em janeiro, para 0,24% em fevereiro, com acumulado de 0,66% em 2017. Em 12 meses, o acumulado caiu de 5,44% em janeiro, para 4,69% em fevereiro.

A mesma rota de baixa também foi detectada pelo Índice Geral de Preços –  Disponibilidade Interna (IGP-DI), da FGV. Nesse caso, a queda foi de 0,43%, em janeiro, para 0,06% em fevereiro, com acumulado de 0,50% em 2017 e de 5,26% nos 12 meses fechados em fevereiro.

Em Manaus, os Indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), referentes a dezembro/2016, dão conta de que pelo menos 12, dos 23 setores listados no documento, ampliaram investimentos no exercício de 2016, embora no balanço da média de investimentos realizados no ano passado, os valores investidos foram US$ 180 milhões inferiores aos de 2015. Mas, também na semana passada, a BIC da Amazônia ampliou suas instalações no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Pode ser que ainda dê para começar a lançar fogos de artifício em comemoração à trajetória da economia, mas, como dizem os economistas, ceteres paribus, é possível que a luz possa chegar e o túnel da recessão dê lugar ao crescimento em futuro não tão longínquo.

Zona franca do Brasil

07 terça-feira mar 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, indústria, PIM, Zona Franca de Manaus

BR-319

A sessão especial promovida pelo Senado Federal em homenagem aos 50 anos da Zona Franca de Manaus (ZFM), nesta segunda-feira, 6, foi além do clima comemorativo ao modelo que tirou Manaus de um marasmo de quase meio século. Não faltaram oradores para renovar e reivindicar velhos pleitos que deixam o modelo menos competitivo, apesar de seu já provado fôlego para se reestruturar e renovar ao longo desse meio século de sobrevivência.

Dar à Suframa mais poder decisório acerca da aprovação dos PPBs, liberar os recursos que são gerados aqui com taxas cobradas pela autarquia, evitando o contingenciamento, são reivindicações que também já passaram muitos carnavais

A superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, reiterou a importância do modelo para combater as desigualdades socioeconômicas na Amazônia em relação a outras regiões do país, mas também registrou que os recursos entendidos como renúncia fiscal, antes de serem incentivo, representam a contrapartida às dificuldades inerentes à região, com o objetivo de trazer crescimento e desenvolvimento econômico.

A diversificação da indústria instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), assim como sua interiorização aos municípios abrangidos pela Suframa – localizados no Amapá, Roraima, Rondônia, Acre, além do Amazonas – por meio do Zona Franca Verde, também foram citadas por Rebecca Garcia.

Mas se o senador Eduardo Braga, que propôs a sessão em homenagem ao jubileu de ouro da Zona Franca de Manaus, vê a criação do processo produtivo básico (PPB) como garantia de que as maquiladoras não têm como aportar no PIM e se beneficiar de incentivos fiscais, não deixa de ser pertinente a crítica sobre a demora para aprovar os PPBs, mesmo com todo o empenho que a Suframa tem demonstrado junto aos ministérios responsáveis.

Dar à Suframa mais poder decisório acerca da aprovação dos PPBs, liberar os recursos que são gerados aqui com taxas cobradas pela autarquia, evitando o contingenciamento, são reivindicações que também já passaram muitos carnavais sem que nada mude e o Amazonas continua a manter sua posição de “exportador” líquido de recursos para União, neste último caso.

Ao mesmo tempo em que o ministro Marcos Pereira, titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) é reconhecido como parceiro da Zona Franca de Manaus, em outras esferas do governo federal não parece haver um olhar estratégico para o modelo e para a Amazônia.

A ausência desse olhar estratégico pode ser exemplificada, de forma simples e reiterada, com a permanência da BR-319 desativada, onde seus corajosos usuários enfrentam poeira, na estação seca, e são impedidos de trafegar em época de chuvas. O asfaltamento da BR-319, reivindicação praticamente unânime entre os nove oradores que tiveram a palavra na homenagem à ZFM, significa redução de custos para a indústria incentivada de Manaus.

