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Mortes no trânsito custam R$ 50 bilhões por ano

20 terça-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, jovem, morte, trânsito, violência

Enquanto a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal se preocupam com terroristas nacionais que poderiam, ou estariam fazendo preparativos para um possível ataque durante os jogos olímpicos Rio 2016, os brasileiros continuam morrendo nas ruas do país vitimadas pela violência, seja de bandidos ou do trânsito.

No ranking sobre as principais causas de morte organizado pelo Ministério da Saúde, com base em dados de 2013, as vítimas fatais que morrem no asfalto ocupam a 9ª posição, com 42.266 mortes naquele ano.

No entanto, a notícia pior é que, quando a análise dos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) se volta para a faixa etária, em estudo divulgado no fim de julho, os acidentes de trânsito terrestres (ATTs) ficam em posição de destaque.

Usuários/condutores de motocicletas são 30% desta causa de óbito

No estudo, a faixa etária que vai de cinco a 14 anos, analisada quanto a causa de morte por ATTs, fica em segundo lugar com 13.632 mortes em 2013. A campeã, como não poderia deixar de ser, é a morte por agressão, com 30.213 óbitos. Fazem parte do ranking, nas três posições seguintes: outras causas externas, com 5.369, suicídios e internações indeterminadas, 4.885, além de neoplasias (tumores), 3.519.

Embora na faixa seguinte – entre 15 e 29 anos – as mortes por ATTs se mantenham na mesma posição – em 2º lugar, com 1.233 ocorrências -, a diferença para o primeiro colocado (1.243) é bem menor. No entanto, na análise entre os mais jovens, entre cinco e 14 anos, os óbitos por ATTs representam cerca de 24% das 57.213 mortes listadas entre as cinco principais causas.

Mais textos em Água de Moringa

 

Os analistas do Ipea constataram que, quando há a implantação de legislação mais dura para reger o trânsito, no momento seguinte as mortes no asfalto se reduzem, como aconteceu em 1998, quando entrou em vigor o novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lei 9.503/1997, assim como em 2008, quando a Lei Seca (lei nº 11.705), instituiu a tolerância zero com álcool ao volante. Na sequência, porém, a violência no trânsito volta a subir a patamar até superior ao anterior.

Do ponto de vista econômico, os pesquisadores do Ipea, em conjunto com os técnicos do Ministério da Saúde (MS), estimam que a sociedade brasileira perde cerca de R$ 50 bilhões por ano em virtude das mortes no trânsito em cidades e rodovias do país.

Ao catalogar as principais vítimas das mortes no trânsito e meios de locomoção utilizados, o estudo do Ipea informa que usuários/condutores de motocicletas são 30% desta causa de óbito. Em seguida vêm os ocupantes de automóveis, que formam 24% das mortes e, em terceiro lugar os pedestres, com 20%.

Ainda sob a análise econômica, o estudo do Ipea deixa claro que, quanto mais jovem a pessoa morre vítima da violência, maior é a perda para a sociedade. De acordo com o documento do Ipea, no Brasil, as mortes por acidentes de trânsito atingem a taxa de 21/100.000 habitantes, quando em outros países esse valor é bem menor. Como exemplo, o estudo cita que em países desenvolvidos essa taxa fica em 12/100.000 hab. e na Europa está na faixa dos 10/100.000 hab.

O Brasil, que agora se dá ao luxo de procurar terroristas nativos, não têm políticas para combater duas das principais causas de morte de seus cidadãos: a violência desenfreada da bandidagem, em grande parte derivada do tráfico de drogas, e as mortes no trânsito. As duas matam mais do que guerras pelo mundo afora.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 26/07 e 4/08/2016

Mulheres a menos e jovens a mais

13 quarta-feira ago 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, crescimento, densidade demográfica, educação, faixa etária, governo, jovem, mulher, população, prioridade, saúde

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já há algum tempo mantém em seu site uma aplicação similar ao Impostômetro. Se este mostra ao brasileiro quanto ele paga de tributos a todo momento, o software do IBGE calcula o crescimento da população brasileira e projeta diversas situações para o futuro.

De acordo com o site do IBGE, no dia 6 de julho, a estimativa era de que o Brasil tinha 202,8 milhões de habitantes e, a cada 18 segundos, informa a aplicação, nasce um brasileiro. No Amazonas, com população de 3,87 milhões, são necessários  oito minutos para vir à luz mais um amazonense, em que pesem as taxas de crescimento, já que a do Amazonas é mais que o dobro, 1,73, que a média brasileira de 0,86.

Dos dados elencados pelo IBGE fica claro que o contingente jovem da população do Amazonas deveria estar à frente nas prioridades que governos do Estado e dos municípios deveriam dar a este segmento

Um dado do IBGE, no entanto, desfaz a crença de que no Amazonas existem mais mulheres do que homens. Contrariando a média brasileira, que em 2000 apresentava 49,68% de homens contra 50,32% de mulheres, por aqui a equação populacional se invertia naquele ano com 50,72% de homens, contra 49,28% de mulheres.

Os números exibidos pela aplicação do IBGE para 2014 demonstram uma tendência, ainda que pequena, de manter equilíbrio entre homens e mulheres indicando, no Brasil, a existência 49,40% de homens contra 50,60% de mulheres, enquanto no Amazonas caiu para 50,52% de homens e 49,48% de mulheres.

Outro dado que chama a atenção é a concentração da população do Amazonas na faixa etária de 10 a 14 anos. Se em 2000 o Brasil concentrava 30,04% da população nessa faixa etária, no Amazonas o mesmo estrato populacional era de 39,35%. Em 2014, a concentração nesta faixa caiu para 23,66% da população brasileira, enquanto no Amazonas baixou para 31,96%.

Com isto se estreitou a diferença na concentração de pessoas na faixa de 10 a 14 anos entre o Brasil, no geral, e no Amazonas, tanto é assim que essa diferença, no ano 2000, era de 9,31 pontos percentuais e em 2014 cai para 8,30 pontos.

O comparativo entre a população brasileira e a do Amazonas, em particular, para quatro faixas etárias entre 15 e 34 anos demonstra que o percentual do Brasil só começa a ser maior do que o do Amazonas a partir da faixa de 30 anos, tanto na população masculina quanto na feminina, conforme é explicitado a seguir:

       Amazonas                       Brasil

                                  Homens   Mulheres   Homens   Mulheres   

15 a 19 anos

5,37%

5,25%

4,33%

4,20%

20 a 24 anos

4,90%

4,79%

4,30%

4,21%

25 a 29 anos

4,51%

4,45%

4,38%

4,34%

30 a 34 anos

4,20%

4,19%

4,27%

4,28%

Dos dados elencados pelo IBGE fica claro que o contingente jovem da população do Amazonas deveria estar à frente nas prioridades que governos do Estado e dos municípios deveriam dar a este segmento. Tais prioridades passam, necessariamente, pela saúde e pela educação, ambas bem maltratadas desde há muito por quem vem administrando o Estado há pelo menos três décadas, embora não se possa negar alguma melhoria.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 15/07/2014

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