Ao se considerar que cerca de 95% da produção do Polo Industrial de Manaus são destinados ao mercado interno, não fica difícil vislumbrar os ganhos a serem obtidos, tanto pela indústria quanto pelo usuário final dos produtos “made in ZFM”, com a pavimentação da BR-319.

Por fim, cabe registrar aqui a expressão usada por um dos participantes da homenagem para qualificar a ZFM:  “A Zona Franca não é de Manaus, mas do Brasil”. Pura verdade, infelizmente, o desconhecimento sobre os benefícios trazidos pelo modelo para todo o país ainda é muito grande.

Visite Manaus Cidade Sorriso

Novos tempos na corrupção e na economia

31 terça-feira jan 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, corrupção, economia, Eike Batista, política, prisão, segurança

O Brasil parece começar a viver, agora, um novo tempo. De um lado, enquanto ex-poderosos da República amargam curtas ou longas temporadas em prisões, junto com empresários da estirpe de um Odebrecht, envolvidos pela corrupção, de outro, se abre mais um capítulo na luta contra essa prática que permeia o país desde há muito, com a volta do ex-bilionário Eike Batista, dos Estados Unidos, para se entregar à Polícia Federal.

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A diferença entre esta prisão é que o agora detento Eike Batista, estava fora do país e voltou com um discurso de ter chegado a hora de passar o país a limpo, mesmo que ele – como afirmou – tenha que pagar por seus erros. Duas faces da mesma moeda, a apresentação de Batista – ou prisão, como querem alguns – acontece no mesmo dia no qual a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmem Lúcia, usou da prerrogativa de homologar as delações dos executivos da Odebrecht.

A diferença entre esta prisão é que o agora detento Eike Batista, estava fora do país e voltou com um discurso de ter chegado a hora de passar o país a limpo

A mensagem a emergir destes dois fatos é de que o país, por menos que pareça, está, finalmente, fazendo a lição de casa, afinal, políticos e empresários, até onde a memória leva, nunca viveram tempos tão difíceis, apesar de todo poder que possam usufruir.

Os tempos novos, no entanto, chegam também pelo lado da economia, onde os indicadores estão dando indícios de que o pior já pode ter passado e o Brasil deve se preparar para um novo ciclo de crescimento, mesmo que ainda leve um pouco de tempo para começar a reagir à recessão com maior vigor.

Se índices de inflação como o IGP-M, IGP-DI e IPCA, cujas apurações relativas ao mês de dezembro de 2016 ainda mostram crescimento na inflação, medidas já tomadas pelo governo, como a redução na taxa de juros básicos – Selic – concorrem para a mudança de expectativas dos agentes econômicos, seja no decorrer do exercício de 2017 ou no próximo ano.

Conforme a pesquisa Focus, do Banco Central, os agentes econômicos preveem para este ano que a taxa de câmbio chegue a R$ 3,40. No início do mês a expectativa era de R$ 3,45. Para 2018, a Focus tem expectativa de fechamento do ano em R$ 3,50, estimativa mantida desde o início deste ano.

A expansão do produto interno bruto (PIB), em 2017, também vem sendo mantida em 0,50% desde o início de janeiro, e para 2018, em 2,30% na primeira semana do ano, caiu para 2,20%, patamar no qual se mantém há três semanas.

A estabilização da expectativa sobre a produção industrial neste ano, mantida ao longo de janeiro, conforme a Focus, em 1%, e para 2018 em 2,10%, também no mesmo período, pode não ser o ideal, mas já dá sinal de melhorias no setor.

Na contramão do processo estão os preços administrados, que se mantiveram, até a terceira semana de janeiro em 5,50% e, na semana passada a expectativa sobre esse indicador subiu para 5,55%, enquanto o mercado continua a prever, tanto para 2017, quanto para 2018 a manutenção da queda da taxa Selic.

Por fim, cabe registrar o recorde alcançado pelo desempenho – ou des-empenho – do setor público, com os números finais apurados para o déficit primário de 2016, com o astronômico valor de R$ 154 bilhões. Pois é, mesmo assim ainda tem gente achando que não foi tão ruim assim, afinal, a previsão do governo Temer, logo que assumiu, era de R$ 170 bilhões.

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